A Dimed, dona da Panvel, teve alta de 20,52% do seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2021 na comparação anual, indo de R$ 16,35 milhões para R$ 19,71 milhões.
A receita líquida da Dimed aumentou 8,6% nos primeiros três meses de 2021, na mesma base de comparação, para R$ 752,3 milhões.
As vendas brutas no varejo cresceram 12%. As vendas “mesmas lojas”, que consideram unidades abertas há mais de doze meses, tiveram aumento de 5,7%.
O ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – caiu 6,8%, para R$ 31,6 milhões.
A companhia, que no primeiro trimestre de 2020 teve resultado financeiro líquido negativo de R$ 9,4 milhões, registrou, no mesmo intervalo, neste ano, resultado financeiro positivo de R$ 1,2 milhão.
Os resultados do Grupo Dimed (BOV:PNVL3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 17/05/2021. Confira o Press Release completo!
Teleconferência
A rede de farmácias Panvel, do grupo Dimed, projeta 65 aberturas de lojas neste ano, superando o recorde de 44 inaugurações em 2020, com foco especialmente no Sul. Isso pode pressionar mais as despesas operacionais, mas a rede acredita que com aumento nas vendas ao longo de 2021 – em abril e maio houve crescimento de 30% – a diluição de gastos avança, reduzindo o impacto da expansão orgânica sobre os resultados.
A margem operacional já não cresceu de janeiro a março, mostra o balanço publicado ontem, após iniciativas em logística e na operação digital que elevaram gastos.
“Abril e maio foram muito bons, em parte pela base de comparação fraca que as drogarias tiveram no segundo trimestre de 2020. Há ainda o efeito do reajuste dos medicamentos em abril e também tem aumentado a demanda por exames, vacinas e vitaminas, com rentabilidade acima da média”, disse ontem o diretor de relações com investidores Antonio Napp.
“Isso tende a criar cenário mais otimista para mantermos os projetos de abertura”, completou.
A Panvel tem lojas no Rio Grande do Sul, seu principal mercado, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Este ano, o plano para São Paulo, onde atua de forma mais tímida, com 6 pontos, é ampliar as vendas digitais, com um pequeno hub logístico inaugurado em novembro.
Como tem poucas lojas, a dificuldade está em ser ágil na entrega sem tantos pontos com estoque espalhados pela cidade. Raia, Drogasil e Drogaria São Paulo usam lojas como ponto de estocagem do comércio eletrônico. “Montamos a ‘dark store’ na capital para melhorarmos a entrega, a disponibilidade de produto e sermos mais competitivos em São Paulo”, disse.
Além disso, as aberturas neste ano serão todas em lojas de rua, em detrimento dos shoppings e outros locais fechados onde a recuperação de venda anda lenta. “Abrimos 7 lojas de janeiro a março e serão cerca de 20 no segundo trimestre. Cerca de 15% de nossos pontos estão hoje em locais ‘indoor’, mais fechados, e entendemos que se esses pontos não se recuperarem iremos avaliar a manutenção”. A Panvel tem 477 lojas.
Em abril, ao se somar as lojas de rua e em shoppings, as vendas da empresa cresceram 29,2%, e em maio, 30%. A taxa supera os dados do início do ano. De janeiro a março, a receita bruta do braço de varejo avançou 12%, para R$ 735,8 milhões. O lucro líquido da Dimed atingiu R$ 21,3 milhões, alta de 30%. A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação se manteve estável, em 4,6%. Apesar do indicador não ter crescido, Napp diz que o desempenho é positivo ao se considerar o aumento das despesas no período.
A Panvel elevou estoques e migrou um centro de distribuição de Passo Fundo (RS) para São José dos Pinhais (PR), que deve atender São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
O diretor ainda foi questionado se avalia aquisições de ativos. Segundo fontes, a Extrafarma estaria estudando a venda de sua operação, e no passado teria sondado grupos como Pague Menos e Panvel. “Nunca dizemos nunca, mas há aquisições que podem ser armadilhas e não são nosso foco”, disse, sem citar nomes.
VISÃO DO MERCADO
Eleven Financial
A Panvel reportou resultado positivo. As lojas em shoppings continuaram por mais um trimestre impactando negativamente o resultado, porém o segmento do varejo está gradualmente crescendo.
Vale ressaltar que enxergamos o Grupo Dimed um dos maiores upsides do setor, 128%. Acreditamos no modelo de negócio e no posicionamento com marca forte e representativa em sua região de atuação. Seguimos projetando que estimamos para a RD. Entretanto, o desconto de EV/EBTIDA 2021Ye em relação à RD segue elevado, 43%.
Eleven mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 43,00…
Inter Research
A Panvel divulgou ótimo resultado no 1T21, superando as nossas expectativas. Os números confirmaram a tendência observada no último trimestre de 2020, apresentando um crescimento robusto de vendas no varejo. Mesmo as restrições causadas pela Covid-19, sobretudo em shoppings onde a companhia tem operação relevante, não foram capazes de impedir um resultado forte em vendas e margens. O foco estratégico no digital possibilitou resultados expressivos nas vendas do atacado e varejo.
Inter Research mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 41,00…
Safra
Não esperamos que o 1T21 da Panvel, bom, mas amplamente esperado, seja um grande catalisador para as ações da Panvel. Durante o trimestre, a Panvel manteve a recuperação gradual do crescimento da receita, ao mesmo tempo em que implementou suas estratégias digitais e de hub de saúde, que serão essenciais para a empresa no longo prazo.
Saudamos também o aumento da margem bruta proporcionado pela maior penetração dos produtos de marca própria e pela continuidade de sua liderança digital. Olhando para o futuro, vemos espaço para ganhos de margem adicionais, uma vez que a Panvel (PNVL3) montou estoque antes do aumento de preço anual, bom presságio para as margens no 2T21.
Safra mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 34,00…