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Entidades da sociedade civil e de pesquisa pressionam bancos e instituições financeiras para tentar evitar financiamento à Ferrogrão

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Um grupo com cerca de 40 entidades da sociedade civil e de pesquisa enviará uma carta aberta a bancos e instituições financeiras para tentar evitar que seja concedido financiamento à Ferrogrão, ferrovia que ligaria Sinop, coração da região produtora de soja no Mato Grosso, ao porto fluvial de Miritituba, no Pará.

Segundo o documento, a estrada de ferro de 933 quilômetros pode gerar desmatamento equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo e afetar comunidades indígenas. O grupo aponta alternativas de escoamento da safra com impactos ambientais menores.

“O traçado proposto pelo projeto cruza uma área sensível da Amazônia brasileira, marcada por conflitos fundiários — e que está sob escrutínio internacional. Estudos independentes demonstram que, uma vez construída, a Ferrogrão seria vetor de desmatamento para a floresta”, afirmam as entidades no documento ao qual o GLOBO teve acesso com exclusividade.

Estímulo à grilagem

As entidades alertam que o projeto estimula a grilagem e conflitos fundiários, aumenta pressão para diminuir unidades de conservação, viola direitos de povos indígenas, contraria os compromissos de zero desmatamento das empresas agropecuárias e tem custos subestimados O grupo também diz que o governo não avaliou rotas alternativas.

Segundo a entidade, de acordo com estimativas do economista Cláudio Frischtak, tais custos seriam de R$ 28,98 bilhões, mas foram orçados em R$ 8,42 bilhões.

A carta está sendo enviada para instituições como Banco Mundial, Banco Central, BNDES, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander.

Assinam o documento GT Infraestrutura, que coordena sua divulgação, Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS), Observatório do Clima, Movimento Tapajós Vivo, Movimento dos Atingidos por Barragens.

Sérgio Guimarães, secretário-executivo do GT Infraestrutura, afirma que o governo deveria incentivar a expansão da Ferronorte, que pode ligar Lucas do Rio Verde (MT) à malha ferroviária de São Paulo e aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

 Há também a Ferrovia de Integração Centro-Oeste que tem projeto de ligar Vilhena (RO) à Ferrovia Norte-Sul, permitindo o escoamento de grãos pelo porto de Itaqui (Maranhão) e por portos da Bahia com o projeto da Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol).

Ambos os projetos substituem muito bem a Ferrogrão e ajudam a esvaziar o tráfego pela BR-163 — disse Guimarães.

Informações Globo.

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