A Mills registrou um lucro líquido de R$ 7,6 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de 2,7 milhões registrados um ano antes.
Os resultados da Mills (BOV:MILS3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 17/03/2021. Confira o Press Release completo!
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Já a receita líquida subiu 7%, para R$ 148,2 milhões.
O Ebitda Ajustado consolidado (excluindo itens não recorrentes e os efeitos do IFRS16) foi de R$ 52,9 milhões, com margem de 35,7% no 4T20 ante R$ 36,7 milhões, com margem de 27,5%, no 3T20.
No 4T20, os investimentos totalizaram R$ 4,5 milhões, principalmente destinados para bens de uso operacional e de apoio, como TI e adequações de filiais.
A Mills encerrou 2020 com uma dívida bruta de R$ 207,7 milhões e caixa líquido de R$ 171,2 milhões.
Teleconferência
A pandemia de coronavírus atrasou o andamento de obras e impactou negativamente a empresa de engenharia Mills no começo de 2020, mas a companhia observou uma retomada na segunda metade do ano passado — e conseguiu encerrar o período com um caixa de R$ 170 milhões. Ela não descarta usar parte desse dinheiro em aquisições.
Segundo o CEO do grupo, Sergio Kariya, a estratégia da Mills foi cortar custos, renegociar contratos com clientes, fazer duas emissões de debêntures e alongar dívidas. Com isso, a empresa terminou 2020 com um lucro líquido de R$ 7,6 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de 2,7 milhões registrados um ano antes. Já a receita líquida subiu 7%, para R$ 148,2 milhões.
“A gente vem buscando a redução da ciclicidade. Hoje, 70% das receitas de locação da Mills são oriundas do setor de não-construção. A gente trabalha dentro de indústrias, dentro de serviços, comércios, o que gera um comportamento melhor das nossas receitas, especialmente diante de crises”, afirmou Kariya.
“O que a gente está buscando é a consolidação neste setor para criar mais escalas, para criar mais sinergias. (…) Tem um desafio muito grande no Brasil e implementar esse conceito de plataformas aéreas. É um produto substituto que vem crescendo no mundo inteiro”, completou.
James Guerreiro, CFO da companhia, enfatizou que a empresa teve também que reduzir investimentos no ano passado para preservar a liquidez diante da pandemia de coronavírus, mas ainda assim conseguiu continuar gerando caixa operacional.
“Fechamos 2020 com praticamente R$ 150 milhões de Ebitda, sendo R$ 50 milhões no quarto trimestre. O maior impacto da pandemia foi no segundo trimestre, e iniciamos uma recuperação já no terceiro trimestre. Em todo o período, não só nessa crise de agora, mas na anterior também, em 2014, a companhia permaneceu geradora de caixa operacional”, disse.
Os executivos falaram ainda sobre a abertura de seis a oito filiais neste ano, as quais já estão mapeadas, além da política de pagamento de dividendos, do impacto do aumento da Selic sobre as operações, além do reflexo do aumento dos combustíveis e da lei de saneamento e gás. Kariya e Guerreiro comentaram também sobre os projetos de expansão, sobre aumento de frota e o potencial de expansão do market share de 28% após a fusão com a Solaris.
“O principal desafio da indústria de uma maneira geral é penetrar o mercado. No Brasil a gente tem cerca de 30.000 equipamentos, e lá nos EUA tem 450.000 equipamentos. Quanto a gente olha o ratio população/máquina, o Brasil tem uma proporção 11 vezes menor. Tem um trabalho bastante grande de quebrar paradigmas do mercado, de crescer este conceito, penetrar mais e fazer com que o bolo cresça”, disse Kariya.
VISÃO DO MERCADO
XP Investimentos
De acordo com a XP Investimentos, o resultado foi positivo e bem acima das expectativas. As linhas de custos e despesas avançaram menos do que o crescimento de receita, consequentemente, a Mills conseguiu entregar um Ebitda de R$ 56,2 milhões, 35% acima do esperado pelos analistas, com forte incremento de margem (38,0% no quarto trimestre de 2020 versus 28,2% no mesmo período de 2019).
Apesar dos desafios advindos da pandemia e de uma possível segunda onda, a companhia fechou o trimestre com mais de R$ 170 milhões em caixa líquido, apontaram. “O resultado corrobora nossa visão otimista para a empresa e acreditamos que o ciclo de lucratividade chegou” avalia a XP.
XP Investimentos reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 8,20 por ação.