Atividade manufatureira dos EUA desacelerou ligeiramente em janeiro

A atividade manufatureira dos EUA desacelerou ligeiramente em janeiro, enquanto uma medida dos preços pagos pelas fábricas por matérias-primas e outros insumos saltaram para seu nível mais alto em quase 10 anos, fortalecendo as expectativas de que a inflação se recuperará este ano.

O Institute for Supply Management (ISM) disse na segunda-feira que seu índice de atividade fabril nacional caiu para uma leitura de 58,7 no mês passado, de 60,5 em dezembro. Uma leitura acima de 50 indica expansão da indústria, que responde por 11,9% da economia dos EUA. Economistas ouvidos pela Reuters previam o índice em 60 em janeiro. Os dados revisados ​​do ISM remontam a 2012.

A manufatura tem sido impulsionada pela forte demanda por bens, como eletrônicos e móveis, já que 23,7% da força de trabalho trabalha em casa por causa da pandemia de COVID-19. Mas os gastos com bens manufaturados de longa duração caíram pelo segundo mês consecutivo em dezembro, mostraram dados do governo na sexta-feira.

Com a previsão de expansão e aceleração da distribuição de vacinas para combater o coronavírus, os gastos com serviços devem aumentar no verão. Isso pode causar uma desaceleração na atividade manufatureira em relação aos níveis atuais.

O subíndice de novos pedidos prospectivos do ISM caiu para uma leitura de 61,1 no mês passado, de 67,5 em dezembro. As fábricas também viram uma moderação nos pedidos de exportação. Apesar do arrefecimento nos pedidos, as fábricas aumentaram as contratações no mês passado.

O indicador de emprego no setor industrial da pesquisa subiu de 51,7 para 52,6 em dezembro. Isso aumenta a esperança de uma recuperação nas contratações neste mês, depois que a economia cortou empregos em dezembro pela primeira vez em oito meses.

Mas os gargalos na cadeia de suprimentos continuaram aumentando os custos para os fabricantes. O índice de preços pagos da pesquisa saltou para 82,1 no mês passado, a maior desde abril de 2011, de 77,6 em dezembro.

Isso apóia as previsões de um aumento da inflação nos próximos meses, embora o alto desemprego possa limitar a capacidade dos fabricantes de aumentar os preços. O emprego ainda está 10 milhões de empregos abaixo do pico pré-pandêmico.

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 (Com informações da Reuters)