A Petrobras assinou nesta terça-feira com a empresa BP Energy do Brasil Ltda (BP) acordos visando assumir a integralidade das participações da BP em seis blocos, localizados em águas ultraprofundas no norte do Brasil, a aproximadamente 120 km do estado do Amapá, em fronteira exploratória de alto potencial na margem equatorial brasileira.
O comunicado foi feito pela Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta terça-feira (06).
Os seis blocos dos acordos são: FZA-M-57, FZA-M-59, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127, que foram adquiridos pelos consórcios na 11ª Rodada de Licitação de Blocos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ocorrida em 2013.
Os blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127 pertencem à Petrobras (30%), Total (40%) e BP (30%). A Petrobras já havia assinado acordo para assumir a operação e a integralidade das participações da Total nestes contratos, sujeito ainda à aprovação da ANP, conforme divulgado ao mercado em 28 de setembro de 2020. O bloco FZA-M-59 pertence ao consórcio envolvendo a Petrobras, com 30% de participação e operadora, e a BP (70%).
O acordo com a BP permitirá que a Petrobras detenha 100% de participação nesses seis blocos. A concretização da operação está sujeita ainda às aprovações dos órgãos reguladores.
Esta transação está em linha com o Plano Estratégico 2021-2025, que prevê novas frentes exploratórias fora das bacias do Sudeste, e faz parte do processo de gestão de portfólio da companhia, priorizando investimentos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas, visando a maximização de valor para os nossos acionistas.
Lucro líquido de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3%
A Petrobras registrou lucro de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3% em relação ao montante de 2019. A redução foi atribuída a alguns fatores como a queda de 35% do preço do petróleo, maiores perdas de valor de ativos, menores ganhos com desinvestimentos e desvalorização de 31% do dólar frente ao real.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou em sua provável última Carta do Presidente na divulgação do resultado do exercício de 2020, que entregou a recuperação em “J” que havia prometido, e que a empresa teve um desempenho excepcional em 2020, apesar do ambiente desafiador da pandemia de covid-19.