O grupo de medicina diagnóstica Fleury registrou lucro líquido de R$ 118,6 milhões no primeiro trimestre, mais que o dobro do obtido no mesmo período do ano passado, impulsionado por avanço no número de exames eletivos além de demanda por testes de Covid-19.
A receita líquida foi de R$ 893,8 milhões, crescimento de 25,2% na comparação anual. A margem líquida subiu cerca de cinco pontos percentuais, para 13,3%.
Segundo o Fleury, os exames de Covid-19 foram responsáveis por 9,7% da receita bruta total no primeiro trimestre ante 11,1% no quarto trimestre.
Enquanto isso, o custo de serviços prestados recuou como percentual da receita líquida de 73,7% no primeiro trimestre do ano passado para 67,9% nos três meses encerrados em março. Já as despesas operacionais, também em relação ao faturamento líquido, recuaram de 11% para 9,9%.
O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – de R$ 285,5 milhões de janeiro ao fim de março, um salto de 45,7% no comparativo anual. A margem subiu 27,4% para 31,9%.
A empresa, que atravessa processo de crescimento orgânico e via aquisições para montar uma plataforma de saúde que inclui telemedicina e ofertas a consumidores, realizou 597 mil exames para detecção de Covid-19 no trimestre enquanto as consultas online somaram mais de 300 mil.
A companhia afirmou no balanço que iniciou em fevereiro testes de sua plataforma de serviços de saúde voltada a consumidores. A estratégia inclui oferta de planos mensais, semestrais ou anuais que darão direito a consultas via telemedicina, exames de rotina e descontos em medicamentos, afirmou o Fleury no balanço.
Os resultados da Fleury (BOV:FLRY3) referentes suas operações do primeio trimestre de 2021 foram divulgados no dia 29/04/2021. Confira o Press Release completo!
VISÃO DO MERCADO
Morgan Stanley
O Morgan Stanley destacou que a recuperação das receitas continua, apoiada por mais procedimentos eletivos e exames de Covid, que representaram 10% da receita. Os negócios B2B tiveram desempenho forte, positivos em relação a Rede D’Or e Hermes Pardini, mas negativos em relação a Notre Dame e Hapvida.
A receita líquida subiu em linha com as estimativas, devido a uma recuperação de procedimentos eletivos e uma base comparativa menor, já que o desempenho de março de 2020 foi afetado por medidas de isolamento. As marcas do Rio de Janeiro foram um destaque.
O Ebitda ajustado ficou 7% acima da expectativa do Morgan Stanley e 13% acima do consenso do mercado. A margem Ebitda ajustada ficou 0,9 ponto percentual acima da expectativa do Morgan Stanley. Se ajustada em R$ 2,5 milhões por receitas não recorrentes, ficaria 0,7 ponto percentual acima.
O banco destaca que a plataforma Saúde ID gerou R$ 6 milhões em receitas adicionais, ganhando tração. De 1,1 milhão de clientes atendidos, 9,8% vieram por meio da plataforma no primeiro trimestre, duas vezes mais do que no quarto trimestre de 2020. Além disso, a telemedicina ganha espaço, com 40% dos clientes em cidades onde o Fleury não tem unidades físicas.
O banco prefere a Rede D’Or em uma aposta para a reabertura do mercado de saúde, destacando que a Covid tem levado a uma ocupação extremamente alta dos hospitais e, potencialmente, a receitas mais altas.
Morgan Stanley mantém recomendação underweight para o Fleury, com preço-alvo de R$ 28,00…