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Girls Will Be Women

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happy family mother and daughter playing at home in a tent

Questionados em pesquisa da Fidelity, 91% dos investidores da amostra responderam: “Eu acho que os homens investem melhor do que as mulheres”.

Não é o que os dados mostram.

O icônico paper “Boys Will Be Boys”, dos professores Brad Barber e Terrance Odean — leitura obrigatória em nosso MBA —, se deu ao diligente trabalho de analisar ordens de compra e venda de ações de mais de 35 famílias americanas, entre 1991 e 1997.

Eis as principais conclusões do estudo:

1. Homens montam e desmontam posições em frequência 45% maior que a das mulheres.

2. Os trades frenéticos do universo masculino resultam em uma desvantagem média de retorno de -0,93% ao ano para os homens, em relação às mulheres. Ao longo de décadas, essa diferença, aparentemente pequena, vai se tornando abismal.

Outros estudos confirmam o entendimento de que mulheres acumulam mais retorno do que os homens, e também são mais capazes de juntar dinheiro para investir.

O psicoterapeuta Carl Jung não se surpreenderia com esses achados.

Jung dizia que os homens buscam sempre a perfeição — e, por isso, são perigosamente seduzidos pelo excesso de confiança.

Já as mulheres buscam o mais elevado dos valores junguianos: a completude — e, por isso, são saudavelmente testadas pela autocrítica antes de tomarem suas decisões.

Grosso modo, o arquétipo masculino prefere ter 150% de sucesso em um campo específico, enquanto o arquétipo feminino prefere ter 80% de sucesso em cada um de cinco campos complementares.

O arquétipo masculino é o atleta de alta performance que abriu mão dos estudos, família, lazer e amigos para competir por uma medalha de ouro em Tóquio.

O arquétipo feminino não se interessa por medalhas, mas vai na academia três vezes por semana, se encontra com a família e os amigos, está subindo gradualmente na carreira e decidiu fazer um curso de Física Quântica para Iniciantes.

Obs: não se aplicam aqui definições fechadas de gêneros. Todos temos doses de homens e mulheres junguianas em nós mesmos, sob diferentes matizes.

A pergunta que importa é: como você mede riqueza em sua vida?

Riqueza é ser absurdamente bem-sucedido em uma só coisa, 24/7, alocar 150% do seu patrimônio alavancado na nova cripto da moda?

Ou riqueza é equilibrar família, amigos, carreira, lazer, educação, esporte, cultura, 8/5, investindo em uma carteira diversificada?

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