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M Dias Branco (MDIA3) 3T20: Lucro líquido de R$ 265,4 milhões, quase o dobro de 2019

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A M.Dias Branco encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 265,4 milhões, valor 97,3% acima do lucro apurado no mesmo período de 2019. O aumento no lucro foi associado ao crescimento nas vendas de biscoitos e massas, a ganhos de produtividade e a um ganho não recorrente de R$ 93,2 milhões de crédito tributário relacionado à exclusão do ICMS na base de cálculo de PIS e Cofins.

Os resultados da M. Dias Branco (BOV:MDIA3) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 06/11/2020.

O Ebtida(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 74,4%, para R$ 328,0 milhões.

→ A M. Dias Branco, maior fabricante de biscoitos e massas do Brasil, dona de 19 marcas — incluindo Vitarella, Richester, Fortaleza, Piraquê, Isabela, Estrela e Adria – possui R$ 12,3 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

A receita líquida foi de R$ 2,03 bilhões, com crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Outras informações do balanço

A M. Dias Branco salientou que manteve a estratégia de crescimento da receita nos três alvos da empresa, na área de Ataque (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), que apresentou uma alta de 32,8%; na área de Defesa (Nordeste e Norte), que avançou 26,9%; e nas Exportações anotou uma expansão de 276,3%.

O volume de vendas total no trimestre encerrado em setembro deste ano atingiu 558,6 mil toneladas, alta de 27,0% ante os 439,9 mil toneladas em igual período de 2019.

O volume de vendas de biscoitos cresceu 21,2% na base anualizada, para 156,9 mil toneladas; enquanto o volume de vendas de massas aumentou 38,6%, para 122,0 mil toneladas no período.

A empresa, líder nos mercados de biscoitos e massas no Brasil, ainda registrou recorde no volume produzido, de 875 mil toneladas.

“O consumo continuou forte…Mesmo durante a pandemia, a gente lançou produtos, alavancou o que já havia lançado (recentemente) e tivemos uma boa contribuição destes produtos”, disse à Reuters o diretor de Relações com Investidores da M. Dias, Fábio Cefaly.

Na relação entre o terceiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2019, a fabricante destacou o aumento dos volumes produzidos de Farinha e Farelo devido ao avanço da produção no moinho de trigo em Bento Gonçalves (RS), inaugurado no segundo semestre do ano passado.

“Podemos, sim, associar o aumento de consumo de massas em detrimento do arroz, porque são produtos substitutos”, avaliou o executivo.

Exportações aquecidas, aumento na demanda interna durante a pandemia e problemas de safra em fornecedores globais impulsionaram as vendas de arroz durante o ano, gerando escassez do cereal nacional e recorde de preços.

Agora, o país está buscando arroz no mercado internacional e, enquanto as importações não pressionam as cotações, parte da demanda doméstica é deslocada para o macarrão.

O bom momento de consumo permitiu que a companhia ampliasse os investimentos em marketing, disse Cefaly, o que contribuiu para a geração de caixa e redução da alavancagem.

A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu para 0,2x no terceiro trimestre, abaixo do 0,4x registrado no trimestre imediatamente anterior e do 0,7x obtido um ano antes.

“Liberamos 138 milhões de reais em capital de giro no acumulado de janeiro a setembro”, afirmou o diretor. “Estamos fazendo essa travessia (da pandemia) com o balanço muito sólido, totalmente habilitado para seguir investindo”, acrescentou.

Trigo 

Cefaly disse que o desafio de curto prazo, além de todas as questões da pandemia, é o câmbio, que continua afetando as margens da companhia.

Segundo ele, somente no terceiro trimestre o cereal aumentou 22% em relação ao mesmo período de 2019, enquanto o preço médio do portfólio de produtos da M. Dias Branco subiu apenas 3%, em igual comparação.

“Ainda não sentimos recuo no preço do trigo com a entrada da safra nacional. A produção mundial é suficiente para atender a demanda, mas alguns fatores estão criando algum tipo de volatilidade. E, no preço do cereal em reais, o principal ofensor é o câmbio”, explicou.

Ao comentar fatores que estão influenciando a volatilidade das cotações globais do trigo, o executivo destacou a formação de estoques em alguns países por temores de segunda onda da Covid-19 e casos de seca entre fornecedores, como Argentina e Rússia.

Teleconferência

Teleconferência  da M. Dias Branco referente aos resultados do 3T20, presentes os Srs. Gustavo Lopes Theodozio, Vice-Presidente de Investimentos e Controladoria, e Fabio Cefaly, Diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores.

Gustavo Lopes Theodozio

Os resultados deste trimestre e do acumulado do ano, alinhados ao nosso plano estratégico, demonstram que estamos no caminho certo em direção a um ciclo virtuoso de crescimento e entrega cada vez maiores para os nossos acionistas.

Atingimos R$ 2 bilhões de receita líquida, recorde para o trimestre, R$ 5,5 bilhões acumulado, também recorde da companhia. Mantivemos a liderança do mercado de biscoitos e massas com participação superior à registrada no final de 2019.

O lucro líquido praticamente dobrou, fruto do crescimento das vendas, dos ganhos de produtividade e alguns efeitos não recorrentes. A alta das commodities, influenciada pela depreciação do Real, impactou negativamente as nossas margens.

De forma prudente e serena, reajustamos os nossos preços e intensificamos a nossa agenda de ganhos de produtividade com mais de 100 iniciativas reunidas no programa Multiplique, que até setembro já entregou algo próximo de R$ 125 milhões em ganhos.

Estamos passando por esta crise com uma situação financeira sólida, com alavancagem de apenas 0,2x. Tivemos no mês de setembro o nosso rating pela Fitch AAA reafirmado. Atingimos outro recorde de produção, 875 mil toneladas e 100% de verticalização em farinha de trigo e gordura vegetal, garantindo a disponibilidade e a qualidade de nossos principais insumos, bem como custos competitivos.

Tivemos também avanços importantes em nossos indicadores de sustentabilidade; no ano, o consumo de água por tonelada produzida está 13% menor e a geração de resíduos também por tonelada produzida está 10% menor.

Pelo quarto ano consecutivo, fomos agraciados com o troféu transparência, prêmio concedido pela ANEFAC às empresas que se destacam pela qualidade e transparência na divulgação das informações ao mercado.

A M. Dias Branco foi eleita também a melhor empresa na categoria de alimentos nas melhores da Isto é Dinheiro e a marca Adria foi a primeira colocada no Top of Mind da Folha de São Paulo na categoria Alimentos Top macarrão nacional.

Para concluir esta parte quero reiterar que seguimos trabalhando arduamente, tomando todos os cuidados necessários para garantir a segurança de nossos colaboradores e o abastecimento de alimentos saudáveis, saborosos e a preços competitivos.

Estamos seguindo a nossa estratégia de crescimento nas áreas de ataque, defesa e no mercado externo, alavancando o potencial de nossas 19 marcas e trabalhando de forma incansável na busca de oportunidades de ganhos de produtividade.

Fabio Cefaly

Onde evidenciamos em bases trimestrais a trajetória de crescimento da receita líquida. Foram R$ 2 bilhões de receita no terceiro trimestre com 558 mil toneladas vendidas.

Observamos que no trimestre crescemos dois dígitos em todas as linhas de produtos, com crescimento acelerado dos volumes e aumento de preço médio em massa, farinha e farelo, e margarinas e gorduras.

A tendência no acumulado do ano, mostrando a consistência da nossa estratégia de crescimento. Foram 5,5 bilhões de receita líquida com 1,5 milhão de toneladas e aumento de preço médio em massas, farinha e farelos, margarinas e gorduras e outros produtos também.

Observamos que crescemos em todas as regiões comerciais, na região de ataque, na região de defesa e nas exportações, tudo isso em linha com o nosso plano de crescimento. Temos a mesma tendência no acumulado do ano, o crescimento de dois dígitos no ataque e defesa, e 300% de crescimento nas exportações.

Aqui temos um destaque importante sobre a inovação, os Biscoitos lançados nos últimos 24 meses contribuíram com R$ 104 milhões de receita no trimestre com destaque para produtos de maior valor agregado, principalmente nas marcas Piraquê, Isabela e Vitarella.

Vemos a evolução crescente da contribuição dos lançamentos de biscoitos na receita ao longo dos últimos trimestres. Passamos agora para o slide 13. Pelo quinto trimestre consecutivo, ao mesmo tempo que os nossos volumes cresceram substancialmente, mantivemos os descontos em níveis adequados e competitivos.

Mantivemos a nossa liderança de mercado em biscoitos e massas e, no ano, estamos com uma participação superior ao fechamento de 2019 33,9% em biscoitos e 33,8% em massas. Como também destacamos no call do 2º tri de 2020, seguimos intensificando as nossas ações no canal de e-commerce, com recursos e times dedicados.

O canal tem se mostrado bastante promissor, bem como o desempenho de nossas principais marcas como a Piraquê, por exemplo. Nesse trimestre lançamos a maior campanha de marketing da história da M. Dias Branco, com foco no fortalecimento de nossas principais marcas, Adria, Piraquê, Vitarella, Isabela e Fortaleza, bem como iniciativas que temos que estimulam nosso sell-out.

Estamos realizando campanhas tanto nas mídias tradicionais quanto no digital. Como já comentamos nos destaques, esse foi outro trimestre com resultados extraordinários nas exportações, e aqui vemos a evolução da receita desde 2015, fruto do trabalho conjunto de várias áreas para abrir novos mercados, desenvolver produtos exclusivos para exportação entre outras iniciativas. São R$ 174 milhões de receita bruta nos nove primeiros meses de 2020.

Para iniciarmos o racional sobre a lucratividade; seguindo forte crescimento das vendas, nossa produção cresceu 46% versus o terceiro trimestre de 2019, contribuindo também para a maior diluição dos custos fixos. Vemos que a verticalização foi de praticamente 100% para os dois principais insumos, fruto dos investimentos nos moinhos, como a nova unidade em Bento Gonçalves, que foi inaugurada em setembro do ano passado, bem como a duplicação da capacidade na unidade de refino de gordura em 2018, localizada no Ceará.

Observamos o impacto desfavorável da alta do trigo em nossas margens. Em função principalmente da desvalorização do real, a representatividade do trigo sobre a receita líquida passou de 30% para 36% entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020.

Novamente, observamos o efeito negativo do trigo, mas também observamos a contribuição favorável do menor nível de custos e despesas sobre a receita líquida. As despesas administrativas e com vendas passaram de 25,4% para 23,2% sobre a receita líquida, a mão de obra de 9,7% para 7,7% e os gastos gerais de fabricação de 6,9% para 5,7%.

Esses avanços positivos devem-se a maior diluição dos custos e despesas fixas, pelo crescimento dos volumes e também aos ganhos de eficiência e produtividade das inúmeras iniciativas em curso do programa Multiplique. Como o Gustavo já mencionou, entregaram até agora mais de R$ 120 milhões de ganhos.

 

Nosso rating AAA foi reafirmado pela Fitch, no acumulado do ano já geramos R$ 711 milhões de caixa operacional e nossa alavancagem, medida pela dívida líquida pelo Ebitda, reduziu para 0,2. Liberamos também, ao longo do ano, R$ 138 milhões de capital de giro. Sobre sustentabilidade. Observamos a evolução positiva nos principais indicadores e também alguns desafios ainda no índice de reciclagem de resíduos, frente à publicação da instrução normativa 81 de 2018 do MAPA, que limitou o envio de resíduos orgânicos. Diante disso estamos implantando ações para aumentar o índice de reciclagem em nossas unidades.

VISÃO DO MERCADO

Ágora

Segundo a Ágora, o número fraco foi puxado pela elevação de gastos acima do previsto com vendas, gerais e administrativos. Porém, o seu plano de despesas pode aliviar a queda.

“Gostaríamos de obter mais clareza com relação ao declínio no market share (participação no mercado) no segundo trimestre, apesar da M. Dias continuar a implementar a sua estratégia de crescimento”, afirmaram os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.

Ágora tem recomendação de compra para M. Dias, com preço-alvo de R$ 42,00.

BB Investimentos

Já o BB Investimento está mais otimista com a empresa. A analista Luciana Carvalho argumenta que apesar de sazonalmente mais fraco, a tendência positiva para volumes deverá permanecer, como resultado “não apenas da retomada gradual da atividade econômica, mas também pela boa execução da empresa e iniciativas de marketing”.

“O processo de reestruturação iniciado no ano passado tem se mostrado bem-sucedido e compensado, mesmo que parcialmente, os efeitos dos maiores custos”, diz.

BB Investimentos tem recomendação de compra para M. Dias, com preço-alvo de R$ 47,00.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI afirmou que a receita líquida da M. Dias Branco foi 2% abaixo de sua expectativa, e 7% acima da estimativa do mercado, impulsionado por volumes totais 3% maiores do que a expectativa. O lucro líquido foi 11% superior à estimativa do Bradesco BBI. O Ebitda da M. Dias Branco foi 12% menor do que suas estimativas, e 11% abaixo das estimativas do mercado.

O banco destacou que a empresa tem implementado a estratégia de usar distribuidores terceirizados para seus produtos, mas afirmou que ainda não há clareza sobre a eficácia da medida, e que avalia que há necessidade de a M. Dias ampliar sua distribuição.

O Bradesco BBI afirma que incorporou os resultados abaixo do esperado do terceiro trimestre em sua análise, assim como a recente valorização do real frente o dólar. O banco disse esperar, ainda, que o fim do auxílio emergencial em 2020 leve a uma rotação de investimentos nas ações da companhia, focada em marcas de preço mais baixo e, portanto, mais resiliente.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 42,00.

BTG Pactual 

Os analistas do BTG, Thiago Duarte e Henrique Brustolin, afirmam que a forte recuperação dos volumes de biscoitos e massas, que cresceram 21% e 39%, respectivamente, foram ofuscadas pela perda na participação sequencial de mercado.

“A queda sugere que uma boa parte disso veio por trás do aumento da demanda fornecida pelo programa de ajuda financeira do governo brasileiro, o que pode se comprovar insustentável”, dizem.

BTG Pactual mantém recomendação neutra para M. Dias, com preço-alvo de R$ 38,00.

Eleven Financial

O resultado da M Dias Branco do 3T20 foi forte e bem acima das nossas estimativas para lucro líquido, com forte aumento de volumes e market share em biscoitos a/a e boa evolução no nível de utilização da capacidade. Todavia, o aumento no custo médio das principais commodities utilizadas na produção dos produtos, em função do efeito cambial no período, pressionou a margem bruta, impedindo um resultado ainda melhor.

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