A produtora de cobre Paranapanema teve prejuízo líquido de R$ 402,3 milhões no primeiro trimestre de 2021, uma redução de 29% sobre o prejuízo líquido de RS 569,7 milhões que registrou no mesmo período de 2020.
A receita líquida foi de R$ 1,3 bilhão, crescimento de 44% na comparação anual.
O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ficou negativo em R$ 83,3 milhões, ante o Ebitda negativo de R$ 24,29 milhões registrado no primeiro trimestre de 2020.
Os resultados da Paranapanema (BOV:PMAM3) referentes suas operações do primeio trimestre de 2021 foram divulgados no dia 29/04/2021. Confira o Press Release completo!
A Paranapanema deve assinar nos próximos dias um memorando de entendimentos com 9 instituições financeiras para reestruturar cerca de 3 bilhões de reais em dívidas, segundo fontes a par do assunto contaram ao Radar Econômico.
O acerto prevê alongamento de prazo e carência para o pagamento da dívida, que já venceu no ano passado. Mas antes mesmo do anúncio oficial, os papéis da empresa dispararam na bolsa de valores. Nos últimos 20 dias, a ação subiu 150%, o que foi considerado um movimento atípico para uma empresa que está em default com seus credores, com um prejuízo anual de mais de R$ 820 milhões e patrimônio líquido negativo. Só no pregão desta quinta-feira, a alta da Paranapanema na bolsa superou 15%, antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre do ano.
A empresa é a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas, e pode se aproveitar de um movimento de recuperação do setor da construção civil, o que foi levado em conta pelos seus credores na renegociação.
A Paranapanema, no entanto, tem um longo histórico de reestruturação de dívidas. Nos últimos 5 anos, esta já é a segunda reestruturação da empresa, que culminou com a troca dos acionistas. Saíram os fundos de pensão Previ e Funcef e chegou à empresa o empresário João Araújo por meio da Mineração Buritirama e Buritipar. Também a Caixa é acionista relevante da empresa, de uma participação que lhe foi transferida pelo BNDES.