A Vale fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de US$ 2,908 bilhões, uma alta de 75,8% na comparação com o ganho de US$ 1,654 bilhão em igual período do ano passado.
O Ebitda ajustado – lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de US$ 6,095 bilhões, 32,4% a mais que os US$ 4,603 bilhões do terceiro trimestre do ano passado. O forte Ebitda levou a companhia a ter um Fluxo de Caixa Livre de US$ 3,751 bilhões no trimestre.
O preço médio realizado pela Vale na venda de finos de minério de ferro no terceiro trimestre ficou em US$ 112,1 por tonelada, uma alta de US$ 23,2 por tonelada na comparação com o segundo trimestre.
Segundo a companhia, o aumento do preço realizado refletiu o avanço do preço de referência do minério com 62% de teor de ferro e a curva de preço futura, devido à forte demanda da China.
A mineradora informou ainda que o custo caixa C1 de finos de minério de ferro diminuiu US$ 2,2 por tonelada, totalizando US$ 14,9 por tonelada entre julho e setembro.
A Vale destacou o recorde de produção no terceiro trimestre no Sistema Norte, que inclui o S11D, e uma “sólida produção nos sistemas Sul e Sudeste”.
Mas citou riscos de atrasos na Serra Leste, no Sistema Norte, por exemplo.
Em fala após a divulgação de resultados do terceiro trimestre na véspera, no qual o lucro cresceu 76%, para 2,9 bilhões de dólares, Spinelli afirmou que a participação das vendas da companhia para a China “aumentou muito” este ano por efeito da pandemia.
Segundo apresentação, as vendas para a China nos nove primeiros meses do ano avançaram para 66% do total, ante 57% no mesmo período do ano passado, enquanto o país asiático vem conseguindo melhor controle da Covid-19 em relação a outras nações.
Contudo, explicou o executivo, a maior exposição à China implica aumento no tempo entre a exportação e a concretização da venda.
A companhia estima em 45 dias o tempo para o transporte e blendagem de minério para a conclusão de um negócio com os chineses.
Após o impacto do desastre de Brumadinho e da pandemia de Covid-19, a Vale afirmou que recuperou sua flexibilidade operacional, reduzindo grandes variações de vendas.
De acordo com a apresentação, a Vale prevê “estoques operacionais estáveis ao nível de produção nos próximos trimestres” e estima mais flexibilidade de vendas de minério de ferro para captar oportunidades de mercado nos próximos trimestres.
Para o Credit Suisse, a Vale reportou resultados do terceiro trimestre fortes, mas já esperados. “No geral, os números melhoraram bastante sequencialmente, principalmente devido a entregas mais fortes e preços realizados tanto de minério, quanto de níquel e cobre, também maiores”, apontam os analistas, vendo como principal destaque do trimestre a forte geração de fluxo de caixa livre. Os analistas do banco mantêm recomendação equivalente à compra para os ativos.
Guide Investimentos
De acordo com o analista Luis Sales, o Impacto é Positivo. A Vale foi positivamente impactada pela alta dos preços do minério de ferro e aumento no seu volume de vendas. Estes fatores colaboraram para que a companhia atingisse fortes números, superando a expectativa do mercado.
XP Investimentos
A Vale reportou outro conjunto de fortes resultados, aponta a XP, com Ebitda ajustado em US$ 6,1 bilhões, 12% acima do esperado pela XP e 3% acima do consenso. O fluxo de caixa livre das operações foi de US$ 3,8 bilhões, como resultado do forte EBITDA e da normalização do capital de giro. O analista Yuri Pereira reiterou a recomendação de compra para a Vale (preço-alvo de US$ 16,50 por ADR e R$ 86 por ação).
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