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IBC-Br tem alta de 1,04% em janeiro, ficando acima do esperado

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O nível de atividade da economia brasileira iniciou o ano de 2021 em crescimento, segundo números divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central. Esse foi o nono mês seguido de expansão.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 1,04% em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

Na comparação com janeiro de 2020, porém, o indicador registrou uma contração de 0,46%, informou o Banco Central.

Com o crescimento registrado em janeiro, o IBC-Br atingiu 140,30 pontos no mês retrasado e, com isso, superou o patamar registrado em fevereiro de 2020 (140,02 pontos), ou seja, de antes do início da pandemia da Covid-19.

Os efeitos da pandemia foram sentidos, com maior intensidade na economia, entre março e abril do ano passado. De maio em diante, os números mostram o início de uma reação.

Ainda de acordo com o BC, em 12 meses até janeiro de 2020, porém, houve queda de 4,04% – sem ajuste sazonal.

Números do PIB

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo dados do IBGE, o PIB brasileiro registrou um tombo de 4,1% no ano passado. Foi o maior recuo anual da série histórica, iniciada em 1996. A queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019.

PIB x IBC-Br

Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode voltar a subir os juros no ano que vem. O mercado financeiro estima uma alta para 2,5% ao na próxima quarta-feira.

(Com informações do Banco Central, G1, Reuters, Istoé, UOL, Ultimointante)

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