A Natura (BOV:NTCO3) fará uma oferta global de ações que pode somar R$ 6,207 bilhões. A oferta inclui uma emissão pública de distribuição primária com esforços restritos das ações no Brasil e uma oferta pública primária no exterior, sob a forma de ADSs.
O objetivo da operação é acelerar o crescimento nos próximos três anos e otimizar a estrutura de capital, acelerando a desalavancagem. Sobre os planos de crescimento, a empresa destacou a integração e a recuperação da Avon, a digitalização dos negócios e oportunidades de expansão geográfica.
A empresa vai emitir 121.400.000 ações ordinárias que serão precificadas em 08 de outubro. A operação é coordenada pelo Banco Morgan Stanley, pelo Bank of America Merrill Lynch, Banco Bradesco BBI, Citigroup Global Markets Brasil e Banco Itaú BBA.
A Natura também deixará de divulgar projeções financeiras, devido à necessidade de adequar sua política de divulgação aos procedimentos da oferta pública de ações.
Prejuízo no 2T20
Natura&Co, holding das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop registrou prejuízo líquido de R$ 338,5 milhões atribuído aos controladores, ante lucro de R$ 54,3 milhões no mesmo período de 2019.
O segundo trimestre da Natura&Co, holding das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, foi de resiliência e adaptabilidade, segundo o presidente da companhia, Roberto Marques. Um dos destaques do período foi o forte desempenho da marca Natura, cujo faturamento cresceu 4% em relação ao mesmo período de 2019, com impulso de 7,9% da Natura Brasil.
VISÃO DE MERCADO
Guide Investimentos por Luis Sales
Impacto: Positivo. A oferta permitirá com que a varejista consiga acelerar seu crescimento e fortalecer sua estrutura de capital, a partir de sua desalavancagem, redução do endividamento em dólares e exposição à alta volatilidade da taxa de câmbio.