O Credit Suisse divulgou nesta quinta-feira (22) prejuízo no primeiro trimestre deste ano, o seu segundo prejuízo trimestral consecutivo, e disse que espera registrar despesas adicionais no segundo trimestre relacionadas ao colapso do fundo hedge Archegos.
O banco suíço (NYSE:CS) está passando por uma fase difícil após o golpe duplo relacionado aos colapsos separados da firma de financiamento Greensill Capital e do fundo americano Archegos Capital Management.
O banco cortou dividendos, suspendeu as recompras e lançou investigações sobre essas questões. Ele também disse que seu banco de investimento e chefes de risco, bem como outros funcionários, seriam desligados.
O banco disse que espera um impacto adicional de cerca de 600 milhões de francos suíços (US$ 654,3 milhões) pela exposição que tem no Archegos no segundo trimestre, após ter registrado uma perda de 4,4 bilhões de francos suíços no primeiro trimestre.
O balanço do primeiro trimestre apontou prejuízo líquido de 252 milhões de francos suíços, informou o banco. No mesmo trimestre de 2020 o banco teve lucro líquido de 1,31 bilhão de francos suíços.
Analistas esperavam para o primeiro trimestre um prejuízo líquido quase três vezes superior ao divulgado, de 722 milhões de francos suíços.
O Credit Suisse havia alertado que esperava um acerto de 4,4 bilhões de francos suíços com o tombo da Archegos e um prejuízo trimestral antes dos impostos de cerca de 900 milhões de francos suíços.
O desastre da Archegos ofuscou o forte desempenho de seu negócio de banco de investimento em geral, cuja receita cresceu 80% no ano.
A perda do primeiro trimestre devido às questões da Archegos “é inaceitável”, disse o presidente-executivo Thomas Gottstein.
O banco também disse que chegou a um acordo de US$ 500 milhões, coberto por reservas existentes, nos Estados Unidos em duas ações judiciais legadas em relação a títulos lastreados em hipotecas residenciais de 2006.
(Com informações Dow Jones Newswire)