Londres – A Mambu é a mais recente empresa de tecnologia financeira a atingir o cobiçado estatuto de “unicórnio”.
Com sede em Berlim, a Mambu vende software para bancos grandes e pequenos para ajudá-los a desenvolver suas próprias plataformas bancárias digitais. Os clientes da empresa incluem Santander e ABN Amro, bem como as empresas de fintech N26 e OakNorth.
Na quinta-feira (07), o Mambu disse que sua avaliação subiu para 1,7 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões) em uma rodada de financiamento de 110 milhões de euros (US$ 135 milhões). A nova rodada foi liderada por TCV, um investidor no Facebook e Netflix, com investimento adicional vindo da Tiger Global e Arena Holdings.
Mambu é uma das várias startups que procuram ajudar – em vez de perturbar – os bancos em sua jornada para abraçar a infraestrutura de nuvem moderna e fazer a transição para longe da chamada tecnologia “legada”.
Ela compete com empresas como a Thought Machine da Grã-Bretanha, fundada pelo ex- engenheiro do Google Paul Taylor, e a 10x Future Technologies, a empresa de fintech do ex- CEO do Barclays, Antony Jenkins.
Mambu planeja usar o dinheiro fresco para impulsionar o crescimento – a empresa afirma que suas vendas dobraram no ano passado – e expandir sua presença geográfica, com foco em países como Brasil, Japão e Estados Unidos. A empresa disse que também dobrará seu quadro de funcionários para 1.000 dos quase 500 funcionários que emprega atualmente.
A notícia chega em um momento em que a adoção do banco digital foi acelerada enquanto o uso de dinheiro está caindo devido à pandemia do coronavírus.
De acordo com a pesquisa da Mastercard, 42% dos europeus lidam com suas finanças digitalmente com mais frequência do que antes da pandemia, enquanto 62% estão pensando em mudar de banco físico para plataformas digitais.
Enquanto isso, a Accenture previu que o uso de dinheiro poderia cair até 28% na Grã-Bretanha e até 11% em toda a Europa, em meio a elevados problemas de saúde em torno da Covid e medidas de lockdown.