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Raízen (RAIZ4): lucro líquido ajustado de R$ 1,21 bilhão no 3T22

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A Raízen teve lucro líquido ajustado recorde de R$ 1,21 bilhão no terceiro trimestre do ano-safra 2021-2022, correspondente ao quarto trimestre de 2021.

O resultado, em base pró-forma, superou com folga os R$ 384 milhões registrados pela companhia em igual período de 2020. Já o lucro líquido contábil atingiu R$ 1,4 bilhão.

A receita operacional líquida atingiu R$ 55,3 bilhões no trimestre, crescimento de quase 50% no comparativo anual, e R$ 142,7 bilhões nos primeiros nove meses do ano-safra, representando um salto de quase 60%.

O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou recorde de R$ 3,36 bilhões, alta de 5,6% ano a ano. No acumulado dos nove meses do ano-safra, o resultado teve avanço de 39,4% no comparativo anual e encerrou em R$ 8,92 bilhões.

Segundo a Raízen, o desempenho na linha refletiu “as boas oportunidades para nossos negócios e consequente expansão dos resultados dos segmentos de Renováveis (Ebitda de R$ 1,4 bilhão) e Marketing & Serviços”.

O lucro bruto da companhia atingiu R$ 4,153 bilhões nesta safra, crescimento de 22,6% em relação à safra anterior.

Em relação à dívida líquida, a companhia informou que houve um incremento de 0,4%, a R$ 19,230 bilhões.

Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado foi de 1,7 vez, uma redução de 1 vez em relação ao 4T20.

A Raízen investiu R$ 1,641 bilhão na safra 2021/22, aumento de 62,3% nos investimentos em relação ao mesmo período da safra anterior.

Os aportes foram direcionados principalmente para manutenção de ativos biológicos e entressafra.

⇒ Projeções

A Raízen ajustou seu guidance para o ano-safra 2021-2022.

As novas projeções contemplam Ebitda entre R$ 10,4-11,2 bilhões para o período, além de investimentos na faixa dos R$ 7,1-7,55 bilhões.

Os resultados da Raízen (BOV:RAIZ4) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 15/02/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A retirada ou redução de impostos sobre combustíveis, que vem sendo discutida no Congresso, poderia ajudar a Raízen, afirmou o CEO da companhia, Ricardo Mussa. “Nossos negócios sofrem muito com sonegação de impostos. Tudo o que reduz tributos vai reduzir a sonegação, e isso nos ajuda muito”, disse ele nesta terça-feira, em teleconferência com investidores e analistas, destacando ainda que vê favoravelmente uma queda no ônus tributário sobre o consumidor. “A redução do preço do combustível também é boa para nós”, completou.

Para Mussa, as propostas que tramitam no Congresso, como a de redução de ICMS, são “todas boas”. “Nunca vi tanto alinhamento no Congresso quanto ao fato de que algo deve acontecer, e as mudanças que vi até agora estão indo na direção correta.”

Para o executivo, o preço dos combustíveis na refinaria pode subir ainda mais, já que, com os preços atuais do petróleo, a Petrobras precisará elevar a cotação da gasolina. “A gasolina está abaixo da paridade de importação”, disse ele. “No nível atual, em algum momento terá de alterar, porque o Brasil não é autossuficiente em gasolina. No caso do diesel, pode demorar mais, mas acho que à frente há potencial para a alta da gasolina.”

O avanço no combustível fóssil tende a valorizar o etanol, produzido pela Raízen. Mussa vê também o açúcar com preços firmes. “O indicador principal é como a Índia vai desenvolver o programa de etanol”, disse. “Eles estão fazendo um bom trabalho de mover açúcar para etanol, e isso afasta a Índia de subsídios de exportação. E tem também o programa RenovaBio, que vai criar mais estabilidade por demanda por etanol. Continuamos altistas para o preço de açúcar no longo prazo”, completou, destacando que a companhia continua mantendo a estratégia de hedge do adoçante.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

A Raízen, segundo o banco, apresentou resultados sólidos nas divisões de Açúcar e Renováveis, impulsionados por preços muito fortes de açúcar e etanol que compensaram os fracos volumes de moagem, impactados negativamente pela instabilidade climática.

No segmento downstream, a margem Ebitda do Brasil subiu para R$ 153/m3 (de R$ 80/m3 no 2T21), uma vez que a empresa se beneficiou da nova dinâmica de fornecimento. Por outro lado, as margens caíram significativamente no segmento de downstream internacional, devido à falta de reajustes de preços na Argentina.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 9,00…

Citi

A Raízen teve um resultado acima do esperado no terceiro trimestre fiscal, diz o Citi, com o Ebitda de R$ 3,4 bilhões vindo acima da expectativa do banco americano. Os número foram sustentados por bons desempenhos em renováveis e combustíveis.

“Apesar de menores volumes de venda de etanol e bionergia, o Ebitda ajustado pro-forma do segmento de renováveis foi de R$ 1,4 bilhão, ajudado por melhores preços de etanol e refletindo o modelo de negócios integrado da empresa”, diz o analista Gabriel Barra.

Na distribuição de combustíveis, o Citi nota que o Ebitda ajustado de R$ 1,3 bilhão, alta de 35% na comparação anual, é resultado do crescimento nos volumes dos principais produtos da Raízen, assim como eficiência operacional e bom início das operações no Paraguai.

“Nós destacamos a alta no custo caixa unitário da companhia, por menor diluição maiores custos de insumos agrícolas”, comentam, destacando que a Raízen deve alcançar suas metas para o ano fiscal.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 9,50…

Credit Suisse

Os resultados da Raízen no terceiro trimestre fiscal foram positivos, mas as metas publicadas parecem conservadoras demais, diz o Credit Suisse, indicando que os resultados no próximo trimestre serão sequencialmente piores.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 3,4 bilhões foi 11% acima do projetado pelo banco suíço, sustentado pelo bom desempenho na distribuição de combustíveis, que teve margem de R$ 153 por metro cúbico.

No lado negativo, o banco destaca que o segmento de açúcar teve números menores que o esperado, com menor volume de vendas. As operações internacionais da Raízen também tiveram números fracos, com desempenho ruim na Argentina.

As novas meta da Raízen implicam que o Ebitda no quarto trimestre fiscal vai ficar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,4 bilhões, quedas ante o último resultado, impactado por uma perspectiva ruim no segmento de açúcar.

“A queda reflete, em parte, vendas de açúcar adiadas para a próxima safra, mas as metas nos parecem excessivamente conservadoras”, apontam. A margem de distribuição de combustível deve ficar entre R$ 90 e R$ 120 o metro cúbico, indicando normalização.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 10,00…

Bradesco BBI

A Raízen lucrou 81% acima da estimativa do BBI, graças à expansão do Ebitda.

O Bradesco BBI apresentou resultados sólidos nas divisões de Açúcar e Renováveis, impulsionados por preços muito fortes de açúcar e etanol que compensaram os fracos volumes de moagem, impactados negativamente pela instabilidade climática (tanto geadas quanto secas).

No segmento downstream, a margem Ebitda do Brasil subiu para R$ 153/m3 (de R$ 80/m3 no 2T22), uma vez que a empresa se beneficiou da nova dinâmica de fornecimento do Brasil. Por outro lado, as margens caíram significativamente no segmento de downstream internacional, devido à falta de reajustes de preços na Argentina.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 9,00…

BTG Pactual

A Raízen apresentou números acima do esperado no terceiro trimestre fiscal, diz o BTG Pactual, com o Ebitda ajustado de R$ 4,1 bilhões vindo 12% além do esperado, sustentado por preços elevados no segmento de açúcar.

Os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin escrevem que boas margens em renováveis e distribuição também impulsionaram o resultado no período, aproveitando a dinâmica de mercado favorável nos últimos meses.

O banco também elogia a revisão para cima nas metas da companhia, após números conservadores no terceiro trimestre. Chamam atenção que a Raízen pode ter adiado venda de açúcar para o próximo ano fiscal, com redução de 20% na projeção de Ebitda do segmento.

“Acreditamos que os investidores vão gostar de metas mais robustas em renováveis e combustíveis, enquanto esperamos uma visão mais qualitativa sobre o segmento de açúcar para explicar a projeção menor”, ponderam.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 11,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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