Os preços dos contratos futuros de petróleo subiram mais de 1% à medida que a crise entre a Rússia e a Ucrânia se intensificou. No entanto, as altas estão limitadas devido ao possível acordo entre Estados Unidos e Irã.
Na noite de ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou forças em duas regiões separatistas do leste da Ucrânia e disse que reconheceria a independência de Donetsk e Luhansk.
As crescentes tensões causaram nervosismo nos mercados, elevando os preços do petróleo. Na sexta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos acreditam que Putin decidiu realizar um ataque à Ucrânia “nos próximos dias”.
A Rússia reuniu cerca de 150 mil soldados ao longo de sua fronteira com a Ucrânia, e o governo Biden disse na semana passada que até 7 mil soldados adicionais se juntaram.
As tensões militares despertaram preocupações de que a Rússia possa estar se preparando para invadir a Ucrânia, provocando temores de uma repetição da anexação ilegal do Kremlin e da ocupação da Crimeia em 2014.
A Rússia foi o maior fornecedor de gás natural e petróleo para a União Europeia no ano passado, e essas tensões estão dando suporte aos preços.
“A alta nos barris deve vir se uma invasão ocorrer, mas depois os traders devem querer observar para saber de onde sairá combustível para suprir a falta”, afirmam analistas da Oanda.
Espera-se que um acordo destinado a reviver o acordo nuclear do Irã de 2015 esteja muito próximo de ser alcançado, aumentando a possibilidade de mais de 1 milhão de barris por dia de petróleo iraniano retornar ao mercado.
Assim, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para março subiu 1,40%, cotado a US$ 92,35 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para abril avançou 1,18%, cotado a US$ 96,84 o barril.
Informações Agência CMA