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Celebridades que só com um “a” derrubam empresas e investimentos

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Sabemos que o mercado de ações tem sua volatilidade peculiar, que acompanha o humor dos investidores e também sofre grande movimentação devido a fatores internos e externos, como notícias, informações e fatos relevantes sobre as empresas, mudanças políticas, sociais, ambientais e muito mais. Só aí já temos muitas interferências, que são capazes de criar uma montanha-russa no mercado e torná-lo bem divertido ou apavorante, depende de quem vê.

Mas, como se não bastasse tudo isso, as empresas – e consequentemente suas ações – podem ser extremamente impactadas e até prejudicadas por uma única palavra. Isso mesmo, uma única. Mas claro que não é uma palavra dita por qualquer um, e sim por uma figura representativa, seja do universo dos investimentos ou não, mas que, nesse caso, conta com uma extensa legião ou comunidade de fãs, seguidores ou simpatizantes. Aqui, vamos conhecer alguns casos de celebridades que só com um “a” já derrubaram gigantescas empresas, inclusive das Bolsas de Valores pelo mundo.

Antes, porém, vale especificar: celebridade é toda figura pública que, mesmo você não seguindo ou conhecendo a fundo, só pelo nome já sabe de quem se trata. É diferente dos famosos, por exemplo, muitos dos quais têm seus minutinhos de fama, mas depois desaparecem ou continuam a ser seguidos por pequenos grupos apenas. Então, aqui vamos abordar outro nível de fama, o de pessoas que impactam milhares de outras – entre as quais há muitos investidores.

Cristiano Ronaldo: – “Água”

Foi preciso apenas essa palavra para o jogador de futebol, que por cinco vezes já foi considerado o melhor do mundo, cometer uma baita falta. Isso porque, durante uma coletiva da seleção portuguesa pela Eurocopa, ele colocou de escanteio duas garrafas de Coca-cola (a patrocinadora do campeonato) que estavam à sua frente, levantou uma garrafa e falou: “Água”. Para os mais fitness e saudáveis de plantão, a atitude foi bastante inspiradora, mas, para quem investe na Coca-Cola (negociada na B3 sob o ticker COCA34), não.

A empresa perdeu nada menos do que US$ 4 bilhões em valor de mercado após a repercussão gerada pelo craque. Bola fora? Provável, afinal, como patrocinadora, a Coca-Cola tem alguns direitos e poderia até criar algum caos com isso, mas vale lembrar, estamos falando do mercado de ações, e ele já é volátil por natureza, então até se provar que realmente foi o gesto do jogador a causa do prejuízo…

Além disso, a empresa trouxe resultados fortes do primeiro trimestre, o que fez os papéis subirem, como é de praxe acontecer. A desvalorização pode ser derivada do que se chama de “realização de lucros”, que nada mais é do que uma correção natural do preço que ocorre após intensas altas, com os investidores vendendo ações para obter ganhos.

Seja como for, enquanto a repercussão rolava lá fora, dentro dos campos Cristiano Ronaldo estava com a bola toda, marcando dois dos três gols de Portugal contra a Hungria, na partida que aconteceu logo após a coletiva do beba água, não beba Coca.

=> Veja como está a cotação atual de COCA34. 

Warren Buffett: – “Não”

Se tem alguém que provavelmente não faria o mesmo que Cristiano Ronaldo – e que pode até mesmo ter ficado de cara com a atitude do craque – é Warren Buffett, que, assim como o jogador, também sempre esteve na lista dos melhores do mundo, mas de um jeito diferente, como o homem mais rico.

Buffett conseguiu fazer fortuna investindo pesado em gigantescas outras companhias globais, como é o caso da… Coca-Cola. A empresa de bebidas é o quarto maior investimento da Berkshire Hathaway, companhia comandada por Buffett, o que lhe rende uma participação de quase 10% no capital social total da Coca-Cola, tornando-o o maior acionista da empresa.

E mesmo hoje, aos seus 90 anos, Buffett faz questão de tomar pelo menos cinco latas de Coca-Cola diariamente e inclusive tem uma máquina de refrigerantes dentro do seu próprio escritório. Quando criança, no começo de sua jornada em busca de alguns tostões para poder começar a investir, Buffett vendia a bebida de porta em porta, o que, digamos, deu a ele certo apreço pela empresa, mas que, combinado com o fato de ela ter operação e faturamento sólidos, tornam o investimento igualmente vantajoso.

=> Veja quais outras companhias fazem parte do portfólio de investimentos de Buffett (tem até empresa brasileira!) clicando aqui. 

Logicamente, tamanha reputação como investidor faz com que praticamente todos do mercado financeiro conheçam esse bom velhinho, mas também que milhares sigam as ideias e até se inspirem nos investimentos dele. Portanto, muito do que Buffett fala vira lei quando chega aos ouvidos de muita gente.

Nesse caso, anunciar que a Berkshire aumentou ou diminuiu participação em alguma empresa do seu portfólio já é motivo para causar um reboliço no mercado. Mas ele dizer que não investe nem investiria em uma companhia é pior ainda. Bem pior. Ainda mais se tratar de uma mentira gerada pela empresa para benefício próprio. Aí é treta.

Foi exatamente isso o que aconteceu com a IRB Brasil (IRBR3) no começo de 2020. Acusada pela gestora Squadra de inflacionar os lucros de 2019, a empresa precisou revisar todos os balanços desde 2018 e teve de admitir que realmente havia algo errado, muito errado – e, é claro, o mercado penalizou o papel. Como uma luz no fim do túnel, um boato surgiu: Warren Buffett, o maior investidor do mundo, teria triplicado a participação acionária na empresa. Com isso, o preço das ações disparou.

Mas assim… como triplicar uma participação que nunca existiu? O próprio Buffett desmentiu a informação: “Não tenho, nunca tive nem penso em ter”. Resultado? As ações da IRB subiram no boato e caíram no fato. Foi uma queda de mais de 40% apenas no dia de anúncio de Buffett sobre o caso inexistente com a IRB, o que representou uma perda de mais de R$ 8 bilhões em valor de mercado para a resseguradora, que continuou afundando.

Elon Musk: – “Bitcoin”

Parece que todo mundo já fica esperando o momento em que Elon Musk, fundador da fabricante de carros elétricos Tesla (TSLA34), abre a boca e fala “Bitcoin”. Na velocidade da luz a moeda já começa a cair. Ou a subir. Depende do humor de Musk e do quanto ele está disposto a aceitar Bitcoins como meio de pagamento de seus carros elétricos. E também do quanto ele mantém essas moedas em carteira, proveniente dessas transações.

De acordo com os resultados da Tesla do primeiro trimestre deste ano, a empresa eliminou 10% de seus Bitcoins no período. Nem precisa dizer que a criptomoeda caiu forte no mercado com a notícia. Em maio, Musk falou que a Tesla pararia de receber em Bitcoins. Nova queda. Agora, ele disse que a empresa pode voltar a aceitar essa forma de pagamento. Subiu alto. E continua subindo. O grande porém é que a retomada do Bitcoin como moeda de troca dos carros elétricos só vai acontecer se – e unicamente se – a mineração da criptomoeda se tornar mais sustentável.

De acordo com Musk, em seu Twitter, por onde geralmente fala da parceria Bit-Tesla: “Quando houver confirmação de que uma parcela razoável (em torno de 50%) da energia usada por mineradores seja de fontes renováveis, com tendência positiva futura, a Tesla vai voltar a aceitar Bitcoins em suas transações”. Isso faz até sentido se pensar que o carro elétrico, por si, já tem a pegada ecológica bem evidente, embora com algumas ressalvas. Mas como falar isso para os investidores de Bitcoins, que ficam nessa guerra de preços?

Se apenas com uma palavra Musk pode mudar o cenário do ativo, imagina se ele decidir vender o restante dos seus Bitcoins nada sustentáveis que ainda detém e trocar por verdinhas…

Jeff Bezos: – “Tchau!”

Bezos vai mandar muitos besos (beijos, em espanhol) para a Amazon (AMZO34) a partir de 5 de julho deste ano, quando deixará o cargo de CEO da empresa, a qual não apenas fundou, mas esteve à frente desde então. Com o anúncio da saída, feito em fevereiro deste ano, as ações da companhia deram uma leve desvalorizada.

Entretanto, os analistas acreditam que, quando a despedida realmente ocorrer, a empresa pode não sofrer tanto, uma vez que o sucessor de Bezos, Andy Jassy, tem um bom nome no mercado. Além disso, o ainda atual CEO vai continuar participando do Conselho de Administração da companhia, o que ameniza o impacto da mudança para os investidores – e, consequentemente, para as ações.

Independente de quem seja e de onde venha, o canto da sereia pode até ser atrativo aos ouvidos, quando se tenta surfar nessas ondas de desvalorização de ativos após a fala de alguma celebridade, mas lembre-se de que esse canto também pode afundar muito barquinho. Na dúvida, acompanhe sempre os conteúdos da ADVFN!

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