O dólar comercial fechou em R$ 5,4040, com queda de 1,76%. Impactado por uma menor liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos e momentânea calmaria fiscal no âmbito doméstico, o real terminou a sessão fortalecido.
Segundo o economista da Guide Investimentos, Alejandro Ortiz, “parece que o mercado cansou de cair, e uma queda adicional precisaria de um cenário ainda pior”.
O economista acredita que o furo no teto já foi precificado pelo mercado e que, a não ser que surjam novos ruídos, a situação está menos turbulenta: “Acho que o pior do fiscal já passou, no mês de outubro”, opina Ortiz. Ele pontua, porém, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios não terá vida fácil no Senado.
Quanto à inflação, Ortiz não acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) irá apertar mais o cinto, com o aumento de 2 pontos percentuais, ficando novamente em 1,5 pp: “Claro que esta possibilidade existe, mas a Selic (taxa básica de juros) está muito alta”, observa. O economista ressalta, ainda, que a taxa básica de juros brasileira é uma das maiores do mundo.
Para a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, “o que está guiando este câmbio é a possibilidade do Banco Central (BC) acelerar o aumento dos juros, e chegar em 2 pp”.
Quartaroli acredita que devido à forte desvalorização do real, nos últimos meses, o espaço para ele cair ainda é grande, mas alerta: “Apesar dos Precatórios, o cenário continua ruim, principalmente na questão fiscal”.
De acordo com o economista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “por ser feriado nos Estados Unidos, os mercados ficam propensos a movimentos bruscos, com a diminuição da liquidez”.
Este movimento, diz o economista, aumenta o fluxo especulativo no Brasil: “A baixa liquidez e a perspectiva de aumento na Selic aumentam a especulação no Brasil. Isso talvez perca força à tarde, com os investidores especulativos não deixando a posição aberta para amanhã”, salienta Rostagno.
“As emergentes estão se valorizando frente ao dólar, sendo que o real tem um beta (volatilidade) maior que a média destas moedas”, explica Rostagno.
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
03/11/2021 | 5,5887 | 5,5897 | -1,416% | -0,0803 |
05/11/2021 | 5,5222 | 5,5227 | -1,488% | -0,0834 |
08/11/2021 | 5,54 | 5,541 | 0,331% | 0,0183 |
09/11/2021 | 5,4943 | 5,4948 | -0,834% | -0,0462 |
10/11/2021 | 5,4996 | 5,5001 | 0,097% | 0,0053 |
11/11/2021 | 5,4037 | 5,4042 | -1,744% | -0,0959 |
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