O dólar comercial fechou em R$ 5,4260, com alta de 0,87%. A moeda norte-americana ganhou força ao longo da sessão devido às incertezas fiscais – como os precatórios – e políticas que continuam rondando o cenário doméstico, assim como o avanço da inflação.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “enquanto a questão fiscal não for resolvida, vamos sentir mais os fatores externos”. A economista considera primordial a solução para o orçamento de 2022: “Caso isso não aconteça, não vamos conseguir aprovar as reformas estruturais”, pontua.
A disparada da inflação hoje teve mais um capítulo, com a Petrobras aumentando o diesel em 8,90%, com o litro passando a custar R 3,06. Abdelmalack acha “muito difícil” o Banco Central (BC) conseguir atingir a meta inflacionária para o próximo ano, apesar dos esforços da instituição.
Já no mercado externo, existe uma fuga de capital, com o aumento dos juros futuros nos países desenvolvidos, enquanto o tapering (remoção de estímulos) se aproxima: “Em novembro devemos ter um cronograma de como essa retirada gradual irá ocorrer”, projeta Abdelmalack.
Segundo o economista-chefe da Sulamérica Investimentos, Newton Rosa, “isso é uma sinalização que o mercado já começa a se ajustar à chegada do tapering nos próximos meses. Isso reflete no dólar”. Além disso, o economista pontua que com o aumento dos juros futuros nos países desenvolvidos, os emergentes ficam menos atrativos a investimentos, diminuindo a entrada de capital estrangeiro.
“O real está se desvalorizando também por conta dos ruídos políticos e fiscais. A incerteza fiscal e risco inflacionário contribuem com a alta do dólar, e isso deteriora ainda mais o ambiente”, analisa Rosa. O economista também vê o risco de isenções fiscais com cunho populista que podem degradar ainda mais o cenário doméstico.
De acordo com o boletim matinal da Commcor, “os leilões extras de swap cambial tradicional anunciados pelo Banco Central (BC), iniciados ontem com a venda de 14 mil contratos, não foram suficientes para conter as pressões altistas no dólar”.
“O foco de hoje vai para a ata da última reunião do Copom e como o mercado irá digeri-la”, avalia a Commcor. O boletim enfatizou que a instituição está atenta ao crescimento da inflação, porém não pretende mudar seu “plano de voo”, segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Acompanhe as altas e baixas do dólar nos últimos dias:
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
02/09/2021 | 5,1827 | 5,1832 | -0,033% | -0,0017 |
03/09/2021 | 5,184 | 5,1845 | 0,025% | 0,0013 |
06/09/2021 | 5,1762 | 5,1767 | -0,15% | -0,0078 |
08/09/2021 | 5,3251 | 5,3261 | 2,886% | 0,1494 |
09/09/2021 | 5,2258 | 5,2273 | -1,855% | -0,0988 |
10/09/2021 | 5,266 | 5,267 | 0,761% | 0,0398 |
13/09/2021 | 5,2231 | 5,2236 | -0,826% | -0,0435 |
14/09/2021 | 5,2568 | 5,2573 | 0,645% | 0,0337 |
15/09/2021 | 5,2365 | 5,2375 | -0,377% | -0,0198 |
16/09/2021 | 5,2645 | 5,2655 | 0,535% | 0,028 |
17/09/2021 | 5,2816 | 5,2821 | 0,325% | 0,0171 |
20/09/2021 | 5,3507 | 5,3517 | 1,318% | 0,0696 |
21/09/2021 | 5,2858 | 5,2863 | -0,842% | -0,0449 |
22/09/2021 | 5,3031 | 5,3041 | 0,337% | 0,0178 |
23/09/2021 | 5,3086 | 5,3096 | 0,104% | 0,0055 |
24/09/2021 | 5,3433 | 5,3438 | 0,644% | 0,0342 |
27/09/2021 | 5,3783 | 5,3788 | 0,655% | 0,035 |
28/09/2021 | 5,4238 | 5,4303 | 0,958% | 0,0515 |
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