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CCR mostra forte apetite por concessões em abril, mas ações irão corresponder na Bolsa?

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O apetite da CCR (BOV:CCRO3) para as concessões continua.

Após obter, no início do mês, dois blocos de concessão e levar 15 aeroportos do interior dos estados do Sul e de algumas capitais do Nordeste, pelos quais desembolsou R$ 2,9 bilhões em outorgas, a companhia voltou a atuar no mercado.

Na última terça-feira (20), o Consórcio Via Mobilidade, liderado pela CCR, venceu o leilão para concessão das linhas das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com oferta de R$ 980 milhões, um ágio de cerca de 202% sobre o valor mínimo.

Com isso, ela passou a ser responsável por 27% dos passageiros nas concessões de mobilidade urbana do Brasil o que, na avaliação do Bradesco BBI, é uma notícia positiva, uma vez que ela fortalece a sua posição como o maior player privado do setor e mostra que está reciclando com sucesso seu portfólio de concessões.

O governo de São Paulo estima R$ 3,2 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos de contrato.

De acordo com Victor Mizusaki e Pedro Fontana, analistas do BBI, esta concessão pode adicionar R$ 0,40 ao preço das ações CCRO3 sendo que, combinada com a última vitória nos leilões de concessão de mobilidade urbana, pode elevar o preço-alvo do ativo em R$ 1,50. Atualmente, a recomendação do BBI para os ativos CCRO3 é outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 18 (ou um potencial de alta de 46% em relação ao fechamento de quinta-feira).

O Credit Suisse também tem recomendação de compra para os ativos CCRO3, mas com um preço-alvo maior, de R$ 21,50 (ou potencial de alta de 74% frente o último fechamento). Regis Cardoso, Henrique Simões e Alejandro Zamacona, analistas do banco suíço, apontam que, apesar do ágio, a companhia venceu o leilão para as linhas 8 e 9 CPTM oferecendo um valor relativamente baixo, sendo 24% superior à segunda maior oferta, do consórcio Mobi Trens.

Mas não para por aí: no próximo dia 29, o governo federal vai leiloar a concessão da rodovia BR153 (GO / TO), fechando o “super mês de abril” para o setor, conforme classificou o BBI. A avaliação é de que o certame possa atrair a CCR. Contudo, para os analistas, a Ecorodovias (ECOR3) tem uma vantagem, pois a ECO135 fica mais perto dessa rodovia, levando a mais sinergias.

Já para julho, está marcado o leilão da BR-163, que liga Rondonópolis e os portos do Norte, constituindo-se em um dos principais corredores de transporte de grãos no País.

Os analistas seguem otimistas tanto pelas concessões já arrematadas quanto pela projeção de reequilíbrio econômico-financeiro de concessões rodoviárias da CCR em São Paulo, que deverá vir por meio de extensões de contrato e pode acrescentar mais R$ 3,10 ao preço-alvo da companhia.

Assim, conforme aponta Luis Sales, analista da Guide Investimentos, bem capitalizada, a CCR reforça o seu portfolio em um momento de dificuldade de financiamento para o setor, o que deve gerar frutos no longo prazo.

A companhia encerrou o ano de 2020 com a alavancagem financeira (relação Dívida Líquida/ Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 2,9 vezes, um patamar considerado ainda confortável pela nova gestão.

Pontos negativos e positivos
Ao comentar a vitória no leilão de concessão de aeroportos, a Levante Ideias de Investimentos destacou que o apetite grande por novas concessões da CCR vinha em um momento de baixa nos resultados operacionais de diversas malhas já operadas pela companhia, pela restrição de circulação de pessoas na pandemia.

Porém, também coincide com conclusão da reforma estrutural interna da companhia, que se iniciou em 2018 quando foram descobertos esquemas de corrupção, com a entrada do novo CEO em junho de 2020. Desde então, 70 executivos já deixaram a empresa.

Para a equipe de análise, há um misto de positivo e negativo nos planos da CCR.

Por um lado, apontam os analistas, o setor de infraestrutura há tempos não via uma expansão forte como a dos últimos dois anos. Isso acaba oferecendo uma oportunidade interessante para a injeção de capital no setor, além de a CCR ser uma das poucas empresas com expertise e poder de fogo para arrematar projetos importantes.

Mas, “por outro lado, por ser um investimento de longuíssimo prazo, caso haja um exagero no ágio das propostas em leilão, com ambiente de juros longos ainda em alta no País, pode gerar uma taxa de retorno no longo prazo não condizente com a rentabilidade esperada da companhia, podendo prejudicar a geração de valor para os acionistas no longo prazo”.

No ano, as ações caem 7,82%, ante alta de 0,30% do Ibovespa. No acumulado do mês de abril, marcado pela vitória da companhia nos leilões, a queda dos ativos é de 3,90%, ante alta de 2,35% do benchmark da Bolsa.

Por enquanto, a maior parte dos analistas segue otimista com a ação, com nove recomendações de compra e seis recomendações equivalentes à neutra, de acordo com compilação feita pela Refinitiv com casas de análise.

A empresa pretende divulgar os resultados do 1T21 no dia 13 de maio.

Lucro líquido de R$ 191 milhões desaba 86,7% em 2020

O grupo CCR registrou lucro líquido de R$ 191 milhões em 2020, queda de 86,7% em relação ao ano de 2019.

No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 8,941 bilhões, baixa de 5,8%.

No acumulado de todo 2020, o tráfego teve queda anual de 2,6% – taxa considerada razoável diante das fortes perdas registradas no auge da crise. No segundo trimestre do ano passado, o índice chegou a cair 18,2%.

(Matéria do site Infomoney)

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