A Braskem informou que as vendas de sua unidade no México recuaram 37% no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado e recuaram 27% ante os três últimos meses de 2020 afetadas em parte pela tempestade congelante que atingiu o hemisfério norte no início do ano.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:BRKM5) nesta sexta-feira (05). Confira o documento na íntegra.
A taxa de utilização das instalações da companhia no México despencou para 58% entre janeiro e março ante 86% no primeiro trimestre do ano passado. Mas mostrou melhora ante os 48% do quarto trimestre, quando a fornecedora local de matéria-prima para a companhia interrompeu suprimento de gás natural.
No Brasil, a companhia apurou alta de 8% nas vendas de resinas na comparação anual e queda de 5% na relação trimestral. Enquanto isso, as vendas de “principais químicos”, categoria que inclui produtos como eteno, propeno e butadieno, subiram 17% sobre o primeiro trimestre do ano passado mas caíram 3% na comparação com o fim de 2020.
No primeiro trimestre, as exportações de resinas da Braskem a partir do Brasil recuaram 41%. A empresa afirmou que isso deveu-se em função de seu foco de priorizar o atendimento do mercado brasileiro. Ante o quarto trimestre, as exportações de resinas caíram 15%.
A companhia afirmou ainda que a taxa de utilização de centrais petroquímicas no Brasil foi de 82% no primeiro trimestre, ante 85% no quarto trimestre de 2020 e 81% no mesmo período de 2020.
Nos EUA, as vendas da empresa subiram 7% sobre o primeiro trimestre de 2020 e na Europa o volume comercializado avançou 13% na mesma comparação. Enquanto isso, as taxas de operação foram de 78% e 93% respectivamente.
Provisões de Alagoas e variação cambial geram prejuízo líquido de R$ 6,69 bilhões em 2020, alta de 139%
A petroquímica Braskem registrou prejuízo líquido de R$ 6,69 bilhões, avanço de 139% sobre o prejuízo líquido de R$ 2,79 bilhões em 2019. Segundo a empresa, a perda no ano foi em função, principalmente, das provisões referentes ao evento geológico de Alagoas no montante de R$ 6,9 bilhões e do impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida no montante de US$ 3,4 bilhões.
A receita líquida no ano todo foi de R$ 58,5 bilhões, alta de 12% sobre 2019.
Para o ano todo de 2020, houve prejuízo operacional de R$ 9,68 bilhões, o dobro do prejuízo de 2019.
O resultado operacional recorrente da companhia somou R$ 10,975 bilhões, incremento de 85% na comparação com 2019.
Informações Reuters