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Governo indica seis membros para o Conselho de Administração da Petrobras

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A  informou que recebeu ofícios do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Economia com seis indicações para a próxima Assembleia Geral Extraordinária, para exercerem a função de membros do Conselho de Administração da companhia.

O Fato Relevante foi divulgado pela estatal (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) na manhã desta segunda-feira (08). Veja o comunicado na íntegra!

A União ainda pode realizar mais duas indicações de membros ao Conselho de Administração da companhia.

Conheça os seis nomes:

1 – Eduardo Bacellar Leal Ferreira – Presidente do Conselho

Atualmente é Presidente do Conselho de Administração da Petrobras. É Almirante de Esquadra da Reserva e foi Comandante da Marinha do Brasil até janeiro de 2019, tendo, portanto, chegado ao topo de sua carreira. Além da Escola Naval, Eduardo Leal Ferreira fez cursos de pós-graduação na Escola de Guerra Naval do Brasil e na Academia de Guerra Naval do Chile. Entre os cargos que exerceu cabe citar o de Capitão dos Portos do Rio de Janeiro e Diretor de Portos e Costas, quando teve a oportunidade de aprofundar ligações com as atividades offshore ligadas à indústria do petróleo. Foi também Comandante da Escola Naval, da Escola Superior de Guerra e Comandante-em-Chefe da Esquadra Brasileira. No exterior, serviu no Chile e foi instrutor da Academia Naval de Annapolis (Escola Naval da Marinha Americana).

2 – Joaquim Silva e Luna

Atualmente é Diretor-Geral brasileiro da Itaipu Binacional. É General de Exército da reserva e serviu no Ministério da Defesa de março de 2014 a janeiro de 2019, como Secretário-Geral do Ministério e como Ministro da Defesa. Além da Academia Militar das Agulhas Negras, onde se graduou na Arma de Engenharia, Joaquim Silva e Luna, fez doutorado em Ciências Militares, mestrado em Operações Militares, pós-graduação em Projetos e Análise de Sistemas pela Universidade de Brasília e em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, curso de Oficial de Comunicações, realizado na Escola de Comunicações e curso de Guerra na Selva, realizado no Centro de Instrução de Guerra na Selva. Nos seus 45 anos de serviços ao Exército, sendo 12 anos como Oficial General da ativa: como General de Brigada foi Comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé-AM e Diretor de Patrimônio, em Brasília-DF; como General de Divisão foi Chefe do Gabinete do Comandante do Exército, em Brasília-DF; e como General de Exército foi Chefe do Estado-Maior do Exército, em Brasília-DF. Foi Conselheiro da Amazônia Azul Tecnologia de Defesa S.A. (AMAZUL) por três anos. No exterior foi membro da Missão Militar Brasileira de Instrução e Assessor de Engenharia na República do Paraguai como instrutor nas Escolas de graduação, pós-graduação e doutorado; e Adido de Defesa, da Marinha, do Exército e da Aeronáutica no Estado de Israel.

3 – Ruy Flaks Schneider

É engenheiro industrial mecânico e de produção formado pela PUC-RIO, além de Master of Sciences em Engineering Economy pela Stanford University. Oficial da reserva da Marinha, cursou a Escola Superior de Guerra. Fundou na PUC-RIO o Departamento de Engenharia Industrial, tornando-se seu primeiro diretor e estabelecendo o primeiro programa de mestrado em Engenharia Industrial no Brasil. Com diversos artigos publicados, atua como palestrante, no Brasil e no exterior. Acumulou vasta experiência, tanto como executivo, quanto como membro de Conselhos de Administração e Fiscal de grandes empresas, entre elas a Xerox do Brasil S.A., Banco Brascan de Investimento S.A., Banco de Montreal S.A.-MontrealBank, Grupo Multiplan e INB Indústrias Nucleares do Brasil. O Sr. Ruy Schneider atuou como membro do Conselho consultivo do mercado de capitais do Banco Central, participando do assessoramento na elaboração do programa de conversão de dívida externa. É presidente do Conselho de Administração da Eletrobrás e da Liga da Reserva Naval do Brasil. Criador do primeiro fundo de pensão multipatrocinado e introdutor no Brasil dos fundos de Contribuição Definida.

4 – Márcio Andrade Weber

É engenheiro civil formado pela UFRGS, com especialização em engenharia de petróleo pela Petrobras. Ingressou na Petrobras em 1976 onde trabalhou por 16 anos, tendo sido um dos pioneiros no desenvolvimento da Bacia de Campos, e ocupou em seguida diversos cargos gerenciais e diretivos entre os quais se destacam atividades no exterior, na área internacional da Petrobras, em Trinidad, Libia e Noruega. Foi membro da Diretoria de Serviços da Petrobras Internacional (Braspetro) e Diretor da Petroserv S.A., desenvolvendo a participação da companhia nas atividades de E&P, navegação de apoio e sondas de perfuração para águas profundas. Foi responsável como CEO da empresa BOS navegação (JV entre Petroserv e duas companhias estrangeiras) pela construção em estaleiros nacionais de 4 rebocadores de apoio. Paralelamente, como diretor da Petroserv participou na construção e operação de 4 plataformas de perfuração para águas profundas, unidades estas que entre seus clientes se encontram a Shell e a ENI (Indonesia). Atualmente presta assessoria ao grupo PMI que opera as referidas unidades.

5 – Murilo Marroquim de Souza

É formado em geologia pela Universidade Federal de Pernambuco, com mestrado em geofísica pela Universidade de Houston, Texas, nos Estados Unidos. Trabalha na indústria de petróleo há 47 anos, tendo exercido atividades em mais de 20 países na América, Europa, África e Ásia. Atuou na Petrobras entre 1971 a 1994, onde ocupou diversas funções gerenciais na área de exploração e produção, tendo sido Diretor da Brasoil UK, em Londres, com atividades de exploração no Mar do Norte e outras Bacias. Foi Gerente Geral da IBM da Unidade de Soluções para Indústria de Petróleo na América Latina. Atuou como consultor, trabalhando para ANP em vários projetos, e na Ipiranga como Assessor para Exploração e Produção. De 2001 a 2011 foi Presidente da Devon Energy do Brasil (Ocean Energy) e desde 2011 é Presidente da Visla Consultoria de Petróleo, empresa de consultoria focada em projetos especiais para indústria de energia.

6 – Sonia Julia Sulzbeck Villalobos (esta indicada pelo Ministério da Economia)

É bacharel em administração pública e tem mestrado em administração de empresas com especialização em finanças, ambos na Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP-FGV). Sonia Villalobos tem mais de 30 anos de experiência no mercado acionário brasileiro, sendo a primeira pessoa na América do Sul a receber a credencial CFA em 1994. Sonia Villalobos trabalhou de 1985 a 1987 na Equipe DTVM, e de 1987 a 1989 no Banco Iochpe como analista de investimentos. De 1989 a 1996, no Banco Garantia como Chefe do Departamento de Análise de Investimentos, quando foi votada melhor analista do Brasil pela Revista Institutional Investor em 1992, 1993 e 1994. Trabalhou de 1996 a 2002 na Bassini, Playfair & Associates como responsável por private equity no Brasil, Chile e Argentina. De 2005 a 2011, trabalhou para Larrain Vial como gestora de fundos. De 2012 a 2016, Sonia Villalobos trabalhou como sócia fundadora e gestora dos fundos de ações na América Latina pela Lanin Partners. Desde 2016, é professora do Insper na pós-graduação Lato Sensu nas matérias de gestão de ativos e análise de demonstrações financeiras. Sonia Villalobos é membro do Conselho de Administração da Telefônica do Brasil e da LATAM Airlines Group S.A. Ela também atuou como membro do Conselho de Administração da TAM Linhas Aéreas, Método Engenharia (Brasil), Tricolor Pinturas e Fanaloza/Briggs (Chile), Milkaut e Banco Hipotecario (Argentina). Foi membro do Conselho de Administração da Petrobras de maio de 2018 até julho de 2020, eleita por acionistas detentores de ações preferenciais.

Lucro líquido de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3%. Veja a opinião dos analistas

A Petrobras registrou lucro de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3% em relação ao montante de 2019. A redução foi atribuída a alguns fatores como a queda de 35% do preço do petróleo, maiores perdas de valor de ativos, menores ganhos com desinvestimentos e desvalorização de 31% do dólar frente ao real.

VISÃO DO MERCADO

XP Investimentos 

De acordo com a XP Investimentos, o mercado deverá monitorar com atenção as indicações da União para o Conselho da Petrobras, em particular no caso de membros que não faziam parte do Conselho anteriormente e excetuando o General Joaquim de Silva e Luna, cuja indicação já era de conhecimento amplo para a posição de Conselheiro e Presidente da Petrobras.

“Por enquanto, ainda não há data agendada para a realização de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a indicação dos Novos Conselheiros e do novo Presidente da Petrobras em substituição ao Sr. Roberto Castello Branco”, apontam os analistas, que mantêm recomendação de venda nas ações da Petrobras, com preços-alvo de R$ 24 por ação para PETR4 e PETR3.

A XP ainda comentou a tendência de alta do petróleo. Da perspectiva da Petrobras, a contínua alta dos preços do petróleo coloca pressão adicional sobre a política de preços de combustíveis da empresa. “Com base em nossos cálculos, a companhia precisaria realizar um reajuste nos preços de diesel de +13,0% para retornar à paridade de importação, enquanto os preços de gasolina precisariam de uma elevação de +11,0%. Continuamos vendo uma perspectiva incerta para a manutenção pela Petrobras de uma política de precificação de combustíveis alinhada com as referências internacionais”, avaliam os analistas.

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