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Santander (SANB): Lucro líquido acumulado em 2020 de R$ 13,8 bilhões, com resultado do 4T20 superando as estimativas

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A subsidiária brasileira do banco espanhol Santander terminou 2020 com lucro de R$ 13,849 bilhões, retração de 4,8% sobre o resultado de 2019. O Santander Brasil superou as estimativas de lucro do quarto trimestre, mostrando queda nas provisões para créditos de liquidação duvidosa e aumento nas receitas de tarifas.

Os resultados do Santander (BOV:SANB3) (BOV:SANB4) (BOV:SANB11) referente a suas operações do terceiro trimestre de 2020, foram divulgados no dia 03/01/2021. Confira a apresentação oficial dos resultados!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

As provisões para perdas com empréstimos, líquidas de recuperações, também diminuíram 3,4% no quarto trimestre, para R$ 2,883 bilhões. Ao longo do ano passado, o Santander Brasil fez reservas para perdas menores do que seus pares para enfrentar a crise econômica decorrente da crise do coronavírus.

Também ao fim de dezembro, os ativos totais do terceiro maior banco privado do país somavam R$ 1,002 trilhão, alta de 16,4% em relação a um ano antes.

4T20

O banco apresentou lucro líquido gerencial, que não considera ágio de aquisições, de R$ 3,958 bilhões no quarto trimestre, alta de 1,4% em relação ao terceiro trimestre e de 6,22% em comparação ao quarto trimestre de 2019.

Já o lucro líquido societário, que considera o ágio de aquisições passadas, foi de R$ 3,859 bilhões no quarto trimestre, avanço de 1,2% frente ao terceiro. Em 2020, foram R$ 13,469 bilhões, recuo de 5%.

A carteira de crédito ampliada do Santander, que inclui empréstimos e financiamentos, títulos, fianças, avais e garantias, encerrou o mês de dezembro com saldo de R$ 512,485 bilhões, alta de 4,3% em relação a setembro. Em um intervalo de 12 meses, os empréstimos apresentaram incremento de 18,5%. Descontado o efeito da variação cambial, a alta em 12 meses foi de 16,9%.

A carteira de pessoas físicas, que é a mais relevante para o Santander, cresceu 5,6% no trimestre e 12,2% em 12 meses, para R$ 174,300 bilhões no fim de dezembro. O segmento foi impulsionado pelas linhas de cartão de crédito (+12,6% na margem), crédito rural (+10,8%) e leasing/veículos (+10,6%).

O financiamento ao consumo cresceu em ritmo mais lento. Houve expansão de 3,9% em relação a setembro e de 3,5% na comparação com dezembro do ano passado, totalizando R$ 60,256 bilhões.

A carteira de grandes empresas era de R$ 121,184 bilhões no fim de dezembro, apontando alta de 0,1% em relação a setembro e de 23,7% frente a dezembro do ano passado. A linha de crédito para o comércio exterior caiu 14,3% na margem, enquanto leasing/veículos subiu 8,3%.

O saldo de operações com pequenas e médias empresas estava em R$ 55,915 bilhões no fim do quarto trimestre, alta de 4,8% em relação a setembro e de 38,2% na comparação com dezembro do ano passado.

Inadimplência

O Santander Brasil encerrou o quarto trimestre com inadimplência de 2,1% na carteira de crédito, estável em relação a setembro e abaixo dos 2,9% de dezembro do ano anterior.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 3% no fim de dezembro, ante 3% em setembro e 4,0% no fim do quarto trimestre de 2019. No caso de pessoas jurídicas, o indicador estava em 0,9% no fim de dezembro, de 0,9% e 1,3%, na mesma base de comparação.

De acordo com o Santander, a queda da inadimplência no ano foi resultado da melhoria do índice dos segmentos PF e PJ, “que ainda são influenciados, em parte, pelo efeito das prorrogações de pagamentos oferecidas aos nossos clientes e pela qualidade de crescimento da carteira”. Além disso, o mix de produtos também contribui positivamente.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 2,8% em dezembro, de 3,1% em setembro e 3,9% em dezembro de 2019.

O banco informou que o saldo de crédito prorrogado atingiu R$ 40,6 bilhões em dezembro, após a amortização de R$ 9,2 bilhões ocorrida entre o segundo e o quarto trimestres. O saldo atual é composto 75% pelo segmento pessoa física.

A carteira de crédito renegociada, por sua vez, somava R$ 22,98 bilhões no fim de dezembro, com alta de 0,3% em três meses e de 41,1% em um ano. “Essas operações foram impactadas pela deterioração do cenário macroeconômico no último ano, sendo esse efeito minimizado pelo perfil de risco de nossa carteira de crédito”, diz o banco.

Nestas operações estão incluídos os contratos de crédito que foram repactuados para permitir o seu recebimento em condições acordadas com os clientes, inclusive as renegociações de operações baixadas a prejuízo em períodos anteriores.

ROE e Patrimônio líquido

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Santander caiu de 21,2% no terceiro trimestre para 20,9% no quarto. Em 2020, ficou em 19,1%, ante 21,3% em 2019.

O patrimônio líquido do Santander era de R$ 78,968 bilhões no último trimestre de 2020, uma alta de 2,9% frente ao anterior. Em um ano, cresceu 13,2%.

Receitas

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 5,133 bilhões, com alta de 8,2% no trimestre e de 6,9% no ano. Já as despesas gerais totalizaram R$ 5,552 bilhões, com alta de 3,3% no trimestre e queda de 2,2% no ano.

A principal linha de receita é de cartões e serviços adquirentes, que subiu 14,0% na margem, chegando a R$ 1,650 bilhão. Essas receitas foram “impulsionadas, sobretudo, pela retomada do consumo combinada com o efeito sazonal de final de ano”. Na sequência, receitas de conta corrente avançaram 3,5%, a R$ 1,058 bilhão. E comissões de seguros cresceram 21,7%, a R$ 907 milhões.

O índice de eficiência do banco – quanto menor, melhor – ficou em 38,8% no quarto trimestre, de 36,6% no terceio e 40,1% no quarto trimestre do ano passado. Em 2020, o índice foi de 37,0%, o melhor patamar histórico.

Custos e Despesas

O banco também se concentrou em um programa de corte de custos, reduzindo as despesas operacionais do quarto trimestre em cerca de 2% na comparação anual. A força de trabalho do Santander se reduziu em 3.220 funcionários em 2020, encerrando dezembro em 44.599.

No âmbito das despesas gerais, o Santander registrou R$ 5,552 bilhões, com alta de 3,3% no trimestre e queda de 2,2% no ano. São R$ 3,358 bilhões em gastos administrativos e R$ 2,194 bilhões em despesas com pessoal.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 2,883 bilhões, com queda de 1,2% ante o trimestre anterior e de 3,4% em relação ao quarto trimestre de 2019.

O resultado líquido de R$ 2,883 bilhões no trimestre é fruto de despesas de R$ 3,609 bilhões mais um ganho de R$ 727 milhões com recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo.

A PDD ficou em R$ 15,757 bilhões em 2020, com crescimento de 30,2% em relação ao ano anterior, sendo parte desse aumento explicado pela constituição de provisão extraordinária no segundo trimestre, no valor de R$ 3,2 bilhões. Desconsiderando esse efeito, o resultado de provisão teria crescido 3,8%.

Volume de pagamento da Getnet sobe 52,7%

Em 2020, a Getnet teve lucro líquido de R$ 289,960 milhões. O volume de pagamentos processados por sua credenciadora Getnet ficou em R$ 93,3 bilhões no quarto trimestre, com alta de 35,8% no trimestre e de 52,7% em 12 meses.

Do volume faturado no período, R$ 55,1 bilhões foram de cartão de crédito e R$ 38,2 bilhões de cartão de débito. Em número de transações, foram 892,0 milhões.

O Santander comunicou que concluiu o estudo para segregar a participação acionária detida pela companhia em sua subsidiária Getnet. A operação se dará por meio de uma cisão parcial, que será submetida ao conselho de administração. A cisão será deliberada por Assembleia Geral Extraordinária, que depois será submetida então à aprovação dos órgãos reguladores competentes.

Novo programa de recompra e dividendos intercalares

O conselho de administração do Banco Santander aprovou a proposta da diretoria executiva de distribuição de dividendos intercalares. O valor é de R$ 512.085.231,82.

O conselho também aprovou um novo programa de recompra de certificados de depósito de ações (Units) ou de American Depositary Receipts (ADRs).

O programa abrangerá a aquisição de até 36.956.402 Units, representativas de 36.956.402 ações ordinárias e 36.956.402 ações preferenciais, ou de ADRs, correspondendo, em 31 de dezembro de 2020, a aproximadamente 1% da totalidade do capital social da companhia.

VISÃO DO MERCADO

Guide Investimentos

Segundo a Guide, o impacto no papel será neutro. Após terem feito uma provisão extraordinária no valor total de R$3,2 bilhões no 2T20, para enfrentar os possíveis efeitos da pandemia, o banco conseguiu recuperar boa parte de seus números.

” O banco relatou números em linha com a expectativa do mercado. Ainda assim, mostrou claros sinais de recuperação, com lucro no trimestre em R$3.958 e queda nas provisões para créditos de liquidação duvidosa, que foram inferiores em -1,2% vs. 3T20 e -3,4% vs. 4T19. Destaque para o crédito à pessoa física, que apresentou alta de 12,2% ano ano e representou 76% do total da carteira de crédito durante o último mês de dezembro. Por fim, lançaram o SX ao longo do 4T20, que diferencia o banco da solução de pagamentos instantâneos do Banco Central, PIX, além do cartão SX. Ambos tiveram forte aderência dos clientes, e sinalizam a preocupação da companhia ao se manter em dia com as atuais oportunidades do mercado”.

XP Investimentos

A XP Investimentos destaca que o resultado foi impulsionado positivamente pelas menores despesas com pessoal, que vieram 8% abaixo das expectativas de R$ 2,2 bilhões dos analistas, uma vez que o banco vem reduzindo seu quadro de funcionários de forma consistente. Além disso, menores provisões também impactaram positivamente os lucros, porém devem ser vistas com cautela pelos investidores. O banco consumiu 10 pontos percentuais em índice de cobertura de 90 dias para 290%, embora o índice de inadimplência tenha permanecido estável em 2,1%.

“Destaque também para: i) o programa de recompra de ações, que deve ter como meta cerca de 10% de seu free float e pode ajudar no desempenho das ações do banco no pregão; e ii) a recomendação positiva da diretoria executiva para a cisão da Getnet (unidade de adquirente do banco)”, aponta a XP.

A XP Investimentos também vê os múltiplos do banco altos quando considerados o nível de disrupção do setor bancário e os múltiplos de seus pares.

A recomendação segue neutra e preço-alvo de R$ 32,00.

Pensando em investir no Santander?

→ O Banco Santander é um banco internacional com escala no Brasil, sendo o terceiro maior banco privado. Seu foco é varejo, possuindo cerca de R$ 857,5 milhões em ativos. O banco possui R$ 307 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

Não deixe de assistir o Trends ADVFN: Os desafios do Pix e a CIEL3, ITUB4, SANB11, TOTS3

Governança Corporativa

A estrutura de Governança do Banco Santander Brasil é integrada pela Diretoria Executiva e o seu Comitê Executivo constituído pelos Diretores Presidente, Vice-Presidentes Executivos Seniores e Vice-Presidentes Executivos, e pelo Conselho de Administração e seus Comitês de Assessoramento, são eles: Auditoria, Riscos e Compliance, Sustentabilidade, Remuneração e Nomeação e Governança.

Clique aqui para conhecer as práticas de governança corporativa adotas pelo Banco Santander Brasil!

Estrutura Acionária

O quadro abaixo indica a quantidade de ações ordinárias e preferenciais detidas pelos acionistas do Banco Santander (31/03/2020):

Principais Acionistas Ações Ordinárias (Milhares) Porcentagens de Ações Ordinárias Ações Preferenciais (Milhares) Percentual de Ações Preferenciais Percentual do Total das Ações do Capital
Sterrebeeck B.V. 1.809.583 47,4 1.733.644 47,1 47,3
Grupo Empresarial Santander, S.L. 1.107.673 29,0 1.019.645 27,7 28,4
Banco Santander S/A (Espanha) 521.964 13,7 519.268 14,1 13,9
Administradores 5.580 0,1 5.580 0,2 0,1
Ações em tesouraria 18.947 0,5 18.947 0,5 0,5
Free float 354.947 9,3 382.752 10,4 9,8
Total 3.818.695 100,0 3.679.836 100,0 100,0

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações do Santander oscilaram entre a mínima de R$ 21,87 e a máxima de R$ 47,20. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 0,49%, negociada a R$ 41,00.

Confira o histórico da SANB11

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 39,06 41,82 38,38 40,29 4.201.260 1,94 4,97%
1 Mês 43,71 47,20 38,38 42,46 3.512.968 -2,71 -6,2%
3 Meses 36,12 47,20 34,90 41,99 3.257.789 4,88 13,51%
6 Meses 30,20 47,20 26,44 35,28 3.348.816 10,80 35,76%
1 Ano 42,43 47,20 21,87 32,49 3.334.229 -1,43 -3,37%
3 Anos 36,08 51,58 21,87 36,91 2.263.293 4,92 13,64%
5 Anos 12,61 51,58 12,41 33,27 1.985.399 28,39 225,14%

 

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