A Pilgrim’s Pride, controlada pela JBS, e a Tyson Foods anunciaram acordo para encerramento de processo em que um grupo de compradores de carne de frango acusava ambas de violarem a lei de defesa da concorrência dos Estados Unidos ao inflarem os preços dos produtos.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:JBSS3) nesta segunda-feira (11).
A Pilgrim’s Pride vai pagar US$ 75 milhões para encerrar as queixas de compradores que adquirem produtos diretamente da empresa. O valor a ser pago pela Tyson não foi revelado. Nenhuma das empresas admitiu responsabilidade nas acusações. Ambos os acordos precisam ser aprovados por um tribunal em Chicago.
Os acordos não afetam as queixas de compradores “indiretos”, que incluem redes como Chick-fil-A, Kroger e Target, bem como de consumidores.
O acordo da Pilgrim’s é o maior já acertado em mais de quatro anos de processos abertos por restaurantes, supermercados e distribuidores de alimentos sobre acusações de fixação de preços na indústria de carne de frango. Outro processo similar está pendente em um tribunal federal de Minneapolis que acusa Tyson, outra unidade da JBS e outros produtores de carne suína de conspiração para inflar preços por meio de limitação da oferta.
Lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, maior faturamento trimestral da história
A JBS reportou o maior faturamento trimestral da história, com lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, quase nove vezes o resultado do trimestre de 2019, quando a empresa divulgou R$ 356 milhões.
A JBS afirmou que a divisão brasileira de alimentos processados Seara viu o Ebitda ajustado subir 55,4%, enquanto as operações com carne suína e de frango nos Estados Unidos registraram saltos de 64,7% e 48,9%, respectivamente, apoiadas na desvalorização do real ante o dólar.