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Déficit em transações correntes totalizou US$2,3 bilhões em fevereiro

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O déficit em transações correntes totalizou US$2,3 bilhões em fevereiro de 2021, ante déficit de US$4,7 bilhões em fevereiro de 2020. A redução no déficit decorreu das retrações de US$2,7 bilhões e de US$0,9 bilhão nas despesas líquidas de renda primária e de serviços, respectivamente, enquanto o superávit comercial recuou US$1,3 bilhão.

O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em fevereiro de 2021 somou US$6,9 bilhões (0,48% do PIB), ante US$9,2 bilhões (0,64% do PIB) em janeiro de 2021 e US$55,7 bilhões (3,06% do PIB) em fevereiro de 2020.

A balança comercial de bens registrou superávit de US$430 milhões em fevereiro de 2021, ante saldo positivo de US$1,8 bilhão em fevereiro de 2020. As exportações de bens totalizaram US$16,3 bilhões em fevereiro de 2021, aumento de 4,3% ante fevereiro de 2020.

As importações de bens totalizaram US$15,9 bilhões, incremento de 14,5% na mesma base de comparação. Estima-se, para fevereiro de 2021, em US$1,6 bilhão as importações de bens no âmbito do Repetro, ante US$565 milhões em fevereiro de 2020. Desconsiderando essas operações, o crescimento das importações na comparação interanual reduziu-se à metade, 7,2%.

O déficit na conta de serviços manteve a trajetória de retração e totalizou US$1,4 bilhão em fevereiro de 2021, recuo de 39,9% em relação a fevereiro de 2020, quando atingiu US$2,3 bilhões. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$28 milhões em fevereiro de 2021, ante US$403 milhões em fevereiro de 2020, recuo de 93,0%.

Destaca-se também, na mesma base de comparação, a redução de 54,2% nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, de US$1,2 bilhão para US$555 milhões, influenciada pela nacionalização de equipamentos no âmbito do Repetro.

A conta de transportes apresentou despesas líquidas de US$227 milhões, ante US$410 milhões em fevereiro de 2020. A conta de serviços de propriedade intelectual registrou aumento das despesas líquidas, de US$291 milhões em fevereiro de 2020, para US$561 milhões em fevereiro de 2021.

Em fevereiro de 2021, o déficit em renda primária recuou 61,3% em relação a fevereiro de 2020 e totalizou US$1,7 bilhão. As despesas líquidas de lucros e dividendos diminuíram para US$315 milhões, ante US$2,9 bilhões em fevereiro de 2020.

A redução decorreu principalmente do aumento de US$2,3 bilhões nas receitas, impulsionado pela reversão do prejuízo de US$696 milhões em fevereiro de 2020 para lucro de US$1,6 bilhão em fevereiro de 2021.  As despesas líquidas com juros somaram US$1,4 bilhão no mês, retração de 1,6% na comparação com fevereiro de 2020, com recuo das receitas e das despesas.

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$9,0 bilhões em fevereiro de 2021, ante US$2,6 bilhões observados em fevereiro de 2020. Houve ingressos líquidos de US$3,1 bilhões em participação no capital e de US$5,9 bilhões em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em fevereiro de 2021, o IDP totalizou US$39,8 bilhões (2,75% do PIB), ante US$33,4 bilhões (2,31% do PIB) no mês anterior e US$65,0 bilhões (3,57% do PIB) em fevereiro de 2020.

Em fevereiro de 2021, os investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram aplicações líquidas de US$1,7 bilhão. Nos doze meses encerrados em fevereiro de 2021, entretanto, o IDE totalizou regressos líquidos (desinvestimentos) de US$14,6 bilhões.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos pelo nono mês consecutivo, somando US$3,6 bilhões em fevereiro de 2021, dos quais US$822 milhões em ações e fundos de investimento e US$2,8 bilhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em fevereiro de 2021, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$3,2 bilhões, primeiro valor positivo (para o acumulado em doze meses) desde julho de 2018.

  • Reservas internacionais

As reservas internacionais atingiram US$356,1 bilhões em fevereiro de 2021, elevação de US$654 milhões em comparação a janeiro de 2021. Houve US$2,6 bilhões em retornos líquidos em linhas com recompra e a receita de juros atingiu US$351 milhões. As variações por preço e por paridades contribuíram para reduzir o estoque, respectivamente, em US$1,9 bilhão e US$315 milhões.

  • Estimativas e parciais – março de 2021

Para o mês de março, a estimativa do resultado em transações correntes é de déficit de US$1,3 bilhão; a de IDP é de ingressos líquidos de US$7,0 bilhões.

(Com informações do Banco Central do Brasil)

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