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Especialista em câmbio culpa Bitcoin pela desvalorização do Real

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A crescente busca por Bitcoin (COIN:BTCUSD) no Brasil foi apresentada este mês por Bruno Serra, Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil, segundo relatório chamado Ambiente Econômico no Pós-pandemia.

Visto que o Brasil (COIN:BTCBRL) não minera Bitcoin, tratado como um produto, a importação da criptomoeda chamou a atenção de especialistas que acreditam que isso possa estar pressionando o valor do Real em relação ao dólar.

Outros especialistas parecem não concordar com esta opinião, deixando a culpa inteiramente nas mãos do governo brasileiro visto que este montante de bitcoins “importados” é muito pequeno em relação a economia brasileira.

Importação de criptoativos tem crescido

Segundo dados do Banco Central do Brasil relacionados a importação de criptoativos, coletados desde novembro de 2017, a soma total de ativos digitais importados já ultrapassa 12 bilhões de dólares, equivalente a 66 bilhões de reais.

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Este número chamou a atenção de algumas pessoas como Rodrigo Natali, Estrategista-Chefe da Inversa, acreditando que as criptomoedas têm grande influência no preço do Real em relação ao Dólar americano.

Dado que o altos custos de energia e importação de equipamentos de mineração tornam difícil a atividade no país, os brasileiros são obrigados a importar Bitcoin de outros países. Vale lembrar que a China era o maior produtor de Bitcoin até a proibição da atividade no país em maio deste ano. Em alguns períodos dos últimos dois anos, é registrado que 75% da mineração estava concentrada no país. Este processo de importação de Bitcoin foi bastante complicado nos primeiros anos do Bitcoin, brasileiros precisavam realizar vários passos para comprar a moeda. E mesmo a introdução de exchanges nacionais, em 2013, não superou todos obstáculos, com o Bitcoin sendo operado por alguns períodos com ágios gigantes como em 2017. Mais tarde este problema foi reduzido graças a listagem de stablecoins por estas mesmas exchanges, bem como pela chegada de exchanges que operam de forma internacional, como a Binance.

Opiniões contrárias

Já outros especialistas como Fernando Ulrich, Head de Educação da Liberta Investimentos, mostram-se céticos na relação de compras de Bitcoin com a desvalorização do Real, quarta moeda que mais desvalorizou do mundo em relação ao dólar neste ano.

Segundo os últimos vídeos de Ulrich, a alta do dólar está principalmente ligada aos programas governamentais como o auxílio emergencial, já responsável pelos gastos de 108 bilhões de reais. Assim como rumores da saída de Paulo Guedes, que elevou o dólar para 5,75, bem como o estouro do teto de gastos e outros fatores como a elevação da taxa de juros pelo Banco Central.

Ou seja, para ele o Bitcoin representa uma parte muito pequena na pressão do preço do Real, causada principalmente por questões internas de controle fiscal e políticas econômicas.

Vale lembrar que embora estes bitcoins sejam importados, este dinheiro continua no Brasil e a valorização do bitcoin fez os investimentos renderem até 2.600% para quem os comprou entre janeiro e fevereiro de 2019.

Alta do dólar ajudou mineração no Brasil

Embora a mineração de Bitcoin não seja atrativa no Brasil, a alta do dólar beneficiou mineradores casuais e semiprofissionais de outras criptomoedas como Ethereum, minerada por placas de vídeo.

Enquanto o custo energético do Brasil girava em torno de 0,20 dólar por kWh em 2017, com o dólar em cerca de 3 reais, a desvalorização do Real fez com que este custo caísse para cerca de 0,12 dólar conforme o USD/BRL é negociado na faixa dos 5,50, possibilitando uma melhor concorrência com mineradores de outros países.

Tendo ou não impacto no preço da moeda local, alguns países como a Austrália estão querendo tornar-se líderes do setor, criando leis que ajudam mineradores, oferecendo descontos nos gastos de energia, bem como atraindo empreendedores que gerem empregos em seus países.

Por Henrique Kalashnikov

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