Como acontece com muitas reuniões atualmente, as negociações mais recentes do Reino Unido e da União Europeia sobre serviços financeiros começaram com uma videoconferência nesta sexta-feira.
Ao contrário das reuniões de alto nível que deram início ao acordo comercial anterior, as discussões iniciais sobre como regular os trilhões de dólares de fluxos financeiros internacionais foram mais discretas.
“O memorando de entendimento não é trivial, mas não é em si um novo acordo para serviços financeiros, é simplesmente um mecanismo que codifica como os reguladores se comunicam e falam uns com os outros”, disse Conor Lawlor, diretor para o Brexit da UK Finance, o principal grupo de lobby do setor de serviços financeiros britânico.
É um revés para os que esperam que as discussões destravem o prêmio muito maior: um acordo de equivalência. É este processo separado, e até agora bloqueado, que daria às empresas do Reino Unido um tipo de acesso ao mercado do bloco, embora de uma forma mais limitada do que os direitos de acesso com a adesão à UE, que turbinou o crescimento da City of London nas últimas décadas.
Ofertas de equivalência
Reguladores britânicos concederam uma série de acordos de equivalência à UE, mas até agora suas contrapartes europeias concordaram com apenas dois em troca, o que significa que o Reino Unido tem menos negócios do que Bermudas.
Enquanto a equivalência permanece paralisada, alguns detalhes sobre as discussões do memorando de entendimento começaram a surgir. No lado do Reino Unido, tanto o ministro das Finanças, Rishi Sunak, quanto John Glen, secretário econômico do Tesouro que é responsável por serviços financeiros, estarão envolvidos em algum momento, bem como uma autoridade sênior.
Mas as negociações provavelmente serão limitadas e técnicas. A declaração conjunta assinada no mês passado simplesmente descreve o memorando de entendimento como uma “estrutura para cooperação”.