O CEO do McDonald’s (NYSE:MCD), Chris Kempczinski, recebeu mais de US$ 10,8 milhões em compensação no ano passado, apesar de a empresa não cumprir as metas de desempenho, de acordo com um relatório da empresa.

O McDonald’s também é negociado na B3 através da BDR (BOV:MCDC34).

Em abril, a gigante do fast-food disse que seus executivos sofreriam cortes salariais, uma vez que a pandemia do coronavírus atingiu a indústria de restaurantes. O salário-base de Kempczinski foi cortado pela metade, mas restabelecido em outubro, quando as vendas da empresa se recuperaram. Sem o corte salarial, seu salário base teria sido de US$ 1,25 milhão, mas ele recebeu cerca de US$ 963.500.

Como a maioria dos executivos-chefes de empresas de capital aberto, a maior parte da remuneração de Kempczinski não vem de um salário. Os prêmios de ações e opções adicionaram US$ 9,5 milhões à sua remuneração, e outras formas de compensação, como o uso do avião particular da empresa, representaram um adicional de US$ 383.000.

Os executivos do McDonald’s não receberam nenhum bônus baseado em desempenho porque a empresa ficou aquém das metas de crescimento em receita operacional, vendas em todo o sistema e vendas nas mesmas lojas. Kempczinski poderia ter arrecadado outros US$ 4,25 milhões. A remuneração total do CEO da rede em 2019 acabou chegando a US$ 18 milhões.

O salário de Kempczinski em 2020 é 1.189 vezes maior do que o do funcionário médio do McDonald’s, que ganhou US$ 9.124 no ano passado, com base nas estimativas da empresa. O McDonald’s inclui trabalhadores de meio período e sazonais em suas estimativas para o índice de remuneração.

Os cortes salariais dos executivos e a falta de bônus baseados no desempenho significam que a relação salarial do McDonald’s estava, na verdade, muito mais próxima do que nos anos anteriores. Em 2019, o trabalhador mediano ganhou 1.939 vezes menos do que a remuneração total do CEO, resultando em cerca de 20% dos acionistas votantes rejeitando a proposta do McDonald’s de remuneração da administração no ano passado. A norma é 10% ou menos.

O McDonald’s não é a única empresa a enfrentar divergências sobre a remuneração dos executivos por parte dos acionistas. Os acionistas da Starbucks rejeitaram recentemente o plano de compensação da rede de café, embora a votação não seja vinculativa. Saiba Mais…

(Com CNBC)