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Supermercados britânicos pedem ao governo mais controle contra desmatamento

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Dezenas dos maiores supermercados, redes de fast-food e fabricantes de alimentos do Reino Unido pediram que o governo adote regras mais rígidas para proibir a venda de produtos relacionados ao desmatamento ilegal.

McDonald’sTesco e Nestlé estão entre as 21 empresas que escreveram ao governo britânico sobre propostas que proibirão grandes companhias que operam no Reino Unido de venderem carne bovina, soja e outras commodities importantes provenientes de áreas desmatadas ilegalmente.

O Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais conduz uma consultoria sobre planos para exigir que empresas mostrem que as commodities adquiridas em suas cadeias de abastecimento, como soja, cacau e óleo de palma, cumprem as leis ambientais em sua produção.

Mas varejistas e fabricantes de alimentos, que também incluem a Asda, J Sainsbury e Mondelez International, dizem que a lei precisa ser aplicada a todo o desmatamento, não apenas onde a prática é considerada ilegal em países individuais. A visão é compartilhada por grupos ambientalistas como o Greenpeace, segundo o qual as propostas têm falhas, porque as leis locais podem ser muito fracas, especialmente no Brasil.

 O desmatamento responde por 11% dos gases de efeito estufa, e a grande maioria é causada pela produção de commodities agrícolas, disse o departamento britânico. Em alguns países, até 90% das florestas são derrubadas ilegalmente.
 “Não podemos resolver esse problema por conta própria e precisamos de uma legislação que garanta relatórios abrangentes e padronizados em toda a cadeia de abastecimento, juntamente com incentivos para fornecedores que buscam uma produção mais ambientalmente responsável”, disse Chris Brown, diretor de compras sustentáveis da Asda.

Empresas também querem que as leis se apliquem com base no impacto sobre o desmatamento, em vez do volume de negócios.

A carta também foi assinada pela processadora de aves Moy Park, subsidiária da JBS, que tem sido alvo de ativistas ambientais nos últimos meses em meio ao desmatamento ilegal na Floresta Amazônica.

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