Confira os principais indicadores econômicos desta quinta-feira (04/02/2021), em destaque os novos pedidos de produtos feitos nos EUA aumentaram mais do que o esperado em dezembro e os gastos das empresas com equipamentos foram sólidos.
Brasil
Após abrir o ano com o menor estoque da história, o total de veículos nos pátios de montadoras e concessionárias fechou janeiro em volume suficiente a 18 dias de venda, um pouco acima dos 17 dias de dezembro, em giro que considera o ritmo de emplacamentos do mês passado.
No início de janeiro, a Anfavea, entidade que representa as montadoras, anunciou um giro menor, de apenas 12 dias, mas tendo como referência, naquele momento, as vendas de dezembro, um mês tradicionalmente mais aquecido.
O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 4,3% em janeiro, na comparação com o mês anterior, alcançando média de 113,3 pontos, na oitava alta consecutiva.
Desta vez, o índice também atingiu o maior nível desde julho de 2014. Além disso, houve uma revisão para cima da média de dezembro, de 107,5 para 108,6, informou a FAO. A alta dos preços foi liderada pelos cereais, açúcar e óleos vegetais, disse a agência de alimentos das Nações Unidas, nesta quinta-feira.
As preocupações com a segurança alimentar levaram a Argentina e a Rússia, grandes produtores e exportadores de grãos, a apertar os controles de vendas externas nos últimos meses.
Estados Unidos
A produtividade dos trabalhadores dos EUA caiu em seu ritmo mais vertiginoso desde 1981 no quarto trimestre, mas a tendência permanece sólida, já que a pandemia de COVID-19 pesa sobre os setores menos produtivos, como lazer e hotelaria.
O Departamento do Trabalho disse nesta quinta-feira que a produtividade não agrícola, que mede a produção horária por trabalhador, caiu 4,8% no último trimestre. Esse foi o ritmo de contração mais profundo desde o segundo trimestre de 1981.
Os dados do terceiro trimestre foram revisados para cima para mostrar a produtividade crescendo a um ritmo de 5,1% em vez da taxa de 4,6% relatada anteriormente. A produtividade aumentou 2,6% em 2020 em comparação com 1,7% em 2019.
O número de americanos que entraram com novos pedidos de seguro-desemprego diminuiu na semana passada, sugerindo que o mercado de trabalho estava se estabilizando à medida que as autoridades começaram a afrouxar as restrições às empresas relacionadas à pandemia.
Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego do estado totalizaram 779.000 ajustados sazonalmente para a semana encerrada em 30 de janeiro, em comparação com 812.000 na semana anterior, o Departamento do Trabalho disse na quinta-feira. Economistas previam 830 mil inscrições na última semana.
Os pedidos de seguro-desemprego permanecem acima do pico de 665.000 durante a Grande Recessão de 2007-09, mas bem abaixo do recorde de 6,867 milhões em março passado, quando a pandemia atingiu as costas dos Estados Unidos.
Os novos pedidos de produtos feitos nos EUA aumentaram mais do que o esperado em dezembro e os gastos das empresas com equipamentos foram sólidos, apontando para o fortalecimento contínuo da indústria de manufatura no curto prazo.
O Departamento de Comércio disse nesta quinta-feira que os pedidos às fábricas aumentaram 1,1%, após alta de 1,3% em novembro. Economistas previam que as encomendas às fábricas aumentassem 0,7% em dezembro. Os pedidos caíram 6,6% com relação ao ano anterior.
A manufatura, que representa 11,9% da economia dos EUA, foi impulsionada pela forte demanda por bens como eletrônicos e móveis, já que 23,7% da força de trabalho trabalha em casa por causa da pandemia COVID-19.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, voltou a fazer uma defesa de um pacote fiscal robusto, no quadro atual de pandemia da covid-19.
Durante entrevista à ABC News, Yellen enfatizou nesta quinta-feira, 4, a necessidade de “agir grande” e “com vigor” nos estímulos, ao destacar os grandes problemas econômicos enfrentados pelo país, como o desemprego e o aumento na pobreza.
Yellen afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está “realmente comprometido” com o tema e deseja um acordo bipartidário. “Ele quer cooperar”, disse.
Europa
As vendas no varejo da zona do euro subiram 2% em dezembro ante novembro, apesar do recrudescimento de medidas de restrição motivadas pela pandemia de covid-19, segundo dados publicados nesta quinta-feira pela agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Eurostat.
O resultado superou de longe a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,5% no período. Na comparação anual, o setor varejista do bloco ampliou as vendas em 0,6% em dezembro.
Ainda no comunicado, o BoE avalia que a perspectiva econômica do Reino Unido continua “incomumente incerta” e depende da evolução da pandemia de covid-19. A campanha de vacinação que está em andamento poderá levar a um relaxamento das atuais medidas de restrição, disse a instituição.
O BoE também disse prever que o PIB britânico encolherá cerca de 4% neste primeiro trimestre, mudando expectativas de novembro de que haveria crescimento, e afirmou estar pronto para tomar medidas adicionais se a perspectiva de inflação piorar.
Ásia
Os futuros do minério de ferro tiveram forte queda nesta quinta-feira, após a brasileira Vale ter divulgado dados fracos de produção anual que mostram a companhia ainda lutando para recuperar plenamente suas operações após um desastre em uma barragem há dois anos e a pandemia de coronavírus.
O minério de ferro na bolsa de commodities chinesa de Dalian encerrou o pregão diurno com alta de 5,3%, a 991 iuanes (153,41 dólares) por tonelada, após dois dias de perdas.
Na bolsa de Cingapura, o material utilizado na fabricação do aço subia 5,2% no meio da sessão, para 154,50 dólares por tonelada.