Futuros dos EUA tentam recuperação após liquidação em Wall Street

ÁSIA: A maioria das principais bolsas da Ásia fechou em queda nesta terça-feira, depois de um amplo deslize em Wall Street liderado por empresas de tecnologia.

No Japão, o Nikkei caiu 2,19% para fechar em 27.822,12 pontos, enquanto o índice Topix caiu 1,33%, encerrando o dia em 1.947,75 pontos. No intraday, o Nikkei chegou a cair mais de 3% e entrar brevemente em território de correção, atingindo uma queda de mais de 10% em relação a seu último pico registrado em meados de setembro.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 1,89%, fechando em 2.962,17 pontos na volta de feriado.

Na Austrália, o S & P / ASX 200 caiu 0,41%, para 7.248,40 pontos no dia em que o Reserve Bank of Australia anunciou a sua decisão de manter as taxas de juros inalteradas e não fazer nenhuma alteração em seu programa de estímulo, como esperado. As ações locais de tecnologia arrastaram o mercado para baixo, junto com as mineradoras que sofreram após a divulgação dos últimos dados comerciais mostrando um superávit surpreendentemente alto, mas abaixo do esperado para as vendas de minério de ferro para a China em agosto em relação a julho.

Os investidores também estavam preocupados com o mercado imobiliário da China, onde uma desaceleração poderia reduzir a demanda por matérias-primas. Fortescue Metals caiu 1,2%, para uma baixa de 15 meses, BHP recuou 1,1%, Rio Tinto caiu 0,3%, no entanto, as exploradoras de ouro subiram, assim como os produtores de petróleo que superaram as expectativas depois que os preços do petróleo aumentaram em meio ao aumento da demanda global de energia. Oil Search subiu 2,3%, Santos avançou 2,5% e Woodside adicionou 3,9%.

O S&P/ASX 200 esta 5% abaixo do nível registrado em 13 de agosto, quando renovou a sua máxima histórica em 7.628,9 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong contrariou a tendência geral regional, ao subir 0,28%. Na esteira da crise da dívida do Evergrande Group, há sinais crescentes de estresse no mercado imobiliário da China depois que outro desenvolvedor não conseguiu honrar o pagamento de um título na terça-feira. As agências de classificação rebaixaram os desenvolvedores chineses Fantasia Holdings e Sinic Holdings em relação aos riscos de suas situações de fluxo de caixa. A Fantasia não pagou um título que venceu na segunda-feira, disse em um documento apresentado à bolsa de valores de Hong Kong. A empresa suspendeu as negociações de suas ações desde 9 de setembro até novo aviso. Suas ações despencaram quase 60% no acumulado do ano. Outras incorporadoras também estão sinalizando dificuldades no setor. Guangzhou R&F é outra incorporadora imobiliária no radar dos investidores. Ela disse no mês passado que estava levantando até US $ 2,5 bilhões, tomando empréstimos dos principais acionistas e vendendo uma subsidiária, de acordo com a Reuters.

O índice MSCI para ações da Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 0,28%.

Os mercados na China continental permaneceram fechados até sexta-feira por conta do feriado prolongado do Dia Nacional da China, mas as tensões China-EUA recuperaram os holofotes depois que a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse que planeja ter conversas francas com autoridades em Pequim sobre o acordo comercial provisório que visa resolver uma guerra tarifária. Tai disse que não quer “inflamar as tensões comerciais com a China”, mas seus comentários sugeriram a continuidade da política dos EUA em relação à Pequim sob o governo do presidente Joe Biden, seguindo a estratégia adotada por seu antecessor, Donald Trump. Falando no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, D.C., ela disse que os EUA “devem defender ao máximo nossos interesses econômicos” e tomar “todas as medidas necessárias para protegermos contra danos infligidos ao longo dos anos através da concorrência desleal”.

EUROPA: As bolsas europeias sobem nesta terça-feira, com investidores superando as perdas em Wall Street.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe subiu 0,84% no final da manhã, com os bancos liderando os ganhos, enquanto ações de construção e materiais caem.

O alemão DAX 30 sobe 0,35%, o francês CAC 40 avança 0,76%, FTSE MIB da Itália avança 1,11%, enquanto na península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha e o PSI 20 de Portugal sobem 0,38% e 0,51%, respectivamente.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,59%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American sobe 0,1%, BHP adiciona 0,2%, enquanto Antofagasta cai 0,9% e Rio Tinto recua 1,1%. As produtoras de petróleo BP e Royal Dutch Shell sobem 1,1% e 0,9%, respectivamente.

Em relação aos dados econômicos, o crescimento econômico da zona do euro desacelerou pelo segundo mês consecutivo em setembro, marcando um novo recuo em relação ao pico de 15 anos registrado em julho, uma vez que a escassez da cadeia de suprimentos impediu tanto a produção do setor de manufatura quanto do setor de serviços, disse a IHS Markit. O PMI composto da zona do euro caiu para 56,2 em setembro, ante 59,0 em agosto. Qualquer leitura acima de 50 representa uma expansão.

Segundo o instituto, embora tivesse uma forte expansão na atividade empresarial, o índice marcou uma desaceleração considerável em relação às expansões observadas entre junho e agosto, que estavam entre as mais rápidas em 23 anos de coleta de dados. “A atual situação econômica da zona do euro é uma mistura indesejada de pressões de preços crescentes, mas um crescimento mais lento”, disse o economista-chefe de negócios da IHS Markit, Chris Williamson. Ambos estão ligados à escassez de oferta, especialmente na manufatura, que tem visto uma queda mais acentuada no crescimento da produção do que nos serviços, acrescentou. As tendências inflacionárias subiram em setembro, com os preços dos insumos subindo à taxa mais rápida já registrada.

A produção industrial francesa subiu 1% em agosto em relação ao mês anterior, superando a previsão do consenso de 0,3% da Reuters e acelerando em relação ao crescimento mensal de 0,5% visto em julho.

A economia da Itália cresceu um pouco menos do que o estimado anteriormente no segundo trimestre. O PIB cresceu 17,2% em relação ao segundo trimestre de 2020, ligeiramente abaixo dos 17,3% divulgados anteriormente.

No mercado cripto, o Bitcoin opera acima de US $ 50.000,00, alta de 1,70%, Ethereum sobe 0,91%, enquanto XRP e Litecoin sobem 1,51% e 2,63%, respectivamente.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA apontam para uma abertura positiva em Wall Street nesta terça-feira após a queda generalizada no dia anterior liderada por empresas de tecnologia.

Na segunda-feira, o Nasdaq Composite caiu 2,1%, a sexta queda em sete dias, com os pesos-pesados ​​de tecnologia Apple, Alphabet, Amazon e Microsoft caindo pelo menos 2%. As ações do Facebook despencaram 4,9%, um dia depois que um ex-funcionário disse em um programa de TV que a empresa sempre escolheu seus próprios interesses em vez do bem público. A rede social e suas plataformas Instagram e WhatsApp também sofreram uma interrupção a nível mundial na segunda-feira. O Nasdaq Composite caiu 7% em relação ao seu pico recorde estabelecido no mês passado.

As ações de tecnologia tem lutado desde que o Federal Reserve estabeleceu uma data final para seu programa de tapering, antes mesmo de começar a reduzir a taxa de compra de títulos. No mercado financeiro, o termo “tapering” significa realizar uma retirada gradual de estímulos monetários. Isso ajudou a trazer à tona expectativas de aumento da taxa de juros, o que é prejudicial para empresas do setor de tecnologia, uma vez que as taxas mais altas tornam seus lucros futuros menos atraentes. Alguns analistas dizem que o setor está sendo injustamente punido e que acredita que a pressão sobre o setor de tecnologia é de curta duração e que elas podem recuperar até o final do ano.

O Dow perdeu caiu 0,94%, enquanto o S&P 500 recuou 1,30%. O índice Russell 2000, que agrupa pequenas empresas também caíram, cedendo 0,99%.

Um salto recente nos rendimentos dos títulos fez com que os investidores desfizessem de ativos de riscos como ações. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos foi negociado em 1,48% na segunda-feira, depois de atingir 1,56% na semana passada.

Em setembro, os mercados mercados tiveram um mês tumultuado, à medida que os temores de inflação, desaceleração do crescimento e aumento das taxas mantiveram os investidores a flor da pele. O S&P 500 caiu 4,8% no mês passado, registrando seu pior mês desde março de 2020 e quebrando uma sequência de sete meses de alta. O benchmark de ações está agora 5,4% abaixo de seu recorde histórico atingido no início de setembro, mas ainda ganha 14,5% no ano.

Em Washington, os legisladores ainda estão tentando chegar a um acordo para aumentar ou suspender o limite de endividamento do governo dos Estados Unidos e evitar um “default” pela primeira vez. Janet Yellen alertou na semana passada que os legisladores devem resolver o teto da dívida antes de 18 de outubro, quando estima que os EUA esgotarão sua capacidade emergencial para honrar seus pagamentos.

Na agenda econômica, às 9h30 sairá os números da balança comercial dos EUA. Às 10h45, o PMI final de serviço será divulgado, enquanto às 11h00 será a vez do ISM divulgar a sua versão do PMI de serviços. O vice-presidente de supervisão do Fed, Randal Quarles, deve falar sobre a transição do libor às 14h15.

Ainda em Washington, o ex-funcionário do Facebook, Frances Haugen, testemunhará perante um subcomitê do Senado, dizendo em depoimento preparado que a gigante das mídias sociais priorizou lucros ante segurança.

ÍNDICES FUTUROS – 7h50:
Dow: +0,31%
SP500: +0,33%
NASDAQ100: +0,41%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: —%
Brent: +0,70%
WTI: +0,55%
Soja: -0,05%
Ouro: -0,63%
Bitcoin: +1,70%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.