Cyrela: lançamentos somam R$ 1,03 bi no 1T22

A Cyrela Brazil Realty informou a prévia de seus resultados operacionais do 1º trimestre de 2022 (1T22).

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:CYRE3) nesta quarta-feira (13).

A companhia lançou 6 empreendimentos no trimestre totalizando um volume de R$ 1,038 bilhão, 146% superior ao realizado no 1T21 (R$ 421 milhões) e 59% abaixo do 4T21 (R$ 2,555 bilhões). As permutas nos lançamentos foram R$ 192 milhões no 1T22 vs. R$ 93 milhões no 1T21 e R$ 65 milhões no 4T21.

A participação da companhia nos lançamentos do trimestre atingiu 85%, sendo inferior à apresentada no 1T21 (90%) e no 4T21 (94%).

Do VGV lançado no trimestre, 99% serão reconhecidos via consolidação e 1% via método de equivalência patrimonial.

Ao se excluir as permutas, e tomando como base apenas o %CBR, o volume lançado no 1T22 foi de R$ 706 milhões, 142% superior ao mesmo período do ano anterior (R$ 292 milhões no 1T21) e 70% abaixo do 4T21 (R$ 2,351 bilhões).

As vendas líquidas contratadas neste trimestre somaram R$ 1,312 bilhão, valor 27% superior ao registrado no 1T21 (R$ 1,031 bilhão) e 17% abaixo do 4T21 (R$ 1,575 bilhão).

A participação da companhia nas vendas contratadas foi de 91% no 1T22, acima dos 88% do mesmo trimestre do ano anterior e do 4T21 (90%).

Em relação às demonstrações contábeis, 96% das vendas líquidas do trimestre serão reconhecidas via consolidação e 4% via método de equivalência patrimonial.

Das vendas líquidas realizadas no trimestre, R$ 42 milhões se refere à venda de estoque pronto (3%), R$ 743 milhões à venda de estoque em construção (57%) e R$ 528 milhões à venda de lançamentos (40%).

Dessa forma, a Cyrela atingiu uma velocidade de vendas (VSO) de lançamentos de 50,9% no trimestre.

Ao se excluir as permutas e tomando como base apenas o %CBR, o volume vendido atingiu R$ 1.012 milhões no 1T22, 24% superior ao mesmo período do ano anterior (R$ 820 milhões no 1T21) e 26% abaixo do 4T21 (R$ 1,359 bilhão).

VISÃO DO MERCADO

Citi

Apesar do cenário de deterioração, a Cyrela começou o ano com um forte pipeline de lançamentos, com poucos, mas grandes projetos totalizando cerca de R$ 1,038 bilhão em valor geral de vendas (VGV) no primeiro trimestre de 2022, avalia o Citi, em relatório.

Os analistas Andre Mazini e Renata Cabral escrevem que muitos dos pares de média e alta renda da Cyrela optaram por uma rodada mais moderada de lançamentos no primeiro trimestre de 2022, para mitigar a rápida formação de estoques do ciclo.

A receita líquida da Cyrela, de R$ 1,012 bilhão, superou confortavelmente os lançamentos do trimestre, destacam os analistas, resultando em um estoque de R$ 7,1 bilhões, o que corresponde a uma marca ainda branda de 1,5 vez as vendas nos últimos doze meses da Cyrela, ante 2,2 vezes da Even e 1,3 vez da Mitre.

Os analistas ressaltam ainda que a Cyrela reafirmou a preferência estratégica pelo segmento de alta renda, tendo vendido mais de dois terços de um projeto de cerca de R$ 500 milhões à beira-mar na Barra da Tijuca.

Assim, a Cyrela se afasta do segmento Casa Verde e Amarela (CVA) 2 e 3, redirecionando os lançamentos para o estrato de renda imediatamente acima do teto do programa, escrevem os analistas. Por fim, eles dizem que a relevância das vendas de estoque pronto continua diminuindo, pois as unidades restantes têm menos apelo.

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BTG Pactual

A Cyrela reportou números robustos no primeiro trimestre de 2022, de acordo com o BTG Pactual, com lançamentos e vendas superando as estimativas do banco.

Os analistas Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Bruno Tomazetto apontam que a receita líquida da companhia ficou 34% acima do esperado. O montante total considera projetos lançados no último trimestre, projetos em construção e estoques.

Já os lançamentos somaram valor geral de vendas de R$ 1,04 bilhão, 86% acima do esperado. “É importante destacar que a Cyrela teve um ótimo desempenho de vendas nestes empreendimentos lançados recentemente, que já estão 51% vendidos”, afirmam os analistas.

De acordo com o BTG Pactual, a companhia deve seguir se beneficiando de sua execução de alto nível durante o último pico do mercado imobiliário.

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