A Raízen (BOV:RAIZ4), joint venture entre Shell e Cosan (BOV:CSAN3), precificou sua oferta inicial de ações a 7,40 reais por papel, segundo duas fontes a par da operação, que movimentou 6,9 bilhões de reais, no maior IPO do ano no Brasil.
De acordo com as fontes, o montante inclui a oferta base de 810.811.000 ações preferenciais mais os papeis suplementares, no total de 121.621.650 papéis.
A empresa e coordenadores optaram em não exercer o lote adicional de até 162.162.200 ações.
O preço fixado saiu no piso da faixa estimada para o IPO, que ia até 9,60 reais.
A Raízen disse anteriormente que usará os recursos da oferta para construir novas unidades para expansão de produção, investimentos em infraestrutura de armazenamento, logística e para aumentar a eficiência e a produtividade.
As ações da companhia começam a ser negociadas na B3 (B3SA3) na próxima quinta-feira, com o código ‘RAIZ4’.
BTG Pactual (BPAC11), Citi, Bank of America, Credit Suisse, Bradesco BBI, JPMorgan, Santander Brasil (SANB11), XP Investimentos, HSBC, Safra e Scotiabank foram os coordenadores da oferta exclusivamente primária.
Procurada, a empresa não comentou o assunto.
Fundos internacionais respondem pela maior parte da demanda por ações da Raízen em IPO
Fundos internacionais especializados em energia responderam por 60% da demanda por ações da Raízen em seu IPO, informa o Estadão. O valor de mercado da joint venture entre Cosan e Shell subiu em mais de R$ 15 bilhões durante a operação, alcançando R$ 76 bilhões.
Segundo a publicação, esses fundos, que têm carteiras voltadas para a transição energética com perfil de longo prazo, foram atraídos pela pegada de sustentabilidade da empresa. Dentre os fundos estrangeiros que participaram da operação estão o inglês Aberdeen Asset Management, e a Abu Dhabi Investment Authority (ADIA).
Mas esses não foram os únicos interessados nos papéis da empresa: da demanda de R$ 30 bilhões pelas ações, R$ 14 bilhões vieram de pessoas físicas.