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Retrospectiva Fevereiro: 32 empresas se destacaram no mês. Você adivinha quais são elas?

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Neste mês a agenda esteve mais movimentada do que o normal. Começou com o Ano Novo Lunar deixando os mercados asiáticos fechados por quase uma semana, o que fez algumas exportadoras ficarem em “stand by” nesse período, aguardando o retorno da demanda. Na metade do mês, foi a vez do Brasil, com a Bolsa fechada alguns dias devido ao feriado de Carnaval, que não aconteceu de fato. Isso porque a B3 não teve negociações nos dias 15 e 16, voltando no dia 17 após às 13 horas, porém os muitos casos de coronavírus no país fizeram com que a festividade em si fosse cancelada.

Sobre isso, fevereiro também é justamente o mês em que se registrou o primeiro caso de coronavírus no país. Portanto, após um ano, a doença ainda deixa suas marcas e incide no mercado financeiro, com o Ibovespa acumulando queda de mais de 7% nos 28 dias desse mês. Esse desempenho é reflexo de diversos fatores, entre eles o ritmo lento em que se encontra o Brasil na vacinação da população, a falta de uma perspectiva de retomada econômica mais forte, questões políticas e fiscais que incidem no otimismo dos investidores daqui e de fora. Com um cenário marcado pela incerteza, a única certeza que se tem é a de que o mercado segue com cautela.

Apesar disso, muitas empresas escolheram fevereiro para começar sua captação de recursos na Bolsa. Uma forma de conseguir angariar capital para crescer e também aumentar a visibilidade, além de pagar dívidas e manter um capital de giro favorável.

Também teve muitas divulgações de balanços, o que permitiu ao investidor avaliar melhor as empresas em carteira pensando no longo prazo, uma vez que as companhias puderam demonstrar, através desses números, toda sua capacidade operacional e financeira de superar as adversidades diante da crise de saúde mundial.

Vamos ver com mais detalhes tudo isso por meio de uma retrospectiva das ações que mais se destacaram no mês, dentro de três categorias: as IPOs, os papéis que apresentaram as maiores altas e baixas do Ibovespa e os que tiveram melhor e pior desempenho entre as Small Caps. Você adivinha quem entra nesses rankings? Vamos descobrir agora!

Retrospectiva IPOs fevereiro/2021

A primeira semana do mês chegou movimentada com as novas IPOs, rendendo até marca histórica de maior alta no primeiro dia de operações.

  • Intelbras(BOV:INTB3). Em sua Oferta Inicial de Ações movimentou R$ 1,3 bilhão na Bolsa. A fabricante de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica e comunicação precificou seus papéis em R$ 15,75 cada – perto do piso da faixa indicativa, entre R$ 15,25 a R$ 19,25 reais por ação.
  • Mobly(BOV:MBLY3). O valor da ação da IPO da loja de móveis on-line ficou em R$ 21. Assim, com a venda das 38.647.344 ações que estão disponíveis na oferta, a operação movimentou R$ 811,594 milhões. Grande parte deste dinheiro (R$ 777,778 milhões) veio de oferta primária, ou seja, quando os recursos vão para o caixa da empresa.
  • Mosaico Tecnologia(BOV:MOSI3). Empresa dona dos sites Buscapé, Zoom e Bondfaro. E ela já chegou chegando. Em apenas alguns minutos de negociação, as ações entraram em leilão, valorizando 72%. Foi a maior alta para uma estreia na história da B3.

Na segunda semana, mais curta devido ao feriado de Carnaval, teve muito abre-alas na Bolsa, com estreias de:

  • Jalles Machado (BOV:JALL3). A empresa captou um total de R$ 741,5 milhões em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), após precificar os papéis em R$ 8,30 a unidade. O valor ficou abaixo da faixa indicativa de preços estabelecida pelos coordenadores da oferta. Com capacidade de moagem de 5,3 milhões de toneladas de cana de açúcar por safra, a Jalles Machado é a maior produtora e exportadora brasileira de açúcar orgânico em escala mundial.
  • Focus Energia (BOV:POWE3). A companhia captou cerca de R$ 765 milhões em IPO, que, além da venda de ações novas, teve venda de R$ 122,4 milhões em participação pelos sócios. A oferta foi definida abaixo da faixa indicativa de R$ 21,20 a R$ 28,6, por R$ 18,02. Os recursos da operação serão usados para investir em projetos de geração de energia solar, para revender a produção dos parques no chamado mercado livre, onde grandes consumidores negociam diretamente seu suprimento elétrico com empresas do setor.
  • Bemobi (BOV:BMOB3). As ações de sua oferta inicial foram precificadas a R$ 22. O valor ficou próximo do ponto superior da faixa estimada entre R$ 17,60 a R$ 23,10. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a venda de ações novas, cujos recursos irão para o caixa da companhia, somou R$ 1,09 bilhão. Os acionistas da empresa venderam o equivalente a R$ 164,1 milhões, perfazendo R$ 1,258 bilhão. A Bemobi tem foco na distribuição e monetização de aplicativos, games e serviços digitais móveis para países emergentes. Atua em 70 operadoras de telefonia móvel ao redor do mundo. A empresa tem sede no Brasil e também escritórios na Ucrânia, Noruega e Índia.
  • Cruzeiro do Sul (BOV:CSED3). A oferta inicial de ações (IPO) do grupo privado de ensino superior Cruzeiro do Sul saiu a 14 reais por papel, abaixo do esperado, e movimentou 1,23 bilhão de reais. Fundada em 1965 e com sede em São Paulo, a Cruzeiro do Sul se apresenta como o quarto maior grupo privado de ensino superior em número de alunos no Brasil.
  • Westwing (BOV:WEST3). Os recursos da oferta primária – 430,3 milhões de reais serão destinados para expansão de mercado, marketing, tecnologia, marca própria e logística, de acordo com o prospecto preliminar do IPO, que tem como coordenadores BTG Pactual, XP Investimentos, JPMorgan e Citi. Com sede em São Paulo, a Westwing tem aproximadamente 9 milhões de usuários cadastrados e opera um modelo de comércio eletrônico semelhante a uma revista, que além da compra em si, também serve de referência de decoração e estilo aos clientes.
  • OceanPact (BOV:OPCT3). A prestadora de serviços ambientais e de logística marinha captou R$ 1,22 bilhão, divididos entre oferta primária (R$ 920 milhões) e oferta secundária (R$ 300 milhões). A companhia usará os recursos para ampliar sua frota de navios, que atualmente conta com 23 embarcações, e adquirir máquinas e equipamentos.

Na terceira semana, a tão aguarda IPO da CSN Mineração aconteceu e os papéis subiram forte, mais de 5% na estreia, impulsionando também no decorrer da sessão as ações da controladora CSN.

  • CSN Mineração (BOV:CMIN3). A IPO da CSN Mineração somou R$ 5,2 bilhões. Dessa forma, a companhia passa a ser avaliada, levando em consideração o valor de mercado, em R$ 47,5 bilhões. A CSN Mineração é a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil, possuindo 3 bilhões de toneladas. A Glencore, gigante angla-suíça que opera trading e mineradoras, ficou com 25% de toda a oferta da CSN Mineração, obtendo uma participação de 3% na empresa. A gigante investiu  US$ 250 milhões, o equivalente a R$ 1,34 bilhão. De acordo com especialistas do mercado, a tendência é que as duas empresas caminhem para uma parceria para atender à China, maior mercado consumidor de minério de ferro do mundo.
  • Eletromidia (BOV:ELMD3). As ações da Eletromídia fecharam o primeiro dia de negociação na B3 em queda de 1,74%, a R$ 17,50. A companhia de painéis de publicidade captou R$ 871,6 milhões com a IPO, cujos recursos serão direcionados para a expansão em andamento, além de investimentos em tecnologia e transformação digital, e aquisições e novas concessões.
  • Orizon (BOV:ORVR3). A empresaatua na parte de tratamento de resíduos e na prestação de serviços ambientais de alto valor agregado. Entre os clientes já atendidos pela companhia estão nomes como Braskem (BRKM5), Ultrapar (UGPA3) e Cyrela (CYRE3). A abertura de capital da Orizon movimentou R$ 554 milhões. Os recursos serão destinados integralmente para investimentos, aquisições potenciais, amortização de dívida e capital de giro.

Retrospectiva Small Caps fevereiro/2021

Para conhecer o desempenho dessas pequenas, porém grandes empresas, é preciso ter acesso ao Índice Small Caps. O Monitor ADVFN permite visualizar até 200 ativos ao mesmo tempo e conferir o ranking de performance de todas essas ações que compõem o índice. É exatamente isto o que fazemos aqui: conferimos nesse ranking quais empresas mais subiram ou desceram no mês, porém isso pode ser feito por dia, por semana, por ano, sendo atualizado em tempo real conforme as últimas cotações. Dessa forma, é possível ver um panorama geral de como têm performado as empresas dentro da linha temporal desejada. Em fevereiro, o ranking ficou desta forma:

TOP 5 MAIORES ALTAS NO MÊS:

  1. Banco Pan (VOV:BPAN4): +52%
  2. Usiminas (BOV:USIM5): +26%
  3. Enauta (BOV:ENAT3): + 23%
  4. SLC Agrícola (BOV:SLCE3): +22%
  5. Banco Inter (BOV:BIDI11): +22%

O líder do grupo, o Banco Pan, divulgou seu balanço no começo do mês, demonstrando lucro líquido de R$ 656 milhões em 2020, o que representa uma de 27% em relação ao acumulado de 2019. Já no desempenho do quarto trimestre do ano passado, o lucro foi de R$ 171 milhões, 2% maior do que o mesmo período de 2019.

TOP 5 MAIORES QUEDAS NO MÊS:

  1. Helbor (BOV:HBOR3): -21%
  2. Ser Educacional (BOV:SEER3): -20%
  3. Lojas Marisa (BOV:AMAR3): -19%
  4. Guararapes (BOV:GUAR3): -18%
  5. Aliansce Sonae (BOV:ALSO3): -17%

Já a posição de liderança não tão consagrada assim entre as Small Caps ficou novamente para a Helbor. Por que novamente? Na retrospectiva de janeiro ela também apareceu, ocupando a posição número 1 no ranking com as piores performances do mês. Ainda no mês passado, a companhia revelou dados preliminares de seu balanço, mostrando uma queda de 16% nas vendas brutas totais realizadas no acumulado de 2020. As vendas Parte Helbor também caíram, um volume 22% menor do que o registrado um ano antes.

=> Relembre como ficou a retrospectiva de janeiro clicando aqui. 

Retrospectiva Ibovespa fevereiro/2021

Já em se tratando das ações mais negociadas, o ranking ficou da seguinte forma:

TOP 5 MAIORES ALTAS NO MÊS:

  1. Embraer (BOV:EMBR3): +30%
  2. Braskem (BOV:BRKM5): +29%
  3. Usiminas (BOV:USIM5): +27%
  4. PetroRio (BOV:PRIO3): +18%
  5. Suzano (BOV:SUZB3): +17%

A Embraer voou alto no mês de fevereiro, após informação de que a companhia alemã de aviação Lufthansa estaria em negociações com algumas fabricantes de aviões para adequar certos pedidos feitos antes da pandemia. A intenção é trocar os pedidos de aeronaves maiores para menores, já que a houve uma diminuição na demanda por voos. Entre as empresas com as quais a Lufthansa mantém negociação está justamente a Embraer, além da Boeing e da Airbus.

Tirando a Embraer, todas as outras empresas do grupo de mais valorizadas no mês de fevereiro operam com commodities. As matérias-primas, como minério de ferro, aço e celulose, tiveram o preço internacional disparado, sobretudo em virtude de uma melhora no consumo dos itens, valorização do dólar e expectativa de um crescimento econômico global com o avanço das vacinações.

No caso do petróleo, o aumento dos preços se deu em virtude de uma histórica onda de frio que atinge o Texas, nos Estados Unidos, o que interrompeu a produção e o abastecimento na maior refinaria do país, além de impedir as exportações de petróleo e combustíveis dos EUA. A produção da commodity está 3,5 milhões de barris por dia abaixo da média antes da chegada das baixas temperaturas, marcando o maior declínio de produção na história do país.

TOP 5 MAIORES BAIXAS NO MÊS:

  1. Petrobras (BOV:PETR3): -22%
  2. Petrobras (BOV:PETR4): -21%
  3. Cogna (COGN3): -21%
  4. Via Varejo (BOV:VVAR3): -19%
  5. Eztec (BOV:EZTC3): -18%

Enquanto outras empresas ligadas a petróleo aproveitaram a alta do mês nos preços da commodity, a petroleira Petrobras não pôde nem participar disso, porque estava envolta em questões bem mais delicadas. O presidente Jair Bolsonaro, em virtude dos constantes aumentos de combustíveis da petroleira – e principalmente após uma fala do presidente da Petrobras, Roberto Castello, de que ele não tinha “nada a ver com caminhoneiro” –, tomou atitudes, embora tenha frisado diversas vezes que não interferiria na estatal.

Ele indicou um novo presidente, o general Joaquim Silva e Luna. Após isso, analistas cortaram suas recomendações de compra para os papéis da Petrobras, que foram duramente penalizados no mercado. Após alguns dias, com as sinalizações de que a troca de presidência da empresa possa ser algo pontual, sem alterar os padrões atuais de governança, o mercado ficou mais tranquilo.

Ao mesmo tempo, o balanço da companhia também animou os investidores. A Petrobras teve o maior lucro trimestral já registrado na história da Bolsa brasileira em valores nominais, ou seja, sem ser descontada a inflação. Mas, mesmo descontando o IPCA, índice inflacionário, ainda assim ela assume esse posto. A companhia registrou um lucro líquido recorde de R$ 59,8 bilhões.

E aí, gostou dessa retrospectiva? Comenta aqui embaixo e não se esqueça de compartilhar o conteúdo! Aproveite também para conhecer o Monitor ADVFN e poder acompanhar todas as empresas e os rankings delas em tempo real!

Comentários

  1. Luiz Brito diz:

    Boa tarde. Apenas para atualização, não se falou mais sobre a distribuição de dividendos da petrobras. Vai pagar, não vai pagar? Temos alguma informação?

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