A Cyrela Brazil Realty reportou um lucro líquido de R$ 218 milhões no balanço do 4º trimestre (4T21), desempenho 16,7% inferior ao do mesmo intervalo de 2020, de R$ 261 milhões.
A margem bruta avançou 1,6 ponto percentual, para 33,4%, com a margem líquida caindo 8,2 pontos percentuais, para 16,5%. No ano, a margem líquida ficou em 19,1%, 33,7 pontos percentuais abaixo de 2020.
De acordo com a construtora, o lucro sofreu impacto negativo de R$ 23 milhões devido às contingências judiciais, sendo R$ 22 milhões pagos em despesas gerais e administrativas e R$ 2 milhões referentes à variação na rubrica de provisões no balanço patrimonial.
Além disso, o resultado foi positivamente impacto em R$ 50 milhões na linha de “Equivalência Patrimonial” referente à participação da Cyrela no resultado de suas joint ventures: (a) R$ 29 milhões da Cury, (b) R$ 8 milhões da Plano&Plano e (c) R$ 13 milhões da Lavvi.
A receita líquida total da companhia somou R$ 1,317 bilhão, montante 2% superior aos R$ 1,288 bilhão do 3T21 e 25% maior que os R$ 1,057 bilhão registrados no 4T20.
O aumento na receita líquida se deu devido principalmente ao maior volume de obras em andamento de unidades já comercializadas e maior volume de reconhecimentos de lançamentos, explica a Cyrela.
A companhia não divulga a métrica de ebitda – lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização.
O resultado financeiro do trimestre foi positivo em R$ 14 milhões, maior que os R$ 9 milhões positivos registrados no 3T21 e inferior aos R$ 50 milhões registrado no 4T20. No acumulado do ano, o resultado foi positivo em R$ 43 milhões, abaixo dos R$ 90 milhões do ano de 2020.
No acumulado de 2021, o lucro líquido foi de R$ 914 milhões, 48,0% abaixo do alcançado em 2020, R$ 1,760 bilhão.
A margem bruta avançou 1,6 ponto percentual, para 33,4%, com a margem líquida caindo 8,2 pontos percentuais, para 16,5%. No ano, a margem líquida ficou em 19,1%, 33,7 pontos percentuais abaixo de 2020.
No 4T21, a Cyrela apresentou geração de caixa de R$ 100 milhões, comparável a geração de caixa de R$ 177 milhões no 3T21 e de R$ 439 milhões no 4T20.
Segundo a empresa, esses dados ratificam “o baixo nível de endividamento que a Companhia vem apresentando, em 4,1% Dívida Líquida / Patrimônio Líquido”.
O número de lançamentos caiu 8%, na base anual (de 25 para 17), o que refletiu no VGV: queda de 11,1% nos empreendimentos 100% Cyrela e de 6,7% na parte CBR. Porém, a empresa destaca que o Valor Geral de Vendas lançado foi 22% superior se comparado a 2020 (pré-pandemia), totalizando R$ 7,1 bilhões em um total de 54 empreendimentos.
As unidades vendidas caíram 27,6%, bem como a área útil vendida, que recuou 24,4%. As Vendas Totais Contratadas caíram 15,4%, de R$ 1,860 bilhão no 4T20 para 1,575 bilhão no 4T21.
O banco de terrenos também caiu: 13,8%, com VGV Potencial perdendo 7,9% na base anual.
Os dados operacionais resultaram em um indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses de 44,0%, ficando abaixo do VSO do mesmo trimestre do ano anterior (48,4%) e inferior ao VSO apresentado no 3T21 (49,6%).
Segundo a administração, “com um cenário bastante desafiador devido ao aumento das taxas de juros, inflação mantida acima da expectativa e continuidade dos desafios impostos pela pandemia, a Cyrela apresentou em 2021 capacidade de execução, dados operacionais positivos e resultado financeiro sólido”.
“O resultado operacional saudável impulsionou o resultado financeiro”, explicou.
Os resultados da Cyrela (BOV:CYRE3) referente suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 18/03/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters