Acontece na sede da B3 o leilão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, promessa de campanha do governador João Doria e confirmado pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:B3SA3), nesta segunda-feira (19)
O processo deveria ter acontecido em 2 de março, mas o escritório de advocacia Fabichak & Bertoldi entrou com um pedido no Tribunal de Contas do Estado para barrar a licitação, que apresentaria problemas nas regras.
O leilão estava suspenso desde o dia 27 de fevereiro, mas na sexta-feira (16), o TCE analisou o pedido do escritório e indeferiu todas as alegações. A partir daí, o leilão pode acontecer normalmente.
O contrato é estimado em R$ 3,3 bilhões e terá validade de 30 anos. O lance inicial é de R$ 303 milhões. A maior outorga fixa oferecida ao Governo do Estado leva o certame.
Modernização das linhas
A CPTM, que surgiu em 1992 para assumir a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, conseguiu dar aos trens urbanos da Grande São Paulo “cara de metrô”, melhorando bastante a qualidade do serviço, modernizando as linhas, os três e a operação.
Apesar disso, não foi suficiente para barrar o prejuízo, agravado agora com a pandemia.
São Paulo já tem duas linhas nas mãos da iniciativa privada – as 4-Amarela e 5-Lilás. Ambas operam pela CCR .
O ganhador do leilão desta terça-feira deverá fazer amplas modernizações e investir pesado, com compra de novos trens, construção de estruturas nas linhas, melhorar o sistema elétrico, de assistência ao usuário e de comunicação.
As linhas
A 8-Esmeralda vai da Estação Júlio Prestes, no centro da capital até o extremo Oeste, na Amador Bueno, passando por Jandira, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi. São 22 estações, com interligações na Barra Funda com as linhas 7-Rubi e 3-Vermelha (do Metrô). É um corredor importante por ligar o centro da cidade com os complexos de escritórios da região de Barueri.
A 9-Esmeralda vai de Osasco, zona Oeste, até o extremo Sul da cidade, no Grajaú. São 18 estações, que passam pelo coração financeiro de São Paulo (Faria Lima, Cidade Jardim, Vila Olímpia, Berrini, Morumbi até o Autódromo de Interlagos).
São duas linhas que atendem a grande parte do PIB de São Paulo.
CCR vence leilão recente na B3
A CCR (BOV:CCRO3) venceu a disputa pelos lotes Sul e Central no leilão de aeroportos na B3 no último 7 de abril. A empresa francesa Vinci Airports arrematou o Bloco Norte. No total, o governo arrecadou R$ 3,3 bilhões na disputa. É estimado que seja gerado R$ 6,1 bilhões em investimentos nos próximos 30 anos.
Conforme a subsidiária da CCR, Companhia de Participações em Concessões, foi oferecido o pagamento de R$ 754 milhões pelo Bloco Central, ante valor mínimo de outorga de R$ 8,1 milhões.
De acordo com a empresa, a oferta de outorga foi de R$ 2,128 bilhões. O valor mínimo era de R$ 130,2 milhões. O lance da CCR pelo Bloco Sul representou um ágio de 1.534% em relação ao valor inicialmente fixado pelo edital. O resultado superou a meta do ministério da Infraestrutura.
Lucro líquido de R$ 4,2 bilhões em 2020, crescimento de 52,98%
A B3 registrou lucro líquido de R$ 4,2 bilhões em 2020, crescimento de 52,98% na comparação com o lucro de R$ 2,7 bilhões de 2019.
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A receita da companhia fechou o ano passado em R$ 9,3 bilhões. O resultado representa crescimento de 41,83% ante a cifra de R$ 6,6 bilhões na comparação anual.