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NOVA MOBILIDADE: o futuro que se faz agora com Embraer, WEG, Oi e outras

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Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade. Essa é a frase célebre dita quando o homem pisou na Lua pela primeira vez, em 20 de julho de 1969. Mas, para chegar a isso, foram muitos anos a fio tentando transformar um sonho aparentemente impossível de ser realizado em algo real. Na verdade, levou praticamente dez anos, contando a partir do pronunciamento do então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, de que a meta da década era levar tripulantes à Lua e trazê-los de volta em segurança. 10 anos.

A União Soviética, porém, foi a primeira a lançar os famosos satélites para o espaço, começando pelo Sputnik (o satélite, e não a vacina), e hoje há mais de 150 mil orbitando em torno da Terra, vez ou outra colidindo com um lixo espacial, característico da intervenção humana por onde ela passa. O lançamento do Sputnik (de novo: o satélite) foi feito em 1957, porém os estudos começaram uma década antes. 10 anos.

Portanto, o que para nós hoje é trivial – como consultar um endereço pelo Google e verificar a localidade com a ajuda do satélite, ou ainda poder fazer uma viagem espacial ainda neste ano, em 20 de julho, a bordo da cápsula suborbital New Shepard que será enviada pela empresa espacial privada Blue Origin –, há alguns anos virou uma corrida espacial para ver quem saía na frente. E mesmo assim demorou 10 anos.

É por isso que muito do que está sendo pensado e organizado hoje, no tempo presente, é o que dará origem a grandes saltos para a humanidade no futuro – e que posteriormente se tornarão só mais uma facilidade da vida cotidiana ou coisa e tal. Mas, nessa corrida pela inovação, grandes empresas brasileiras também estão fazendo sua parte. Bora conhecê-las?

De volta para o futuro

Vamos te situar. Se você é fã de Star Wars, Star Trek (Jornada nas Estrelas) e até mesmo de Os Jetsons e de todas essas franquias de entretenimento do tipo espacial, certamente em algum momento deve ter visto o filme De Volta para o Futuro – e até seu filho possivelmente já assistiu ao Rick & Morty, desenho baseado no filme.

No parte 2 do filme, Marty McFly e o Dr. Brown viajam até 2015 e uma das surpresas é ver uma quantidade enorme de carros voadores pela cidade. Bom, estamos em 2021 e até hoje isso ainda não passa de protótipos, mas a boa notícia é que, se você assistir com atenção, vai perceber que os motores dos carros do filme fazem pouquíssimo barulho, o que pode ser associado aos atuais carros elétricos, que em 2015 já existiam, mas serão popularizados (muito por obrigação mesmo, para seguir as novas políticas verdes) mundo afora a partir de 2025. 10 anos. De novo. No Brasil, porém, um pouco mais tardar. Possivelmente após 2030 nenhum veículo novo possa ser movido mais a combustão. E aí serão 15 anos.

=> Saiba mais sobre a pegada verde dos carros elétricos: Neoenergia, Vale e os caminhos no futuro elétrico que só o Brasil possui

Como dissemos lá no início, o futuro se faz agora, portanto já temos empresa brasileira de olho nisso. Além das apresentadas no artigo sugerido acima (se você não viu, volte lá), que estão mais voltadas para a parte de geração da energia elétrica, no caso da WEG (BOV:WEGE3) ela está mais atenta aos motores que vão usar essa energia, já que é uma exímia criadora de componentes elétricos.

Não só isso, enquanto está todo mundo indo, a WEG já está voltando ao mesmo tempo. Isso porque, além de estar inserida no fornecimento dos motores para os novos carros, ela também pega o caminho inverso e realiza projetos para poder transformar os atuais veículos movidos a combustão em elétricos. Afinal, nem todo mundo pode ter o carro do ano e, se não tem tu, vai tu mesmo. Não tem como viajar no tempo.

Quer dizer, quase. Pelo menos o icônico DeLorean DMC-12, modelo do carro usado no filme por Marty McFly e o Dr. Brown, pode ter um novo de volta para o futuro. Era para terem sido lançadas pouco mais de 300 réplicas do veículo no ano passado, que contariam com algumas melhorias comparadas ao modelo da década de 80, óbvio, porém nada saiu, para decepção dos colecionadores. Ao que tudo indica, a DeLorean Motor Company, que detém os direitos da marca, teve problemas com… o sistema de emissão de poluentes dos carros. Agora, o novo DeLorean será… elétrico. Só o sistema de viagem no tempo não estará incluso nos modelos, mas, voltamos a dizer, o futuro é agora mesmo, então vida que segue.

O filme pode ter projetado errado que carros voariam em 2015, mas isso no sentido literal da palavra carro, com quatro rodas, motor e tal. Mas, no sentido figurado, que nos permite abrir exceções, carros voadores existem. Em projeto, mas existem. Quer ver só?

A Embraer (BOV:EMBR3) já tem uma encomenda de 250 unidades do modelo chamado eVTOL (Vertical Take-Off and Landing, ou no bom português Decolagem e Pouso Vertical). Pense em um drone. Agora pense em um drone do tamanho de um helicóptero. Agora pense em um drone do tamanho de um helicóptero e que é… elétrico. 10 anos? Que nada, agora estamos falando em 5. A companhia brasileira espera entregar as unidades prontas em 2026, sendo 200 destinadas para a Halo, uma empresa privada de mobilidade urbana que atua na terra do Tio Sam e na da Rainha, e outras 50 unidades para a Helisul Aviation, que opera helicópteros na América Latina.

Um projeto que, diferentemente do carro voador de quatro rodas, já está bem mais confirmado – e contratado. Outra companhia que também está de olho nisso é a Uber, que quer lançar táxis aéreos em breve. 10 anos? Não se sabe ao certo. Mas que a Embraer sai na frente como fornecedora, isso é certeza.

Além de ser elétrico, o eVTOL, mesmo ainda não tendo saído do projeto, já tem até propostas de melhoria. Uma delas é que o possante voador possa ser autônomo, isto é, conduzido sem piloto. Mas, para isso acontecer, além da preocupação com o tráfego aéreo, que é tão bagunçado quanto o rodoviário, é preciso haver mais uma tecnologia essencial: o 5G.

Se você pensa que 5G é só uma internet mais rápida no celular, vamos fazer um bate e volta para o futuro. Lá, praticamente toda sua casa será “smart” (inteligente, conectada à internet), com uma geladeira inteligente que vai automaticamente comprar tudo o que você precisa para filar durante a madrugada, enquanto passa a matina se entretendo com jogos no celular que não travam ou assistindo a filmes que demoram o tempo de uma piscada para serem baixados. Também será possível receber suas encomendas mais rapidamente, com um sistema logístico de dados totalmente integrado e ágil – inclusive drones podem ser os novos entregadores!

Se precisar fazer uma cirurgia, por exemplo, isso poderá ser realizado remotamente, com acompanhamento da recuperação também feita de modo remoto. Já imaginou? Se isso ainda te causa surpresa, outra situação já não é mais tão estranha assim devido à pandemia: o home office, que também vai se beneficiar do 5G. É possível que ele ganhe ainda mais espaço e possa se tornar o novo jeito de trabalhar, uma vez que a velocidade de conexão possibilita transformar diversos processos presenciais em remotos e facilita até mesmo as reuniões on-line. O “tá dando delay, você está me vendo?” será coisa do passado.

E é justamente devido a esse delay, ou seja, essa demora na entrega dos dados, que ainda não temos carros ou aviões autônomos. Além disso, especificamente no setor aéreo, o 5G poderá tornar tudo ainda mais conectado, seja no atendimento aos passageiros, na entrega de bagagens, nas operações aeroportuárias ou na comunicação entre aeronaves. Ou seja, uma nova realidade, capaz de otimizar tempo e criar grandes vantagens, principalmente competitivas entre as empresas.

Mas nada disso será possível sem que haja outras companhias por trás, que entregam toda a infraestrutura necessária para fazer o 5G rodar. É o caso das empresas de telecomunicações, como Oi (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4), TIM (BOV:TIMS3), Telefônica (BOV:VIVT3) (BOV:VIVT4) e outras. Sai na frente quem ganhar o leilão do 5G, que até agora estima-se que deve ficar para setembro deste ano ou janeiro do próximo. 1 ano.

No caso específico da Oi, a companhia segue em recuperação judicial e o 5G pode ser uma luz no fim do túnel extenso e escuro pelo qual ela vem passando. A TIM já se prepara para o futuro realizando testes avançados para entregar a tecnologia 5G pura para o consumidor, que conseguiu ser até 30 vezes mais rápida do que a 5G tradicional a ser ofertada por concorrentes. A Telefônica também promete se diferenciar, indo além dos pacotes de serviços tradicionais e distribuindo diversas soluções digitais. De acordo com o presidente dela, Christian Gebara: “Nossa aposta não é só na latência do 5G, mas sim na internet das coisas, que terá novos usos dentro de casa e nas empresas. Isso tudo nos dá otimismo para o crescimento de uma linha nova de negócios para o B2B e o B2C”.

Seja em 1, 5 ou 10 anos, o futuro de tudo isso que você conferiu e muito mais já começou agora. E a empresa na qual você investe, o que tem feito para moldar seu futuro? Pense nisso. Porque, quando esse futuro chegar, não haverá viagem no tempo que possa mudar a história dela.

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