O Bradesco fechou a compra de mais de 1,4 milhão de certificados de energia renovável, chamados de I-REC, para cumprir a meta de já ter neste ano todas as suas operações abastecidas com fontes dessa natureza.
O comunicado foi feito pelo banco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) nesta sexta-feira (27). A AES Brasil, antiga AES Tietê, é negociada na B3 através dos papéis (BOV:TIET3) (BOV:TIET4) (BOV:TIET11).
O banco pagou R$ 1,7 milhão à AES Brasil para adquirir os títulos, cujo volume representa 10% de todos certificados gerados no país em um ano e equivale, por exemplo, ao consumo de energia da cidade de Campinas (SP) durante cinco meses.
Com a aquisição, o Bradesco cumpre a meta de ter 100% das suas operações abastecidas com energia limpa.
Segundo Adelmo Romero Perez Junior, diretor da instituição financeira, além dos I-RECs, a compra de energias renováveis pela companhia é feita no mercado livre e por meio de projetos de geração distribuída e PPA (Power Purchase Agreement, em inglês).
“O resultado torna o banco uma das primeiras grandes instituições financeiras no mundo a completar sua transição para o uso exclusivo de energia renovável”, destaca o executivo.
Os I-RECs representam 90% das fontes renováveis do banco neste ano. Outros 3% vêm de fazendas solares e 7%, da compra direta de energia renovável no mercado livre. Até 2024, o plano da instituição financeira é elevar para 10% a fatia vinda de geração solar e para 61% as aquisições no mercado livre. A fatia dos certificados cairá para 29%.
Cada I-REC certifica que 1 megawatt hora (MWh) de energia renovável foi gerado e injetado no sistema elétrico brasileiro. Esses certificados são emitidos por usinas que produzem energia com base em fontes renováveis e podem ser comprados por empresas que querem mitigar seu impacto ambiental. O Brasil é o segundo maior emissor desses títulos, atrás apenas da China.
O Bradesco também se comprometeu a neutralizar as emissões de carbono de suas operações, incluindo a estrutura logística terceirizada e o deslocamento de funcionários.