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CCR (CCRO3): lucro líquido de R$ 191 milhões desaba 86,7% em 2020; 4T20 registra prejuízo devido a pandemia e provisão de R$ 306 milhões

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O grupo CCR registrou lucro líquido de R$ 191 milhões em 2020, queda de 86,7% em relação ao ano de 2019.

Os resultados da CCR (BOV:CCRO3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 04/03/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 8,941 bilhões, baixa de 5,8%.

No acumulado de todo 2020, o tráfego teve queda anual de 2,6% – taxa considerada razoável diante das fortes perdas registradas no auge da crise. No segundo trimestre do ano passado, o índice chegou a cair 18,2%.

Essa retomada vinha sendo impulsionada principalmente pelo tráfego nas rodovias. Os aeroportos e metrôs do grupo continuam com uma retração significativa, de 55% e 45%, respectivamente.

4T20

O grupo CCR teve prejuízo de R$ 74,8 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 392,6 milhões que havia sido registrado no mesmo período do ano anterior.

Excluindo os efeitos não-recorrentes (provisão relativa ao processo de devolução da MSVia), a companhia teria reportado lucro líquido de R$ 176,1 milhões de outubro a dezembro do ano passado.

O resultado negativo é fruto das quedas de movimentação provocadas pela pandemia, mas também por uma provisão de R$ 305,9 milhões, relacionada ao processo de devolução amigável da concessionária MSVia (que adminsitra a BR-163 no Mato Grosso do Sul), que está perto de ser assinado — ainda falta um decreto do presidente.

Pelo acordo, a CCR deverá devolver o ativo para que o governo federal faça uma relicitação. O processo prevê o pagamento de uma indenização pelos bens reversíveis e não amortizados, mas outros valores entrarão na conta, como multas aplicadas ao longo da concessão, desequilíbrios contratuais, entre outros.

O Ebitda ajustado no 4T20 foi de R$ 1,06 bilhão, uma queda de 29,1% em relação ao ano anterior. A empresa também divulgou os dados pró-forma. De outubro a dezembro, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,13 bilhão, queda de 29,2% na mesma base.

A margem Ebitda ajustada foi de 41,6% de outubro a dezembro, retração de 15,1 pontos porcentuais na mesma base de comparação.

A receita líquida do grupo alcançou R$ 2,55 bilhões no último trimestre do ano passado, queda de 3,3% sobre um ano antes. No critério pró-forma, houve queda de 4,4%, para R$ 2,67 bilhões.

A dívida líquida consolidada do grupo encerrou o trimestre em R$ 13,6 bilhões. A alavancagem ficou em 2,9 vezes da dívida líquida pelo Ebitda ajudado, contra uma taxa de 2,4 vezes no mesmo período de 2019.

Recuperação em 2021 mas CCR prevê novas perdas com agravamento da pandemia

Segundo o gestor de relações com investidores da CCR, Marcus Vinícius Vieira, a recuperação nos diferentes modais vinha se estendendo nesses primeiros meses de 2021 e a companhia agora aguarda seu relatório semanal de tráfego desta semana, após governos regionais pelo país terem voltado a restringir mais a circulação devido a uma segunda onda da pandemia.

“De todo modo, entendo que agora o impacto não será tão grande quanto no início da pandemia no ano passado”, disse ele.

Segundo o executivo, o plano da CCR é investir cerca de 2 bilhões de reais neste ano, pouco mais do que os 1,48 bilhão aplicados no ano passado.

Além disso, a companhia segue se preparando para participar de leilões de concessões de infraestrutura previstas para 2021, incluindo os das rodovias BR-153, BR-163, BR-381 e Dutra. Esta última, sob gestão da CCR, teve no mês passado um aditivo, que estendeu a administração da rodovia que liga São Paulo a Rio de Janeiro sob controle da companhia por mais um ano.

Além disso, disse Vieira, a CCR planeja disputar a concessão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Paulo, inicialmente marcada para esta semana, mas que poderia ainda acontecer neste mês.

Para o executivo, mesmo com as avaliações de que o tráfego de passageiros nos modais urbanos e aéreo vai demorar mais tempo para se recuperar dos efeitos da pandemia, as concessões seguem atrativas para a companhia, dado que são de prazos de 20 a 30 anos, em média.

O grupo CCR já prevê um novo ciclo de perdas, diante do descontrole da pandemia no país. O tráfego nas concessões da empresa vinha se recuperando ao longo de 2020. Agora, porém, a retomada deverá ser interrompida, diante da necessidade de novas medidas de isolamento social.

“Se não fosse pela nova onda da pandemia, já teríamos um crescimento efetivo no primeiro trimestre deste ano. Hoje, já não é mais possível prever. Não temos uma projeção de quão severo será o impacto, mas a tendência é que não seja tão forte quanto foi no início da pandemia”, afirma Marcus Vinicius Macedo, gestor da área de relações com investidores do grupo.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

O Credit Suisse afirmou que os resultados divulgados ontem pela CCR, referentes ao quarto trimestre de 2020, vieram em linhas com as expectativas do banco, já considerando os números ajustados após o rebalanceamento de San José, do BH Airport, reversão de receita do Metrô Bahia, reversão de provisão e baixa contábil da MSVia, além dos benefícios do governo americano na TAS.

“Após contabilizar esses eventos não recorrentes, a receita líquida ajustada de R$ 2,4 bilhões (2% abaixo da projeção) e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado de R$ 1,4 bilhão (3% acima do Credit) estiveram praticamente em linha com nossas estimativas”, apontou.

O Credit apontou que o resultado do quarto trimestre também foi impactado por custos extras e amortizações em função da proximidade dos vencimentos das concessões da Nova Dutra e Rodonorte.

Credit Suisse manteve a recomendação de compra das ações e o preço-alvo em R$ 21,50.

Pensando em investir na CCR?

Prestadora de serviços públicos por meio de concessões rodoviária, metroviária e aeroportuária, além de prestação de serviços de meio de pagamentos e outros.

→ O grupo CCR foi fundado em 1999 e hoje é uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura da América Latina. Atua nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos e serviços. O grupo CCR possui R$ 22 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

Governança Corporativa

As ações da CCR são listadas no Novo Mercado. A empresa realizou o IPO no dia 01 de fevereiro de 2002.

Composição Acionária

Acionista Ações Ordinárias %
Andrade Gutierrez (1) 300.149.836 14,86%
Camargo Corrêa (2) 300.149.832 14,86%
Soares Penido (3) 304.004.776 15,05%
Novo Mercado 1.115.695.556 55,23%
Total: 2.020.000.000 100,00%

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da CCR oscilaram entre a mínima de R$ 9,06 e a máxima de R$ 16,90. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 5,44%, negociada a R$ 11,63.

Confira o histórico da CCR (CCRO3)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 11,52 11,87 10,31 11,17 15.235.340 0,30 2,6%
1 Mês 12,44 12,59 10,31 11,65 12.649.589 -0,62 -4,98%
3 Meses 13,53 14,12 10,31 12,41 10.574.296 -1,71 -12,64%
6 Meses 14,11 14,97 10,31 12,67 10.975.774 -2,29 -16,23%
1 Ano 16,29 16,36 9,06 13,04 10.177.181 -4,47 -27,44%
3 Anos 12,64 20,08 7,85 13,18 8.565.670 -0,82 -6,49%
5 Anos 14,47 20,08 7,85 14,17 7.474.821 -2,65 -18,31%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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