A rede de academias de ginástica Smartfit pediu o registro para uma oferta de ações, operação com a qual buscará recursos para financiar seu crescimento orgânico e comprar rivais.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:SMFT3) na quarta-feira (19).
Com a operação, sob coordenação de Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander, a companhia tenta novamente vender ações a investidores no mercado, após uma tentativa anterior, no fim de 2018, suspensa devido às condições adversas do mercado.
A companhia se apresenta como a maior do setor na América Latina e uma das maiores do mundo, com 928 unidades no fim de março, distribuídas entre Brasil, México, Colômbia, Chile, Peru, Argentina e outros países da América Latina.
A Smartfit foi fortemente atingida pelas medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19 e teve fechadas várias de suas unidades por vários meses.
Com isso, sua receita líquida em 2020 caiu 37% em relação ao ano anterior, a 1,26 bilhão de reais.
Pedido de oferta pública primária e secundária de ações ordinárias
A Smartfit informou, que foi apresentado pedido de registro da oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias de sua emissão, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado.
Serão oportunamente fixados pelo Conselho de Administração da Companhia: a quantidade de ações a serem por ela emitidas no âmbito da Oferta; e o preço por ação, após a apuração do resultado do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais (bookbuilding), a ser realizado no Brasil.
Prejuízo líquido de R$ 144,7 milhões no 1T21, revertendo lucro
A Smartfit teve prejuízo líquido atribuíveis aos controladores de R$ 144,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo lucro líquido de R$ 16,9 milhões no mesmo período do ano passado.
Já o lucro bruto ajustado do 1TRI21 foi de R$ 130,4 milhões, o que representa queda de 58,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2020. Isso também foi causado pela queda da receita, ocasionada pelo fechamento temporário das academias.
Segundo informações da empresa, a queda da margem bruta foi compensada parcialmente pela redução de R$ 50,9 milhões no custo dos serviços prestados, em linha com as medidas implementadas para redução de custos.
A receita líquida totalizou R$ 371,7 milhões de janeiro a março deste ano, ante R$ 652,7 milhões no mesmo intervalo do ano anterior, queda de 38,1%.
Informações Reuters