O dólar fechou em R$ 5,5150, com alta de 0,52%. A moeda norte-americana refletiu a expectativa para a divulgação do payroll (um dos principais índices de emprego nos Estados Unidos), que acontece amanhã, além das já habituais incertezas fiscais e políticas que rondam o cenário doméstico.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “tem um movimento global de queda investimentos nos emergentes, causado pela expectativa do tapering (remoção de estímulos)”.
Abdelmalack acredita que o mercado está em compasso de espera pela divulgação do payroll e, principalmente, para a reunião do FOMC, no próximo mês, onde deverá divulgado o cronograma do começo da injeção de liquidez na economia estadunidense. “A questão é saber o ritmo do tapering”, analisa a economista, que não descarta uma antecipação no aumento de juros nos Estados Unidos.
Em contrapartida, o cenário doméstico continua estagnado. “Temos que acompanhar a o desdobramento do fiscal, dos precatórios. O mercado não vê perspectiva para isso, é muito complicado. A percepção é de risco”, constata Abdelmalack.
Segundo o economista da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “os indicadores dos Estados Unidos estão fortes, enquanto a Europa está muito mal e a China em desaceleração, inclusive com problemas energéticos”. Ele reforça que o ambiente é favorável à economia e moeda norte-americanas, e que em novembro o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve anunciar o cronograma de início do tapering.
Por outro lado, a situação doméstica continua incerta e preocupante: “A questão fiscal está mal resolvida, com o Auxílio Brasil e estouro do teto orçamentário. A agenda de reformas paralisou e ficou completamente desfigurada”, adverte Borsoi.
“A questão agora é quando isso irá terminar e como o mundo vai passar por isso. Estamos em um cenário de desaceleração com inflação, gerando a estagflação, o que é destrutivo”, alerta Borsoi, referindo-se à inflação global.
De acordo com o boletim matinal do Bradesco, “a possibilidade de acordo sobre o teto da dívida dos EUA, que mitiga o risco de paralisação da máquina pública no curto prazo, impulsiona os negócios nesta manhã”.
Já a Commcor desta que, apesar do ambiente externo mais favorável, a situação interna continua incomodando: “o cenário doméstico ainda gira em torno dos já conhecidos assuntos políticos e fiscais como a reforma tributária, precatórios e o novo Bolsa Família. Para que os ativos locais continuem a tendência posta pela decisão do Senado americano, há a necessidade do andamento das discussões referentes as pautas internas e de que uma solução para tais seja estabelecida agilidade”, enfatiza.
Acompanhe as altas e baixas do dólar nos últimos dias:
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
04/10/2021 | 5,446 | 5,4464 | 1,442% | 0,0774 |
06/10/2021 | 5,4856 | 5,4861 | 0,018% | 0,001 |
07/10/2021 | 5,5164 | 5,5174 | 0,571% | 0,0313 |
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