A CCR informa que a sua controlada ViaMobilidade, concessionária das Linhas 8 e 9 do Sistema de Trens Metropolitanos de São Paulo, firmou contrato com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) do Estado de São Paulo para concessão onerosa da prestação do serviço público de transporte de passageiros, sobre trilhos, das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda da rede de trens da Região Metropolitana de São Paulo. Os valores do contrato não foram informados.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:CCRO3), na quarta-feira (30). Confira o documento na íntegra.
De acordo com fato relevante enviado pela companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação compreende a manutenção, conservação, melhorias e expansão das linhas que tem a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) como interveniente-anuente.
A concessão terá um prazo de 30 anos, que passa a vigorar a partir da data da emissão de ordem de início da operação comercial das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda. “A assinatura do contrato representa a concretização de mais uma importante etapa do planejamento estratégico do Grupo CCR”, acrescenta a empresa.
VISÃO DO MERCADO
Itaú BBA
Na avaliação do Itaú BBA, a assinatura é um marco crucial para a CCR, por mitigar o risco regulatório e abrir espaço para novas mudanças contratuais no futuro. O acordo indica um valor presente líquido de R$ 3,50 por ação, acima da estimativa anterior do banco, de R$ 3 por ação (também em linha com a projeção do mercado).
XP Investimentos
A XP estima R$ 8,5 bilhões de Valor Presente Líquido (VPL) para a CCR, ou R$ 4,20 por ação, um pouco abaixo do caso-base anterior dos analistas da casa, de R$ 4,60 por ação. Apesar do leve downside de cerca de 3% em relação ao preço-alvo, os analistas veem o anúncio como uma grande notícia positiva (o principal catalisador que eles esperavam para a convergência das ações para seu valor justo). Os analistas reiteraram visão positiva para a CCR.
Credit Suisse
Na avaliação do Credit, a CCR fechou um acordo que deve gerar valor para os acionistas. O banco estima um valor presente líquido de R$ 8,2 bilhões, e avalia que o acordo reduz o risco do investimento e permite à empresa focar em projetos futuros. O banco diz que esperava mais compromissos de investimento do que os anunciados. Na avaliação do Credit, o acordo possibilita à CCR que adicione investimentos aos contratos atuais, com a assinatura de novas emendas, e que foque em projetos futuros.
Lucro líquido de R$ 668,9 milhões no 1T21, alta de 137,8%
A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) registrou lucro líquido de R$ 668,9 milhões no critério IFRS, alta de 137,8% sobre igual intervalo de 2020.
A receita líquida atingiu R$ 3,4 bilhões no trimestre, alta de 44,1% na base anual, também impactada pelo reequilíbrio da ViaQuatro.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$ 2,5 bilhões no trimestre, 70,7% maior que o visto no mesmo período do ano anterior. O ebtida ajustado mesma base alcançou R$ 1,4 bilhão no período, queda de 6,7% na base anual.