Brasil
As vendas do comércio varejista cresceram 0,9% em outubro, sexta taxa positiva consecutiva desde maio. Com isso, o patamar do varejo bateu recorde pela terceira vez seguida, ficando 0,9% acima de setembro e 8,0% superior a fevereiro, nível pré-pandemia. Em relação a outubro de 2019, o comércio cresceu 8,3%, alcançando a quinta taxa positiva consecutiva e a maior para um mês de outubro desde 2012 (9,2%).
Em relação ao período pré-pandemia, vendas cresceram 8,0%, pesquisa destaca que o resultado de outubro está 8,0% acima do dado de fevereiro, anterior a pandemia. O crescimento, porém, foi desigual, com altas em Móveis e eletrodomésticos (19,0% acima de fevereiro), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,6%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,1%). As outras quatro atividades tiveram quedas, sendo elas Livros, jornais, revistas e papelaria (-33,7%), Combustíveis e lubrificantes (-4,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-4,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,1%).
Apesar da aceleração recente da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 9, por unanimidade, manter a Selic (a taxa básica da economia) em 2% ao ano. Esta é a terceira vez que a Selic não sofre alteração, após nove cortes consecutivos. Com isso, a taxa se manteve no menor nível da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. Em seu comunicado, no entanto, o BC preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021.
O Ibovespa passou dos 115 mil pontos nesta tarde pela primeira vez desde 20 de fevereiro, seguindo otimismo pelas vacinas e pelas negociações por estímulos nos EUA, mas recuou perto das 15h00, subindo 1,68%, a 114.902 pontos. Lideravam altas as ações ON da Vale e PN da Petrobras.
Europa
A União Europeia apresentou medidas de curto prazo para limitar os danos ao tráfego aéreo e ao transporte rodoviário e ferroviário, bem como à pesca, se o Reino Unido deixar o bloco sem um acordo comercial em 31 de dezembro.
“Embora um cenário sem acordo vá causar transtornos em muitas áreas, alguns setores serão afetados desproporcionalmente devido à falta de soluções apropriadas”, disse a Comissão em comunicado.
A Comissão propôs manter “certos serviços aéreos” entre o Reino Unido e a UE por até seis meses, desde que Londres garanta o mesmo, medidas de segurança aérea continuarão a ser reconhecidas para evitar que as aeronaves fiquem paradas. As medidas permitirão que as empresas continuem a voar sobre os territórios um do outro, façam paradas e forneçam serviços.
O Banco Central Europeu (BCE) lançou ainda mais medidas de estímulo nesta quinta-feira para tirar o bloco monetário de uma recessão de duplo mergulho e fornecer suporte para a economia, à medida que seus 350 milhões de habitantes aguardam a distribuição de vacinas contra o coronavírus.
Com muitas empresas fechadas, o desemprego aumentando e a dívida atingindo níveis recordes, o dinheiro do banco central forneceu a governos e empresas uma tábua salvação neste ano, mas, provavelmente, muito de 2021 passará antes de haver um alívio significativo.
O BCE manteve as taxas de juro das suas operações principais de refinanciamento, facilidade de cedência de liquidez e facilidade de depósito em 0,00%, 0,25% e -0,50%, respetivamente.
O banco central lançou seu Programa de Compra de Emergência Pandêmica (PEPP) no início deste ano em uma tentativa de fortalecer a economia do bloco após a pandemia. Após a expansão de quinta-feira, o valor total de compra de ativos é agora de 1,85 trilhões de euros, e o BCE estendeu o horizonte de compras no PEPP até março de 2022. Os reinvestimentos de ativos com vencimento no PEPP também foram estendidos até o final de 2023.
As ações bancárias em toda a Europa caíram cerca de 3% após o anúncio. O euro ganhou 0,2% em relação ao dólar após a decisão, e a moeda única subiu 8% em relação ao dólar este ano – representando mais uma dor de cabeça para o BCE.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, reafirmou em uma coletiva de imprensa subsequente que o banco central da zona do euro não tem como meta a taxa de câmbio.
A produção industrial do Reino Unido caiu 5,5% em outubro, na comparação anual, informou nesta quinta-feira, 10, o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), ante expectativa de recuo de 6,6% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Na comparação mensal, a produção da indústria do país teve crescimento de 1,3% ante setembro, quando a previsão era de estabilidade.
A produção do setor manufatureiro mostrou crescimento mensal de 1,7% em outubro, diante de uma expectativa de alta de 0,2% ante setembro dos analistas. O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,4% em outubro ante setembro, além de mostrar recuo anual de 8,2%, com a economia desacelerando em meio a novas medidas para conter nova onda da covid-19.
A recuperação econômica da Grã-Bretanha quase foi interrompida em outubro, quando um aumento nos casos de coronavírus atingiu o setor de hospitalidade, aumentando as chances de que a economia encolherá nos últimos três meses de 2020.
Os dados oficiais de quinta-feira mostraram que a economia perdeu força com as autoridades públicas em grande parte do Reino Unido proibindo as pessoas de se socializarem em pubs e restaurantes, antes de um bloqueio parcial mais amplo de quatro semanas em toda a Inglaterra em novembro.
Estados Unidos
O número de pedidos de seguro-desemprego semanais nos EUA subiu na semana até 5 de dezembro, depois que os registros mostraram uma queda devido em parte ao feriado de Ação de Graças.
Os pedidos iniciais totalizaram 853 mil, de 716 mil na semana passada, segundo informou o Departamento do Trabalho americano nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam 730 mil.
Este foi o maior total semanal desde 10 de outubro e reflete a pressão recente sobre o mercado de trabalho, com o aumento dos casos de covid-19 e as restrições e bloqueios impostos em alguns estados e cidades do país.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aumentou 0,2% em novembro, após ficar inalterado no mês outubro, de acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho do país.
O núcleo do indicador, que exclui os preços de alimentos e energia, subiu 0,2% no mês em novembro e avançou 1,6% ante um ano antes. A expectativa do mercado era de alta de 0,1% no mês e 1,6% no comparativo anual. Os resultados ficaram um pouco acima das expectativas de alguns economistas, de alta de 0,1% no mês e de 1,1% na base anual.
O futuro do petróleo Brent para fevereiro bateu a marca dos US$50 hoje, voltando aos níveis pré-pandemia e animando as ações das petroleiras. As ações PN da Petrobras subiam 3,79%, a ON avançava 4,73% e a PetroRio, 5,79%.
As bolsas americanas oscilam hoje, com o mercado refletindo a frustração com os dados de seguro-desemprego da semana passada e também de olho nas negociações sobre estímulos. Perto das 15h00, Dow Jones e S&P500 caem 0,08% e 0,14%, e o Nasdaq sobe 0,26%.
O governo dos EUA registrou um déficit orçamentário de US$ 145 bilhões em novembro, abaixo dos US$ 209 bilhões do ano anterior, disse o Departamento do Tesouro na quinta-feira, mas a queda se deveu principalmente a mudanças no calendário de pagamentos de benefícios federais.
Sem esses ajustes, o Tesouro disse que as receitas de novembro teriam caído 6% em relação a novembro de 2019, enquanto as despesas teriam aumentado 11%, o que teria levado a um déficit de US$ 207 bilhões em novembro.
No Japão, o Índice de Preços do Produtor permaneceu inalterado em relação ao mês anterior. O Índice de Preços de Exportação (moeda de contrato com base) subiu 0,4% em relação ao mês anterior. O Índice de Preços de Importação (moeda de contrato com base) aumentou 1,1% em relação ao mês anterior.