O dólar oscilou entre ganhos e perdas ao longo da sessão e acabou fechando a terça-feira perto da estabilidade, com investidores evitando encerrar o dia com grandes mudanças de posição passada a euforia recente com as eleições norte-americanas e notícias positivas sobre progressos em vacinas contra o coronavírus.
A moeda foi à máxima do dia (de 5,4116 reais, alta de 0,48%) pouco antes das 11h e depois perdeu força até virar e bater a mínima intradiária (5,335 reais, -0,94%), logo após o meio-dia.
A moeda foi à máxima do dia (de 5,4116 reais, alta de 0,48%) pouco antes das 11h e depois perdeu força até virar e bater a mínima intradiária (5,335 reais, -0,94%), logo após o meio-dia.
O movimento local nesta terça se mostrou alinhado ao do índice do dólar no exterior, que também rondava estabilidade no fim da tarde.
O tom desta terça foi misto, com alguns no mercado adotando postura mais conservadora à espera de sinais mais concretos sobre vacinas contra a Covid-19. As moedas emergentes de forma geral perdiam ante o dólar na sessão, depois de um rali nos últimos dias.
Na véspera, a moeda chegou a tocar 5,2240 reais.
“O dólar tem mostrado pouca capacidade de sustentar queda ante o real e, mesmo que já tenha operado em forte baixa em algumas ocasiões, o câmbio oferece uma reversão sem fim de volta à sua atual banda de preço”, disse o DailyForex em nota.
Mesmo perto de 5,40 reais, contudo, o atual patamar do dólar segue bem abaixo das máximas perto de 5,80 reais alcançadas no começo do mês. Desde a eleição norte-americana, em 3 de novembro, a moeda acumula queda de 6,42% no Brasil, o que confere ao real um dos melhores desempenhos no período entre os pares.
No ano, o dólar ainda salta 34,35%, com o mercado de câmbio em parte afetado pela expectativa de forte retração econômica neste ano.
“Aumento dos prêmios de risco relacionados ao fiscal, persistente ruído político, lento progresso nas principais reformas e confiança limitada entre empresários podem prejudicar a recuperação projetada” para a economia brasileira em 2021, alertou Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina no Goldman Sachs.