A Odontoprev registrou lucro atribuído aos acionistas controladores de R$ 85,8 milhões no terceiro trimestre, o que representa alta de 60,8% em relação aos R$ 53,37 milhões do terceiro trimestre de 2019.
Os resultados da Odontoprev (BOV:ODPV3) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 28/10/2020.
No trimestre, houve uma adição de 121,2 mil beneficiários, em todos segmentos, melhor performance sazonal desde 2011.
As despesas operacionais somaram R$ 134,14 milhões, queda de 14,26% ante os R$ 156,46 milhões registrados no mesmo período de 2019.
A maior adição líquida foi no segmento de planos individuais, com 85,8 mil novas vidas, seguido pelo segmento de pequenas e médias empresas (PME) com 33,5 mil novos beneficiários. Por fim, o segmento corporativo registrou 1,9 mil novas vidas. A companhia encerrou o terceiro trimestre com 7,31 milhões de beneficiários, o que representa alta de 0,4% em relação ao mesmo período de 2019.
O tíquete médio dos planos ficou em R$ 20,57, queda de 4% ante o valor de R$ 21,43 ao fim do terceiro trimestre de 2019. O segmento de planos individuais registrou o maior declínio, de 6,7%, para R$ 37,25. O segmento PME registrou alta de 3,4% na média mensal, para R$ 24,45. Já o segmento corporativo teve queda de 3,6%, para R$ 16,65. Segundo a Odontoprev, o resultado reflete “a resiliência dos contratos corporativos, e mix de vendas dos planos massificados”.
O segmento de planos individuais registrou queda de 11,1% na receita líquida, para R$ 103 milhões. O segmento corporativo registrou queda de 3% na receita no comparativo anual, para R$ 248,4 milhões neste trimestre, enquanto o segmento PME manteve-se estável em R$ 75,1 milhões.
A sinistralidade da companhia caiu 7,7 pontos percentuais no comparativo anual, para 39,8%. A companhia destaca que houve uma “retomada gradual da frequência de utilização”, após o índice chegar a 33% no segundo trimestre deste ano.
O Credit Suisse destacou que a empresa adicionou 121 mil beneficiários em comparação com o segundo trimestre, uma alta de 1,7%. Mesmo assim, ainda ficou com 153 mil beneficiários a menos do que no primeiro trimestre.
O banco ressaltou que as adições são principalmente em planos individuais. Para o banco, o movimento mostra o poder de fogo da Odontoprev no segmento de massa, o que “compensa a estagnação nos planos corporativos”. Mas avalia que a empresa ainda precisa crescer a partir de uma base de beneficiários reduzida, em um cenário macroeconômico difícil.
Credit Suisse mantém a recomendação neutra, e eleva o preço-alvo de R$ 13,00 para R$ 15,00.
Para os analistas Ricardo Boiati e Rafael Une, parte do bom resultado se deve à pandemia, que afugentou os clientes das cadeiras dos dentistas. Nos próximos trimestres, é esperado que a taxa e perda dentária (DLR) volte ao normal.
“É importante notar que ainda parece haver uma natureza altamente não recorrente para o DLR no terceiro trimestre, e esperamos um aumento contínuo nesta linha conforme a utilização voltando ao normal”, disseram.
Apesar disso, a dupla destaca a forte melhora sequencial da Odontoprev. A base de membros, por exemplo, subiu 44% em relação ao segundo trimestre, para 121 mil beneficiário.
Safra mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 14,30.
VISÃO TÉCNICA. Um oferecimento de YouTrade. Acesse: www.youtrade.pro.br
Gráficos GRATUITOS na br.advfn.com
Peça uma análise do seu portfolio de investimentos e ações. Clique e fale com o especialista.