O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,18% em agosto. No mês anterior, o índice havia variado 0,18%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 16,88% no ano e de 32,84% em 12 meses. Em agosto de 2020, o índice subira 2,53% no mês e acumulava elevação de 11,84% em 12 meses.
“Os efeitos da seca e das geadas estão mais evidentes no resultado do índice ao produtor. Entre os bens finais, os preços dos alimentos in natura avançaram 5,12%. Já entre as matérias-primas, os destaques foram as culturas mais afetadas pelo clima como milho (10,03%) e café (13,76%). Afora os preços dos alimentos, os combustíveis e lubrificantes para a produção subiram 3,72% e também contribuiram para a aceleração da inflação ao produtor”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,29% em agosto. No mês anterior, o índice havia registrado queda de 0,07%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 1,27% em julho para 1,60% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,21% para 5,12%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,97% em agosto. No mês anterior, a taxa havia sido 1,58%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,90% em julho para 1,93% em agosto. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,27% para 3,72%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,65% em agosto, ante 1,08% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -1,78% em julho para 0,55% em agosto. As principais contribuições para este avanço partiram dos seguintes itens: soja em grão (-9,03% para 6,79%), milho em grão (-8,52% para 10,03%) e café em grão (1,37% para 13,76%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens minério de ferro (-0,51% para -7,23%), bovinos (2,54% para -0,26%) e suínos (9,96% para -1,94%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,88% em agosto. Em julho, o índice havia apresentado taxa de 0,70%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,45% para 1,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,24% para 0,45%), Habitação (1,17% para 1,56%) e Transportes (0,81% para 0,93%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (-7,67% para 5,17%), plano e seguro de saúde (-1,27% para 0,62%),tarifa de eletricidade residencial (3,86% para 5,74%) e gasolina (1,42% para 2,13%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,23% para 0,51%), Comunicação (0,04% para -0,13%), Vestuário (0,34% para 0,17%) e Despesas Diversas (0,18% para 0,10%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (26,99% para 3,82%), mensalidade para TV por assinatura (0,00% para -0,46%), roupas (0,47% para 0,16%) e tarifa postal (1,78% para 0,00%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,79% em agosto. No mês anterior a taxa subira 1,37%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (1,43% para 1,44%), Serviços (0,70% para 0,77%) e Mão de Obra (1,45% para 0,24%).