Dólar inicia 2021 em alta de 1,53%

No primeiro pregão de 2021, o dólar comercial subiu 1,53% e encerrou o dia cotado a R$ 5,2681 para venda e a R$ 5,2671 para compra. Este é o maior valor de fechamento registrado desde 30 de novembroo de 2020, quando a moeda norte-americana encerrou o dia valendo R$ 5,33.

A valorização percentual desta segunda foi a maior desde 14 de dezembro passado, quando a divisa saltou 1,57%.

Na última sessão de 2020, a moeda norte-americana subiu 0,112% e encerrou o ano cotado a R$ 5,1887. O dólar encerrou o ano com ganho acumulado de 29,36%.

O dólar iniciou 2021 em forte alta contra o real, captando a volatilidade dos mercados externos em meio a temores sobre a pandemia e seus efeitos sobre a recuperação econômica.

O real teve o pior desempenho entre seus pares, com desvalorização maior do que o peso mexicano (0,78%), o rublo russo (0,61%) e o rand sul-africano (0,39%), refletindo as incertezas que 2021 reserva para o País, tanto no plano fiscal como político, com a eleição na Câmara como primeiro desafio do ano, no dia 1º de fevereiro.

Há preocupações tanto se o presidente Bolsonaro sofrer uma derrota com Arthur Lira, como também com a vitória de seu candidato, representante do grupo mais fisiológico do Centrão e resistente à agenda de reformas.

O maior e mais iminente risco, no entanto, é o novo descontrole da pandemia, que coincide com o atraso no programa de vacinação da população brasileira, e pode exigir medidas adicionais de restrição, como já estão sendo tomadas nos países da Europa, e a volta do auxílio emergencial. Diante desse quadro, o investidor inicia o Ano Novo na defensiva, buscando a proteção no dólar.

Às 17h23 o dólar futuro de fevereiro (BMF:DOLG21) estava sendo negociado em alta de 1,6% a R$ 5,27 para compra e R$ 5,28 para venda.