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Hapvida (HAPV3): lucro líquido de R$ 785,3 milhões em 2020, queda de 7,8%

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A administradora de planos de saúde Hapvida teve lucro líquido de R$ 785,3 milhões em 2020, em queda de 7,8% sobre o lucro líquido de R$ 851,8 milhões em 2019.

Os resultados da Hapvida (BOV:HAPV3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 18/03/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

No ano inteiro de 2020, a receita líquida da companhia foi de R$ 8,55 bilhões, crescimento de 51,8% sobre 2019. O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – alcançou R$ 2,01 bilhões, ganho de 63,8% sobre um ano antes.

A operadora encerrou 2020 com 6,67 milhões de beneficiários (entre saúde e odontologia), em alta de 5,5% sobre um ano antes. A rede própria cresceu 4,3% no período, para 464 unidades, entre hospitais, pronto-atendimentos, clínicas e laboratórios.

A companhia terminou o ano com 3.240 leitos totais com previsão de 1.490 leitos para covid-19 ao fim do primeiro semestre. A empresa concluiu 2020 com 764 leitos destinados ao tratamento da covid-19.

4T20

A Hapvida teve lucro líquido de R$ 94,3 milhões no trimestre, queda de 55,2% em relação ao lucro líquido de R$ 210,6 milhões registrado nos últimos três meses de 2019.

A receita líquida foi de R$ 2,27 bilhões no trimestre, 27,3% superior ante o resultado de um ano antes. O Ebitda totalizou R$ 431,8 milhões, alta de 15,2% sobre o mesmo trimestre de 2019.

Teleconferência

“Essa segunda onda traz novos desafios. A nova cepa tem maior poder de contágio e atinge pacientes mais jovens, mas preparamos nossas estruturas”, disse o presidente da companhia, Jorge Pinheiro, em teleconferência de resultados.

Ele destacou que mesmo com aumento de procedimentos da covid-19, a estrutura verticalizada da operadora de saúde permite que ela absorva o aumento de demanda. “Nesse momento, só estamos com cirurgias eletivas suspensas. Consultas e exames estão acontecendo normalmente”.

O executivo disse “estar esperançoso de que não terá uma terceira onda” da doença. Pinheiro destaca, por exemplo, que cidades onde a situação se agravou primeiro, como Manaus, já tem indicação de melhora dos indicadores.

Pinheiro disse também que espera retomada econômica a partir da metade do ano. “Creio na recuperação da economia no segundo semestre, que pode nos ajudar muito.”

Entre os pontos favoráveis à operação da companhia está o maior poder de consumo das pessoas e a recuperação do mercado de trabalho, que pode estimular o segmento de planos de saúde corporativos. “Estamos otimistas com a recuperação do varejo e também no corporativo, com as empresas recontratando”, afirmou.

Ele destacou que os canais corporativos são positivos para os resultados da companhia porque trazem mais previsibilidade de receita. Em 2020, a receita líquida da Hapvida cresceu 51% para R$ 8,55 bilhões, mas o lucro líquido recuou 7,8%, para R$ 785,3 milhões.

Em 2020, a empresa fez oito aquisições de operações, com integração concluída ou próxima de concluir do paulista Grupo São José e dos grupos goianos Samedh e Plamheg. “Estamos trabalhando para trazer a sinistralidade das adquiridas para níveis mais próximos da Hapvida”, disse Pinheiro.

O executivo também aproveitou para afirmar que há entusiasmo na Hapvida em relação à combinação de negócios com o Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI), ao que classificou como um “um momento histórico pra saúde do país”. As companhias anunciaram no fim de fevereiro a potencial operação de combinação dos negócios.

VISÃO DO MERCADO

BTG Pactual 

Segundo o BTG Pactual, a Hapvida publicou resultados fracos e em linha com as estimativas da equipe de análise, refletindo sua execução ainda sólida, mas negativamente afetados por uma sinistralidade mais elevada, aumento das provisões do SUS e alavancagem operacional negativa com integração de fusões e aquisições recentes.

“Apesar dos resultados fracos, os analistas continuam positivos com as ações da companhia, principalmente porque o quarto trimestre foi impactado por frequências anormalmente altas. No entanto, a dinâmica amplamente relacionada à covid-19 provavelmente persistirá no curto prazo”, diz o relatório.

O BTG Pactual mantém a recomendação de compra e eleva o preço-alvo das ações de R$ 16,00 para R$ 19,00.

Goldman Sachs

Com a alta de custos reportada pela Hapvida no quarto trimestre de 2020, o potencial dos benefícios das aquisições fica em xeque, segundo o Goldman Sachs. O banco aponta que os resultados devem ser recebidos negativamente pelo mercado, apesar da fusão de negócios com a Notre Dame Intermédica estar no radar.

O relatório aponta que o crescimento orgânico não foi capaz de compensar o aumento de custos dos serviços, 13% acima das estimativas do banco, “mostrando os desafios do crescimento inorgânico” e os benefícios limitados de aquisições.

Os analistas Tito Labarta, Gustavo Schroden e Nicholas Walker apontam que o lucro líquido de R$ 94 milhões ficou 59% abaixo do estimado pelo Goldman. O resultado foi impactado pela maior sinistralidade e provisões para o SUS, 1,2 ponto percentual além das projeções.

Por outro lado, a receita líquida, 4% acima das estimativas, foi impulsionada pelo aumento orgânico no número de beneficiários e o crescimento do tíquete médio com reajustes de contratos.

Goldman Sachs tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 14,80.

XP Investimentos 

A XP classificou o desempenho quanto à receita no quarto trimestre como sólido, mas ofuscado por provisões do SUS acima do esperado. Ainda assim, a Hapvida apresentou um forte desempenho no ano, diz a XP, com um aumento de 64% no lucro Ebitda e uma expansão de 1,7 ponto percentual nas margens.

A XP também destaca que a geração de caixa livre totalizou R$ 1,5 bilhão em 2020, aumento de 52% em relação a 2019. Na avaliação da XP, isso confirma a forte capacidade operacional da empresa. Mas a XP diz que o foco de curto prazo deve ser na fusão com a Notre Dame, que deve criar valor por meio de sinergias.

A sinistralidade caixa atingiu 59,5%, um aumento de 2,7 pontos percentuais em um ano, pois houve um aumento atípico de procedimentos eletivos que foram adiados de meses anteriores devido à pandemia.

A surpresa negativa foi relacionada às provisões do SUS que atingiram R$ 106 milhões no trimestre contra R$ 69 milhões no quarto trimestre de 2019, o que representa uma pressão de 0,8 ponto percentual nas margens.

De acordo com a companhia este aumento está relacionado com um maior número de faturas do SUS emitidas no trimestre, visto que a emissão de faturas foi suspensa durante o segundo e terceiro trimestres de 2020.

Este impacto foi parcialmente compensado por menores despesas gerais e administrativas como percentual da receita, consequentemente, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 432 milhões no trimestre, 15,2% acima do ano passado e 6,2% abaixo das estimativas da XP.

“Em suma, apesar das maiores provisões para o SUS, a Hapvida apresentou um forte desempenho no ano com um aumento de 64% no Ebitda e uma expansão de 1,7 ponto percentual nas margens. Além disso, a geração de caixa livre totalizou R$ 1,5 bilhão em 2020, um aumento de 52% em relação a 2019, o que confirma a forte capacidade operacional da Hapvida, reforçando nossa visão positiva sobre a empresa”, diz.

XP Investimentos reiterou a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 21,00 por ação.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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