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Lojas Renner (LREN3): prejuízo líquido de R$ 147,7 milhões no 1T21, revertendo lucro

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A varejista Lojas Renner registrou prejuízo líquido de R$ 147,7 milhões no primeiro de 2021, depois do lucro líquido de R$ 7,1 milhões no mesmo período do ano passado.

A receita operacional líquida das vendas de mercadoria foi de R$ 1,4 bilhão no trimestre, queda de 12,0% quando comparado ao mesmo período de 2020.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado total no trimestre, que inclui a operação de varejo e produtos financeiros e exclui arrendamentos, foi de R$ 31,8 milhões, queda de 85,5% em base anual. Já o ebtida da operação de varejo ajustado anotou resultado negativo de R$ 171,3 milhões, uma queda acentuada de 303,0%, na mesma base de comparação.

Houve uma queda de 12,7% das vendas nas lojas por conta das maiores restrições à mobilidade, parcialmente compensada pelo salto de 173% nas vendas digitais.

Segundo a administração da Renner, o prejuízo ocorreu devido à retomada nos protocolos de distanciamento social realizados para conter a proliferação da Covid-19. “Desta forma, os clientes se mostraram novamente mais cautelosos quanto à circulação em shoppings, resultando em um fluxo inferior no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior”, afirma a companhia.

De acordo com a Renner, nos primeiros três meses deste ano operou-se com 69% da carga horária total, versus 86% no mesmo período do ano passado.

Por outro lado, a companhia aponta que as vendas têm apresentado crescimento consistente desde 19 de abril, quando houve reabertura quase integral do parque de lojas.

Os resultados da Lojas Renner (BOV:LREN3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 13/05/2021. Confira o Press Release completo!

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Lojas Renner verificou o que chama de “volatilidade positiva” nas vendas em abril e maio, com uma “velocidade mais adequada” na redução de estoques, disse a analistas Fabio Faccio, presidente da empresa – sinalizando, portanto, uma retomada mais acelerada na demanda no segundo trimestre.

“As expectativas são positivas pela qualidade de nosso estoque, porque estamos hoje com estoque mais adequado, o que nos leva a crer que teremos ‘markdowns’ [remarcações] menores. E não devemos, com isso, guardar coleção [para venda futura].

Apesar da pressão de inflação, câmbio e dos frete internacionais, com esse cenário mais positivo, poderemos ter margens próximas a do ano de 2019 e dos patamares que tivemos em nossos melhores momentos”, disse Faccio.

Alvaro de Azevedo, o diretor financeiro, informou que o segundo e terceiro trimestres estão com coleções já hedgeadas, para se proteger de eventuais novos aumentos do dólar – a empresa compra coleções cotadas em moeda americana.

“No primeiro trimestre houve uma pressão de câmbio e inflação, mas há expectativa de melhora contínua nisso”, disse.

Questionada por analista sobre mudanças de perfil de compra, a Renner informou que houve aumento de demanda em categorias que tinham perdido força em 2020.

“Itens que não são só para conforto estão indo bem novamente, um pouco talvez pelo Dia das Mães e pela volta às aulas. Mas as linhas mais confortáveis continuam com bom desempenho também”, afirmou Azevedo.

A rede ainda informou que o plano de um “marketplace” (shopping virtual) com lojistas na plataforma foi antecipado por causa dos recursos da oferta.

Semanas atrás, circularam informações na imprensa de que Renner teria interesse na Dafiti, mas a empresa negou. O Valor noticiou que a Dafiti sondou varejistas neste ano, mas não houve negociação.

A Renner deve usar parte dos recursos para expansão orgânica e eventual aquisição de pequenas operações, como startups, que podem auxiliar no seu braço digital.

“Esta redução foi consequência basicamente do decréscimo das vendas, impactadas pelo fechamento temporário de lojas, ocasionando desalavancagem operacional”, disse a rede no balanço.

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