A Tesla, a montadora de carros elétricos do bilionário Elon Musk, surpreendeu o mercado ontem ao anunciar que está suspendendo os pagamentos em Bitcoin por conta do seu alto consumo de energia. Com isso, a Cardano (COIN:ADAUSD) pode se beneficiar, entenda como.
A notícia provocou quedas acentuadas no mercado, especialmente em moedas que utilizam a tecnologia Proof of Work (Pow), tecnologia presente na mineração do Bitcoin na qual se é utilizado poder computacional para se minerar novos blocos.
A motivação da empresa foi guiada por questões ambientais.
Segundo a Tesla, a utilização crescente de combustível fóssil para a mineração de Bitcoin é um problema e que a empresa pretende “usá-lo para transações assim que a mineração fizer a transição para uma energia mais sustentável.”
Contudo, segundo a própria montadora, ela não está se retirando do mercado de criptomoedas. Primeiro, pois ela deixou claro que não venderá sua reserva bilionária de Bitcoin.
Segundo, pois ela afirmou estar estudando outros projetos de criptomoedas mais amigáveis ao meio ambiente.
“Também estamos analisando outras criptomoedas que usam menos de 1% da energia/transação do Bitcoin.”
Tesla e Cardano?
Como a Tesla está à procura de projetos que consumam menos energia, é natural que ela esteja analisando criptomoedas que utilizem outros protocolos de consenso que fujam do Proof of Work.
O principal concorrente deste protocolo é o Proof of Stake (PoS), conhecido como prova de aposta ou prova de participação.
Esse método consome significativamente menos energia que a mineração tradicional do Bitcoin. Com isso, podemos especular quais podem ser as possíveis apostas da Tesla.
Das 20 principais criptomoedas do mercado, a Cardano (ADA) é certamente uma das mais ecológicas e já possui capitalização e liquidez o suficiente para que uma empresa do porte da Tesla possa se integrar.
Do top 20, apenas Cardano e Polkadot apresentaram lucros nas últimas 24 horas, subindo 4,04% e 0,62%, respectivamente.
Vale ressaltar que o alto consumo de energia da rede Bitcoin não existe para se realizar transações, mas para proteger o capital acumulado, avaliado em mais de US$1 trilhão, da maior rede digital monetária descentralizada do mundo.
Por João Victor